Ver publicidade nas estradas não é novidade para ninguém, especialmente nas grandes cidades como é o exemplo da nossa capital Lisboa. Mas, ver cartazes com publicade estática é uma coisa, ver ecrãs gigantes (super brilhantes) com publicidade dinâmica cheia de detalhes e animações é outra.
Isto não é perigoso? É legal?
Ecrãs publicitários em Lisboa são um perigo?
Como já deve ter percebido, estão a ser colocados centenas de ecrãs publicitários um pouco por toda a cidade de Lisboa, e também em outras regiões desta nossa pequena região à beira mar plantada.
Isto é obviamente uma evolução natural daquilo que é a publicidade de grandes dimensões, mas, ao mesmo tempo, é também algo que está começa a preocupar os condutores, especialmente aqueles que têm de conduzir à noite com algum cansaço em cima.
Aliás, já existem várias queixas de demasiado brilho, ou de cores demasiado berrantes, que claro está, servem para chamar a atenção do condutor.
Isto é legal?
Além de não parecer legal, também temos de questionar se tudo isto é sequer eficiente energeticamente, especialmente em números tão volumosos em uma cidade como Lisboa?
Pois bem, na questão do consumo de energia, é difícil ter uma ideia daquilo que cada ecrã gasta, porque todos eles têm configurações e especificações técnicas diferentes.
Mas, em termos de legalidade, segundo o Código da Estrada Português, é muito provável que não seja.
- Ponto 3 do Artigo 5º do Código da Estrada – Não podem ser colocados nas vias públicas, ou nas suas proximidades, quadros, painéis, anúncios, cartazes, focos luminosos, inscrições ou outros meios de publicidade que possam:
- a) Confundir-se com os sinais de trânsito ou prejudicar a sua visibilidade ou reconhecimento;
- b) Prejudicar a visibilidade nas curvas, cruzamentos ou entroncamentos;
- c) Perturbar a atenção do condutor, prejudicando a segurança no ato da condução;
- d) Dificultar, restringir ou comprometer a comodidade e segurança da circulação de peões nos passeios ou zonas de coexistência.
Ainda assim, foi assinado um contrato entre a JCDecaux e a Câmara Municipal de Lisboa em 2017, e mais tarde também com a DreamMedia, em que a estas empresas podem explorar vários espaços da cidade, sem grandes limitações horárias ou de luminosidade.
- Nota: O contrato com a JCDecaux vale 8.3 milhões por ano
Aqui vale a pena salientar que o ecrã do El Corte Inglês de Lisboa foi alvo de algumas limitações na altura da sua montagem, como é o exemplo de um limite de brilho máximo, e obrigatoriedade de o desligar após as 20h. Limitações que não existem nos novos ecrãs de grandes dimensões em Lisboa.
Por isso, vão continuar a existir, pelo menos até ao término dos contratos. Mas… Qual é a sua opinião? Isto é uma fonte de distração? Pode provocar acidentes? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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