Na altura em que a Samsung estava numa corrida com a Huawei, em 2019, para tentar lançar o primeiro smartphone dobrável do mundo, existia um entusiasmo incrível no ar, quase como se estivéssemos prestes a dar as boas vindas a uma nova era para o mundo mobile.
Ou seja, era esperado que os consumidores ficassem loucos com o design e capacidades do formato, e rapidamente comprassem tudo aquilo que fosse posto nas prateleiras. Pois bem, estamos em 2023, já estamos na quinta geração de smartphones dobráveis, e isso ainda não aconteceu. Aliás, estamos a chegar a uma altura em que talvez isso nunca venha a acontecer. Será o ano de 2023 o “vai ou racha”?
Dobráveis em 2023: Dobrar ou não dobrar? É agora ou nunca!
Portanto, como deve imaginar, aconteceram alguns azares no meio da “corrida” aos dobráveis. Os mais importantes passam pelo (quase) desaparecimento da Huawei do mercado de smartphones Android, pelo preço deste tipo de aparelho que teima em não baixar de forma significativa, a pandemia de COVID-19, e claro, talvez o mais importante, o falhanço do lançamento do primeiro Galaxy Fold.
Ou seja, caso não saiba, apesar do domínio da Samsung no mundo dos dobráveis, a maior culpada pela lentidão da sua adoção está também nas mãos da gigante Sul Coreana. A Samsung deu um tiro de caçadeira no seu pé, e também no pé do mercado dobrável, quando lançou o primeiro Galaxy Fold em 2019. Caso já não se lembre, teve de o recolher poucas semanas depois para corrigir falhas críticas no design.
Isto ainda está a ter consequências!
Em 2023, é inegável que apesar do preço continuar alto e de até estar a encarecer, em ambos os formatos, os smartphones dobráveis são mais banais. Especialmente agora que existem outras fabricantes a apostar em modelos Flip e Fold, como é o caso da Xiaomi ou da Oppo. Uma situação que acaba por dar algumas dores de cabeça à Samsung.
Aliás, muito recentemente tivemos um autêntico all-in da Oppo no seu N2 Flip, ao lançar uma campanha de marketing na Europa significativamente mais complexa e “pesada”, comparativamente a qualquer outra que tenha feito para qualquer outro aparelho seu.
Mas… Isso resultou em sucesso? Nem por isso! A Oppo apostou muito e bem, mas ver um smartphone dobrável na rua ainda é uma coisa bastante rara.
O que claro está, significa que as vendas ainda não são uma fatia significativa do bolo que é o mundo mobile.
Aliás, a Samsung está agora na quinta geração de aparelhos dobráveis, e apenas agora parece ter apostado a sério no seu modelo Flip. O muito provavelmente se deve ao facto deste ser o primeiro dobrável “acessível” e realmente capaz de mudar a experiência de utilização de um smartphone.
O que levanta uma questão… Vai ser um sucesso?
Talvez sim, talvez não. Afinal de contas, o peso da Samsung não é o mesmo da Oppo. Mas, isto também traz outro assunto para cima da mesa. Se porventura a Samsung falhar em atingir vendas recorde com o Z Flip5, o que significa isto? Será que os smartphones dobráveis não têm assim tanto potencial como se pensava em 2019?
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