A Netmarketshare, uma empresa de estudos de mercado, publicou estatísticas sobre a prevalência de vários browsers e sistemas operativos no mundo relativos a maio de 2020. Se em abril a participação do Windows 10 diminuiu de 57,34% para 56%, em maio começou a crescer, atingindo 57,83%.
Depois das quedas Windows 10 volta a crescer em Maio
Com a recuperação do Windows 10, a plataforma Linux não parou de crescer. Recebeu uma participação de 3,17% em maio, depois de 2,87% em abril e 1,36% em março. Já no caso do MacOS permanecem praticamente inalteradas – a participação caiu de 9,75% para 9,68%. Mas o Windows 7 continua a cair – agora o sistema operativo possui apenas 24% do mercado após 25,59% e 26,3% de março.
Já no campo dos browsers a Google continua a dominar . O Chrome já tem 69,81%, um novo recorde após os 69,18% de abril. O Edge aumentou ligeiramente de 7,76% para 7,86%, mas a participação do Firefox em terceiro lugar caiu de 7,25% para 7,23%.
Apesar da queda do Firefox, existem muitos utilizadores que devem rumar a este browser em breve. Uma revelação feita pelos engenheiros da Google onde afirmam que o código “inseguro” no Chrome é responsável por 70% das suas vulnerabilidades de segurança e por 125 dos 130 erros “críticos” encontrados no ano passado.
Os engenheiros revelam que a culpa está nas linguagens de programação C e C++. Têm 48 e 35 anos, respectivamente e “não vêm com restrições ou avisos para impedir ou alertar os programadores quando estão a cometer erros básicos de gestão de memória. Esses erros de programação iniciais resultam na introdução de vulnerabilidades na gestão de memória das aplicações.”
E isto é um grande problema!
As falhas de gestão de memória são a vulnerabilidade mais valorizada pelos utilizadores mal intencionados, ficando em primeiro, quinto e sétimo lugar na lista das 10 principais vulnerabilidades perigosas da Mitre, uma organização sem fins lucrativos que faz a gestão da base de dados de falhas de software do governo dos EUA.
Mas não tem de ser assim. Embora todos os browsers baseados no Chromium (Microsoft Edge, Opera, Brave, etc) sejam criados com o mesmo código e, portanto, estejam sujeitos às mesmas vulnerabilidade, há uma alternativa que se destaca: o Firefox. Ao contrário dos browsers Chromium, o Firefox é desenvolvido com Rust. Trata-se de uma linguagem de programação focada na segurança e desenvolvida especificamente para proteger a memória.
O criador do Firefox, a Mozilla, desenvolveu o Rust e o integrou-o no Firefox há mais de três anos. Agora, a Google afirma que está a analisar o Rust. Isto para além do Swift, JavaScript, Kotlin e Java como linguagens de programação para substituir o código C e C++ no Chrome. Esta empresa também está a trabalhar em bibliotecas C++ personalizadas depois de admitir que sua estratégia de sandbox “alcançou os seus benefícios máximos ao levar em consideração o desempenho”.
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