No fundo, qualquer consola é uma espécie de computador, visto que todas elas contam com um processador, uma placa gráfica, uma certa quantidade de memória RAM, e também um disco para armazenamento interno. Aliás, ambas as mais recentes e mais poderosas consolas do mercado contam com hardware AMD, que por sua vez deu origem a hardware para PCs.
Mas, este novo tipo de consola portátil que está agora a chegar ao mercado, e a ganhar grandes níveis de popularidade, como é o caso da Steam Deck, ASUS ROG Ally ou Lenovo Legion Go, é uma “coisa” diferente. É um novo tipo de aparelho computacional com um potencial tremendo.
Sendo exatamente por isso que várias fabricantes de referência no mundo dos computadores (ASUS, Lenovo, MSI, etc…) têm agora planos para lançar um novo modelo todos os anos, tal e qual como já acontece no lado dos portáteis.
Mas, faz ideia de quando aconteceu a primeira tentativa?
Quando é que começaram as consolas portáteis que são na realidade um PC?
Pode parecer incrível, mas esta ideia de levar o poderio de um PC a sério para um formato mais compacto, não é de todo uma ideia nova no mercado. As consolas portáteis da Sony, Nintendo partem desse mesmo prossuposto. Porém, durante décadas, as máquinas de jogos portáteis ficaram algumas gerações atrás das suas contrapartes de consolas domésticas e PC em termos de desempenho.
Claro que existem muitos jogos brilhantes para estas mesmas consolas, mas, na realidade, também existem muitos outros jogos que são apenas uma versão inferior do jogo original, pensada para um ecrã de pequenas dimensões, e hardware limitado.
Dito tudo isto, além das consolas portáteis tradicionais, também já existiram várias tentativas, a partir de várias fabricantes diferentes, de levar a experiência de jogo de um PC para um formato mais compacto.
Para ter uma ideia, a primeira vez aconteceu em 2002, por parte da Sony. Estamos a falar do VAIO PCG-U1, que não é bem uma consola, mas passou essa ideia a muitos entusiastas devido à forma como o joystick e botões estão “arrumados” no chassis do aparelho.
Depois, em 2006, tivemos uma iniciativa por parte da Microsoft na forma da UMPC, que resultou em alguns aparelhos extremamente interessantes, que tinham como base o SO Windows. Porém, foi um esforço que rapidamente caiu por terra, devido ao aparecimento do smartphone moderno.
Ainda assim, um pouco mais tarde (2009), tivemos a GP2X Wiz. Um aparelho que era no fundo uma consola pensada para emulação, com uma grande performance nesse caso específico.
Num esforço mais “gamer”, tivemos também a Razer, em 2011, com o Switchblade.
Um portátil super compacto baseado num processador Intel Atom, que deveria ser realmente muito interessante e potencialmente até transformativo. Porém, nunca foi um produto real no mercado.
Naquilo que foi uma Razer incapaz de cumprir o prometido, tivemos o aparecimento da GPD! Que foi capaz de desenvolver e lançar várias consolas baseadas no Sistema Operativo Android. Aliás, podemos até dizer que a GPD é a “mãe” da Steam Deck, e de todas as outras consolas que se seguiram a esta.
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