Muito se fala de carros autónomos, de funcionalidade “Auto piloto”, etc… No entanto, quando o tema são as decisões difíceis que estes sistemas terão de tomar, sem a ajuda do condutor, a conversa já não flui tão facilmente.
Um carro inteligente (autónomo), deve defender o seu dono, ou as pessoas de fora? Como é que essa decisão pode vir a ser tomada?
Carros inteligentes devem defender o condutor? Ou não?
Portanto, vamos imaginar a seguinte situação… Você, o leitor, está dentro de um carro autónomo, e por alguma razão, o seu veículo está prestes a ter uma colisão frontal, com um grupo de 5 ou mais pessoas, sem qualquer escapatória possível (paredes em ambos os lados).
O que pode acontecer?
- Opção A: O carro muda de direção, bate em uma das paredes, correndo o risco de lesionar gravemente o seu dono, ou quem sabe, matá-lo. Tudo isto de forma a salvar o grupo de pessoas na estrada.
- Opção B: O carro trava a fundo, mesmo sabendo que vai atingir uma ou mais pessoas deste grupo? De forma a salvar o seu “condutor”.
Este é um dilema ético e moral, que continua a ser investigado pela indústria, e curiosamente, vou agora discutido num novo artigo publicado na Arxiv. Afinal de contas, é um tema que tem de ser discutido, visto que com a chegada de mais e mais carros com vários níveis de condução autónoma, é preciso decidir o que fazer. Ou seja, como é que os carros irão ser programados, num futuro muito próximo.
Entretanto, de forma muito curiosa, em vários questionários, em que o número de ocupantes, suas idades, e número de pessoas na estrada, muda, o condutor é quase sempre o escolhido para ser sacrificado. No entanto, muitas destas pessoas apenas escolheram esta opção, se por acaso não fosse o condutor do veículo.
Em suma, isto levanta uma questão… Se compra o carro, não faz sentido que este o proteja a todo o custo? Especialmente se o acidente em questão, não for de maneira nenhuma culpa do “condutor”? Ou temos sempre de salvar o número máximo de pessoas, mesmo que as pessoas em causa, estejam a fazer algo de ilegal, ao estarem presentes numa estrada?
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Qual é a decisão correta? Como é que vamos chegar à resposta correta? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.