Como já deve ter percebido pela crise energética atual, e consequente aumento do preço dos combustíveis… O Estado Português ganha muito e bom dinheiro na venda de combustíveis fósseis, nos muitos postos de abastecimento espalhados pelo país!
Aliás, Portugal é um dos países com maior carga fiscal em cima de um único litro de combustível, seja este gasolina ou gasóleo. O que levanta uma questão… Quando a mobilidade elétrica ganhar ainda mais popularidade, e o número de veículos movidos a combustíveis fósseis, começar a baixar, o que vai acontecer às receitas do estado?
É que no caso do nosso pequeno e velhinho Portugal, o estado não arrecada apenas bom dinheiro nos combustíveis, também existe uma tributação muitas vezes exagerada na compra de veículos 0 quilómetros.
Pois bem, já vemos um exemplo muito curioso do que poderá vir a acontecer, caso as ajudas à compra de carros elétricos sejam para manter, ou se forem melhoradas nos próximos tempos, de forma a incentivar a sua adoção.
Combustíveis: Este é o impacto dos carros elétricos nos bolsos do estado?
Portanto, se olhar-mos para a Noruega, temos um excelente exemplo do que poderá acontecer ao orçamento de estado Português nos próximos tempos. Visto que, de forma muito curiosa, este é um país que está num outro nível, no que à adoção da mobilidade elétrica diz respeito. Ao fim ao cabo, em 2021, a quota de veículos elétricos supera os 63%, com os híbridos plug-in nos 22%. Ou seja, estamos a falar de 85% de veículos eletrificados, que para funcionar na plenitude, têm de ser ligados a uma tomada elétrica.
É um país completamente à parte, e que claro está, nos mostra um pouco do futuro, em várias vertentes.
A dimensão do mercado automóvel norueguês não é grande (têm pouco mais de metade da população de Portugal), mas a Noruega encontra-se num «mundo à parte» em relação à venda de veículos elétricos.
Sabe porquê? Porque na Noruega, a maioria dos impostos e taxas foram eliminados ou reduzidos, para que os carros elétricos apresentassem preços competitivos face aos automóveis a combustão. Aliás, em alguns casos, até é mais vantajoso comprar um carro elétrico, em detrimento de um carro a gasolina.
Além disto, na Noruega, os automóveis elétricos não pagam estacionamento, não pagam portagens, e têm a permissão de uso da faixa BUS nas cidades. Tudo medidas que convenceram os consumidores, e claro, transformaram a forma como tudo funciona no país.
Mas claro, tudo isto resultou numa receita fiscal em queda!
Pois bem, como é óbvio, teria de existir uma queda muito significa nas receitas fiscais da Noruega, o que pelos vistos, se traduz em menos 1.91 mil milhões de euros anuais. Valor que deverá aumentar, visto que a grande maioria das medidas são para se manter! Afinal de contas, apesar da tendência atual na compra de carros eletrificados, a verdade é que no parque automóvel total, apenas 15% dos parque circulante é elétrico.
Sim, nós dissemos grande maioria das medidas, porque o atual governo quer mudar algumas coisas. Como foi o caso da isenção de pagamento de portagens, que teve o seu fim em 2017. Assim, para não prejudicar a meta do fim de venda de carros a combustão até 2025, é muito provável que as medidas de ‘ajuda’ comecem a ter o seu fim nos híbridos plug-in, e apenas mais tarde nos veículos 100% elétricos.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? O que vai acontecer em Portugal para equilibrar a balança? Um aumento dos impostos em cima da eletricidade? Outros impostos? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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