(Ensaio) Honda CR-V: Um SUV banal? Mas impressiona!

(Ensaio) Honda CR-V: Hoje em dia, qualquer fabricante tem de ter modelos SUV no seu catálogo, para ter um qualquer tipo de esperança no mercado automóvel. Infelizmente, isto também faz com que muitos destes modelos acabem por ser visualmente aborrecidos, tendo sido criados pura e simplesmente para ir de encontro aquilo que o consumidor quer.

Esta foi a minha primeira impressão do CR-V, um automóvel que não é feio, mas também não é nada fora do normal, com um interior bem construído, mas estranho em alguns pontos.

Sabe onde é que fui conquistado? Na experiência de condução!

Não fui conquistado pelo seu dinamismo, porque o CR-V Híbrido que conduzi é tudo menos veloz, ou focado no desportivismo.

Porém, graças à facilidade na prática da condução, e claro, por toda a tecnologia focada na segurança que está implementada, mas não é visualmente aparente estar lá, é fácil ficar feliz com o veículo que temos em mãos.

(Ensaio) Honda CR-V: Um SUV que parece banal, mas impressiona!

Modelo em teste (Especifica̤̣o T̩cnicas) РHonda CR-V (2.0 HEV 2WD Lifestyle 22YM Black Edition)
  • Motor: 2.0 Gasolina/Híbrido (Full Híbrido)
  • Consumo combinado: 6.7 (l/100km)
  • Emissão de CO2: 151 (g/km)
  • Cilindrada: 1993 (cc)
  • Binário máximo: 175 (Nm/rpm)
  • Nível Sonoro Imobilizado: 55.6 (dB)
  • Nível Sonoro Movimento: 69 (dB)

Pois bem, o Honda CR-V chega ao mercado com um look renovado, tanto do lado de fora, como também no interior, e na verdade, apesar de não ser extremamente diferente de todos os outros SUV nas estradas, é um carro que parece robusto, e bem construído. O que vale? Vamos por partes!

Design, Interiores, Tecnologia e Segurança!

Por defeito, qualquer CR-V chega imediatamente ao mercado com várias ajudas à condução, como cruise control adaptativo que até é capaz de acionar a travagem por regeneração, monitorização de pontos mortos nos espelhos, lane assist, aviso de travagem repentina, etc…

Além de tudo isto, temos ainda um ecrã touch de 7 polegadas, com suporte a Android Auto e Apple CarPlay. Temos também carregamento sem fios para o smartphone, bem como duas portas USB à frente, e outras duas portas USB atrás.

Entretanto, além de tudo isto, como é óbvio, o carro é grande por fora, e como é ainda mais óbvio, é bastante espaçoso no interior, isto dito por um “tipo” com 1m90 e 95kg de peso. Isto, especialmente nesta versão com estofos brancos, temos acabamentos bonitos e de qualidade, e mais uma vez, temos muito espaço, tanto à frente, como atrás.

Porém, na minha opinião, o design de tudo aquilo que está à frente do condutor é demasiado… Estranho!

A começar no volante, que podia ser mais minimalista, e claro a passar pelo painel central onde encontramos os controlos da caixa automática, fica sempre o sentimento que estamos a bordo de uma nave espacial. Afinal, em vez de um manípulo (fosse ele tradicional, ou mais moderno), temos uns estranhos botões que ocupam grande parte do espaço.

Obviamente que este tipo de implementação dependerá sempre do gosto de cada um, e por isso mesmo, é um ponto altamente discutível. Mas, na minha opinião, a Honda sabe fazer muito melhor que isto, como até tivemos a possibilidade de ver com o compacto Jazz. (Análise a caminho!)

Esquecendo as escolhas de design da equipa, o CR-V é um SUV muito interessante no seu interior. Especialmente se precisar de espaço de arrumação.

Motorização e Condução no dia-a-dia

Em Portugal, a base do CR-V é uma motorização híbrida com 204 cavalos, onde temos sempre uma coisa muito importante presente… Uma condução confortável, ágil, e muitas vezes até divertida, apesar do tamanho e peso do automóvel.

Pois bem, temos em mãos um modelo full híbrido! Como funciona? É muito simples! O CR-V tem uma bateria capaz de se carregar de forma autónoma, tanto através do motor a combustão, como também das travagens que vai fazendo durante o exercício da condução. Quando é que a componente elétrica faz das suas? Na sua grande maioria, no arranque, ao acelerar, e em baixa velocidade. É uma forma de ir aos espaços em que o motor a gasolina mais gasta, para o tornar num pacote mais eficiente. É também uma boa forma de capturar energia que de outra forma seria perida.

Porém, não esteja à espera de consumos de 4 ou 5L aos 100 quilómetros percorridos.

A Honda menciona 6.7L, e nós, no nosso teste, andámos ali nos 7~7.5L, mas também sou honesto, fiz uma condução mais dinâmica, com um pé mais pesado, e com muita autoestrada.

É perfeitamente possível chegar aos números da Honda, desde que conduza de forma normal, em espaços mais citadinos. (Onde pode tirar mais partido da componente elétrica!)

Conclusão

É como disse no início deste artigo! O Honda CR-V não me impressionou numa primeira fase, mas demonstrou tanta segurança, e tanto à vontade no uso do dia-a-dia, que mesmo apesar de achar o design ‘mais do mesmo’, me sinto conquistado por esta oferta da gigante automóvel Nipónica.

O Honda CR-V está disponível em Portugal a partir dos 45 mil euros. (Link)

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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