A COVID surgiu de repente, espalhou-se rapidamente e matou milhões de pessoas em todo o mundo. Desde então as pessoas têm estado nervosas com o aparecimento da próxima doença, quer seja um vírus, bactéria, um fungo ou um parasita. Neste momento as doenças que mais preocupam os responsáveis pela saúde pública são a malária (um parasita), o VIH (um vírus) e a tuberculose (uma bactéria). Mas há uma doença infecciosa que poderá ser o maior problema em 2025!
Uma doença infecciosa perigosa em 2025
Um vírus da gripe está a causar grande preocupação neste momento e está perto de se tornar um problema grave em 2025. Trata-se do vírus da gripe A, subtipo H5N1, por vezes designado por “gripe das aves”. Este vírus está amplamente disseminado tanto nas aves selvagens como nas domésticas, como as aves de capoeira. Recentemente, infectou também o gado leiteiro.
Quando os casos de gripe começam a aumentar em animais como as aves, existe sempre a preocupação de que possa passar para os seres humanos. De facto, a gripe das aves pode infetar os seres humanos.
Felizmente, a gripe das aves H5N1 não parece transmitir-se de pessoa para pessoa. Isto reduz consideravelmente a probabilidade de causar uma pandemia nos seres humanos. Os vírus da gripe têm de se ligar a estruturas moleculares chamadas receptores siálicos no exterior das células para poderem entrar e começar a replicar-se.
Os vírus da gripe que estão altamente adaptados aos seres humanos reconhecem muito bem estes receptores siálicos, facilitando a sua entrada nas nossas células, o que contribui para a sua propagação entre os seres humanos. A gripe das aves, por outro lado, está altamente adaptada aos receptores siálicos das aves e tem algumas incompatibilidades quando se liga (se prende) aos receptores humanos. Assim, na sua forma atual, o H5N1 não se propaga facilmente nos seres humanos.
O que poderá fazer uma mutação?
No entanto, um estudo recente mostrou que uma única mutação no genoma da gripe poderia tornar o H5N1 capaz de se propagar de humano para humano, o que poderia dar início a uma pandemia.
Se esta estirpe de gripe das aves fizer essa mudança e começar a transmitir-se entre humanos, os governos têm de agir rapidamente para controlar a propagação. Os centros de controlo de doenças de todo o mundo elaboraram planos de preparação para pandemias de gripe das aves e de outras doenças que se perfilam no horizonte.
Por exemplo, o Reino Unido comprou 5 milhões de doses da vacina H5. Assim pode proteger contra a gripe das aves, em preparação para esse risco em 2025.
Mesmo sem a capacidade potencial de propagação entre humanos, é provável que a gripe das aves afecte ainda mais a saúde animal em 2025. Isto tem não só grandes implicações para o bem-estar dos animais, mas também o potencial para perturbar o abastecimento alimentar e ter efeitos económicos.
Ao compreender e prevenir as doenças no nosso ambiente e nos animais que nos rodeiam, podemos preparar-nos melhor e combater as doenças que entram nos seres humanos. Do mesmo modo, ao investigarmos e combatermos as doenças infecciosas nos seres humanos, podemos proteger os nossos animais e a saúde do ambiente.
No entanto, não podemos esquecer as contínuas “pandemias lentas” nos seres humanos, como a malária, o VIH, a tuberculose e outros agentes patogénicos. É fundamental combatê-las, para além de analisar o horizonte em busca de novas doenças que possam surgir.
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