Com um carro elétrico, é impossível fazer o que provavelmente sempre fez toda a sua vida quando chega a altura de atestar o depósito. Ou seja, é (por enquanto) ainda impossível encher a bateria dos 0% aos 100% em apenas 2 minutos, sendo exatamente por isso que a grande maioria dos postos de carregamento não estão em postos de abastecimento tradicionais, mas estão sim perto de sítios de interesse como centros comerciais, centros urbanos, ou restaurantes/hotéis.
A ideia é deixar o carro a carregar, para depois aproveitar o tempo de espera para fazer compras, comer, passear, ou quem sabe, ver um filme. Porém, com o aumento da frota elétrica um pouco por todo o mundo, apareceram outros problemas. Já não é possível deixar um carro elétrico a carregar durante horas a fio, ou deixá-lo a ocupar o posto de forma indevida, ou seja, ficar mais tempo além do tempo de carregamento normal.
Existem muitos carros elétricos em circulação, e como tal, a infraestrutura tem de estar disponível. É exatamente por isso que a Tesla está a testar uma nova taxa para quem quer carregar acima dos 90% da capacidade da bateria, e em Portugal, provavelmente já em 2024, vai existir uma taxa de inatividade associada a todo e qualquer carregamento.
Decidiu ficar mais tempo no passeio, ou a beber café? Vai pagar!
Deixa o seu carro elétrico no posto já carregado? Prepare a sua carteira!
Portanto, é preciso fazer carregamentos rápidos e eficientes. Um carro carregado tem de rapidamente sair do posto para dar espaço a outro. Como é que se faz isto? Quando tudo depende da boa vontade do utilizador? É muito simples! Basta “multá-lo”! Ou seja, se um condutor de um carro elétrico se esquecer do carregamento, e estiver a ocupar o posto de forma indevida, o posto vai mudar a tarifa, e vai começar a cobrar 1€ por minuto extra de ocupação (caso o posto esteja completamente ocupado).
Esta taxa pode depender de operador e também do posto em questão. Também terá de existir uma proteção e um acompanhamento melhor do carregamento por parte do utilizador, provavelmente através de apps mais evoluídas e capazes de monitorizar todos os tipos de carregamento. É que um carregamento pode dar erro e ser cancelado sem o condutor saber, um problema que é muito mais comum do que aquilo que pensa, e que nesta nova modalidade pode vir a dar origem a contas quase milionárias.
Porém, muito honestamente, acho que o caminho é por aqui!
Pelo menos enquanto os carregamentos não se aproxima da velocidade de abastecimento de um veículo a gasolina ou a gasóleo. A falta de cidadania é um problema, por isso, é preciso ir à carteira de cada condutor.
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