Com a chegada da DIGI a Portugal, abriu-se uma discussão nunca antes vista no mundo das telecomunicações, e ainda bem, porque as coisas estão demasiado estagnadas neste mercado, com preços provavelmente exagerados.
Sendo exatamente por isso que se fala de “cartel“, porque passa a ideia que as 3 grandes operadoras nacionais têm os mesmos exatos preços, para os mesmos exatos serviços. A DIGI vem tentar “partir” esta roda, com serviços de qualidade exemplar, a um preço muito mais em conta.
Mas isto levanta uma dúvida? Qual é a margem que cada operadora tem? Os preços são realmente exagerados?
DIGI, MEO, NOS e Vodafone: Qual é a margem de lucro?
Portanto, em uma discussão no sempre interessante sub-reddit da DIGI, temos um utilizador a afirmar que já trabalhou nas três grandes operadoras a atuar em Portugal, mais concretamente, no desenho de soluções para empresas, desde PME’s a Grandes Empresas. Um mundo em que é muito fácil ter a noção das margens de lucro que cada operadora consegue em cada contrato, o que obviamente é replicado no mercado pensado para o consumidor comum.
Ora leia:
“Acontece que, nós mexíamos com a margem de lucro para a operadora. Posso dizer-vos que em média existia uma margem de lucro entre os 85% e acima de 100% relativos a serviços. Óbvio que na grande maioria dos casos eram aplicados descontos e essa margem, que descia, mas na generalidade nunca abaixo dos 60%.
Para terem uma ideia na prática, cheguei a fazer várias propostas com vários tarifários moveis ilimitados cada um a 5€, e ainda assim, a operadora tinha lucro de 40%.
Portanto, os preços que vocês vêm online, nas lojas, agentes etc… Ou aquela chamada com uma campanha super especial que recebem (sim, todos sabemos que os preços não são assim tão especiais) não é especial, e como tal, continuam a ter uma margem de lucro gigante para as operadoras.
Com isto quero dizer que TODAS elas podiam perfeitamente baixar os preços substancialmente e ainda assim obterem uma boa margem de lucro.
Entretanto, fica a ideia de que a Anacom compactua com estas margens astronómicas e isso já não entendo porquê. Mas há que pagar os prémios dos administradores, as frotas premium, etc…
No final, quem acaba por arcar com o custo desta “pequena” elite são sempre os clientes.”
Como sempre, este relato vale o que vale.
Mas, com os preços que estamos à espera de ver no lado da DIGI. Que está a fazer um investimento muito significativo em Portugal, bem como os preços que vemos em outras regiões europeias, é cada vez mais claro que as 3 grandes poderiam fazer melhor.
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