Edge prepara uma nova função mas envia dados para a Microsoft

Lembra-se das primeiras versões do Microsoft Edge de 2020? Era sem dúvida uma alternativa rápida ao Chrome, mais limpa e sem comprometer a compatibilidade ou o desempenho. Assim depois do Internet Explorer e do Edge original, o futuro deste browser parecia ser realmente risonho. Já o Edge de 2023 é um browser diferente com funcionalidades questionáveis, práticas semelhantes a adware e alterações que suscitam preocupações de privacidade. Agora o Edge prepara uma nova função mas que envia dados para a Microsoft.

Edge prepara uma nova função mas envia dados para a Microsoft

De acordo com uma publicação no Reddit, a Microsoft está a trabalhar em capacidades “melhoradas” de copiar e colar no browser Edge. Isto para permitir colar links de “pré-visualização da Web” com informações extra, como um título e uma miniatura. O problema com esta ideia é que requer o envio de mais informações para os servidores da Microsoft, conforme descrito na sua página de definições:

Assim a pré-visualização da Web pode enviar dados para o destino do URL e pode chamar os serviços da Microsoft como refere o site NeoWin.

Ao contrário de outras funcionalidades futuras do Microsoft Edge, como as categorias de palavras-passe e as notas, a “Pré-visualização da Web” não está disponível através de uma flag ou de um lançamento controlado de funcionalidades (CFR). Entretanto sabe-se que a Microsoft tem testando a função internamente “há algum tempo” e não sabe por que ele não está disponível para testes públicos.

Independentemente do facto de a Microsoft disponibilizar a “Pré-visualização Web” ao público, esta não é a primeira (e provavelmente não será a última) funcionalidade que nos faz questionar a promessa do Edge de nos manter mais seguros e com mais privacidade. Não há muito tempo, surgiu um escândalo. Isto depois de os utilizadores terem apanhado o Edge a divulgar o seu histórico de navegação e a instalar extensões sem autorização. Além disso, o Edge quer fazer uma captura de ecrã de todas as páginas Web que visitar e enviar as imagens que visualizar online para a Microsoft para serem melhoradas. A isto juntam-se outros aborrecimentos. É exemplo disso pedir aos utilizadores do Chrome que definam o Bing como motor de busca predefinido. Também injetar anúncios noutros sites Web.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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