A diabetes é uma doença crónica caracterizada pela elevada concentração de glicose no sangue.
Dito isto, é importante controlar os níveis de açúcar!
No caso dos diabéticos diagnosticados a monitorização é fundamental. Ou seja, é particularmente importante o controlo da glicémia devido às graves consequências desta doença.
Estas podem ser divididas em microvasculares e macrovasculares.
Enquanto que as consequências microvasculares como a retinopatia, nefropatia e neuropatia diabética podem levar à cegueira, insuficiência renal e lesões dos nervos respetivamente.
Por outro lado, as consequências macrovasculares, que não são mais do que lesões nos grandes vasos sanguíneos, podem potenciar doenças coronárias, cerebrais, arteriais dos membros inferiores e hipertensão arterial.
Dito isto, entende-se o por quê de muitos dizerem “diabretes” ou “diabos” em vez de diabetes!
Alguma vez ouviu falar sobre o pé diabético?
Pois bem, esta é uma consequência bastante comum nos doentes diabéticos derivada da lesão dos nervos. Surpreendentemente, o pé diabético é responsável pela maioria das amputações em Portugal.
De facto, sendo a diabetes uma doença metabólica, e a incidência da diabetes tipo II estar a aumentar… É fundamental ter cuidado na alimentação.
Que tipo de cuidados na alimentação deve ter um diabético?
A alimentação da pessoa com diabetes deve basear-se numa alimentação saudável, que não deverá ser muito diferente da recomendada para a população em geral.
Assim sendo, deve ser variada e equilibrada.
Contudo, atendendo às necessidades nutricionais, hábitos e preferências individuais. Isto de modo a garantir autonomia e sustentabilidade na gestão da diabetes.
Em todo o caso, alguns aspectos devem ser transversais a qualquer diabético:
Equilibrar e gerir a quantidade de hidratos de carbono
Existem vários fatores que influenciam a resposta glicémica! Contudo, a quantidade total de hidratos de carbono é o fator preponderante.
Por esta razão, é importante contabilizar a quantidade deste nutriente na alimentação diária. Este aspeto é particularmente importante em caso de insulinoterapia, em que a quantidade de insulina administrada deve ser ajustada à quantidade de hidratos de carbono ingeridos na refeição e à glicemia pré-prandial.
Limitar o consumo de produtos açucarados e com hidratos de carbono refinados
São eles o açúcar, mel, sumos e refrigerantes, bolos, bolachas e cereais açucarados, xarope de glicose, maltose, etc… Fundamentalmente, evite consumir com frequência este tipo de alimento.
Guarde estes alimentos para uma ocasião de celebração e reduza os outros hidratos de carbono perto da refeição. Exemplo: se vai comer uma sobremesa, reduza significativamente o arroz, batata, massa e fruta nessa refeição. Em suma, faça a gestão dos hidratos de carbono!
Garantir um elevado aporte em fibra
Recomenda-se a ingestão de cerca de 25g diários de fibra para mulheres e 38g para homens. Este nutriente encontra-se em alimentos como frutas, hortícolas, cereais integrais, sementes, e leguminosas. A fibra reduz a absorção dos açúcares. Dito isto é ótimo a substituição dos vulgares hidratos brancos pelos integrais.
Limitar o consumo de alimentos ricos em gordura saturada, hidrogenada.
Uma vez que a diabetes fragiliza o sistema cardiovascular é relevante diminuir a quantidade de alimentos ricos em gordura saturada e hidrogenada como carnes gordas, enchidos, queijos gordos, manteiga, salgados, folhados e produtos de pastelaria.
Por outro lado, recomenda-se a inclusão de alimentos ricos em ácidos gordos insaturados, nomeadamente peixes gordos (como salmão, cavala, atum, sardinha) duas vezes por semana e, diariamente, frutos oleaginosos, sementes e azeite.
A gordura insaturada presente neste tipo de alimentos tem uma ação protetora face a doenças cardiovasculares. Assim sendo, escolha bem as suas fontes de gordura!
Limitar o consumo de alimentos ricos em sal (sódio)
Uma dieta rica em sal aumenta o risco de desenvolvimento de hipertensão arterial e de outras complicações da diabetes. Com vista à redução do sal adicionado aos alimentos, sugere-se a utilização de sumo de limão, ervas aromáticas e especiarias.
Evitar o consumo excessivo de bebidas alcoólicas
A recomendação para um adulto saudável é de, no máximo, uma porção diária de vinho (1 copo de 150 ml) ou cerveja (1 copo de cerca de 1 copo de 330 ml) para mulheres ou o dobro para homens.
No caso da pessoa com diabetes, é especialmente importante que as bebidas alcoólicas sejam ingeridas juntamente com alimentos, de modo a minimizar as flutuações na glicémia.
Balanço energético
O controlo do peso é fundamental!
Em caso de excesso de peso, recomenda-se a adoção de um estilo de vida que favoreça a perda de peso, de modo a melhorar a resposta metabólica em geral. Estudos demonstram que perdas ponderais de cerca de 5% promovem uma melhor resposta à ação da insulina, com maior controlo da glicémia e reduz o risco de aparecimento de comorbilidades.
Nunca dispense o pequeno-almoço.
É a primeira refeição do dia, evita a fraqueza e a quebra de rendimento físico e intelectual ao longo do dia. Para que seja completo, equilibrado e saudável, inclua leite ou seus derivados, pão escuro ou de mistura ou cereais e ainda, se possível, uma peça de fruta fresca!
Faça refeições ligeiras de três em 3 horas.
Para manter um bom controlo glicémico. Evite estar mais de 3 horas e meia sem comer! Não salte refeições. Prefira fazer pequenas merendas entre as três refeições principais e uma pequena ceia antes do deitar.
Nunca ingira fruta isoladamente!
Acompanhe-a sempre com pão ou bolachas. Lembre-se: “Para terminar a refeição, a fruta é a melhor sobremesa!”. No entanto, evite as frutas com mais açúcar, como o figo, a cereja, a banana, o dióspiro e as uvas.
O café e alguns chás contêm cafeína.
Substância estimulante cuja ingestão deve ser limitada a um máximo de 300mg/dia (no máximo, 2 a 3 cafés/dia). No caso de crianças, adolescentes, e indivíduos hipertensos, o seu consumo está desaconselhado.
Beba cerca de 1,5L de água por dia.
Ajuda o bom funcionamento do rim e do intestino. Infusões sem adição de açúcar são uma maneira saudável e saborosa de consumir água!
Pratique exercício físico
Como todos sabemos fazer exercício é benéfico… Contudo, têm também benefícios como retardar o desenvolvimento de complicações associadas à diabetes e aumenta a auto-estima e bem-estar.
É recomendado fazer pelo menos 30 minutos diários de exercício físico moderado. Aposte nas caminhadas com baixo impacto. O exercício para além de melhorar o controlo glicémico e a sensibilidade à insulina.
E para adoçar?
Na alimentação diária de um diabético poderão ser utilizados adoçantes ou edulcorantes em substituição do açúcar, mas sempre em pequenas quantidades. Os adoçantes dividem-se em dois tipos diferentes. Por um lado, os calóricos como a frutose, sorbitol, xilitol, manitol.
Por outro lado, temos os não calóricos como a sacarina, ciclamato de sódio, aspartame, acessulfame de potássio, sucralose e stevia. Estes últimos praticamente não fornecem calorias e não interferem nos níveis de glicemia. Dito isto, os adoçantes não energéticos são os de maior importância para o doente diabético.
Qual o suplemento alimentar que me pode ajudar a controlar os níveis de açúcar no sangue?
Fundamentalmente, dentro da panóplia oferecida o que tem melhor feedback é o Crómio. Mineral que ajuda a aumentar a eficiência da insulina e que contribui para o metabolismo normal dos hidratos de carbono.
Além disso, o crómio apoia o processo biológico responsável pela manutenção de níveis normais de açúcar no sangue.
E, para finalizar, caso pretenda mudar de estilo de vida, procure um profissional, consulte um nutricionista!
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