A China está muito rapidamente a crescer no mundo dos automóveis elétricos, o que muito se deve ao facto de o motor elétrico ser algo bastante mais simples de desenvolver e produzir face aos tradicionais motores a combustão, e claro, também se deve ao facto de a China ter toda uma indústria focada nas baterias.
- Nota: As fabricantes Chinesas nunca tiveram grande talento para desenvolver motores a combustão poderosos e fiáveis. O caso mudou de figura com a revolução elétrica.
Tem noção do quanto estamos dependentes da China neste campo?
Carros Elétricos estão demasiado dependentes da China!
Caso não saiba, todo o mercado de desenvolvimento, produção e distribuição de baterias é dominado por empresas Chinesas. Isto é especialmente verdade no lado dos automóveis.
É exatamente por isso que após muitos e longos anos em que vimos fabricantes Europeias com algum receito de apostar no carro 100% elétrico, as fabricantes Chinesas fizeram um autêntico all-in, e como tal, aparecem agora com veículos extremamente evoluídos, quase em pé de igualdade com algumas entidades que andam a produzir carros há mais de 100 anos.
Mas tem ideia do domínio? Temos um novo estudo a demonstrar uma realidade que poucos conhecem.
Pois bem, graças a um novo estudo da University of Münster e do Fraunhofer Research Institution, é fácil perceber que as empresas Chinesas controlam tudo, ou quase tudo, o que está relacionado com as baterias de iões de lítios.
Estamos a falar de um domínio que começa na mineração dos materiais, e vai até à própria produção das baterias.
Europa está a ver o Navio a passar!
A grande maioria dos materiais que dão vida às baterias que tão bem conhecemos chegam de países como a Austrália e o Chile. Estamos a falar de 74% da produção mundial. Dentro desta percentagem, temos uma empresa Chinesa com 29% e uma empresa Norte Americana com 26%. Não existe nenhuma empresa Europeia com uma quota de mercado significativa.
Portugal é uma esperança Europeia. Mas… Não está fácil.
A Europa até tem alguns depósitos significativos na região. Um deles está em Portugal. Mas, não está fácil avançar com a mineração no continente. Por exemplo, em Barroso, a mineração equivale apenas a 0.4% da produção mundial.
Não é só o lítio!
As empresas Chinesas também têm o domínio das restantes matérias primas, como é o caso do Cobalto, do Manganésio e do Niquel, onde cerca de 47% dos materiais vão parar à China.
A reciclagem pode ser um ponto de viragem.
Se há coisa onde a Europa gosta de estar à frente das outras regiões, é na proteção do meio ambiente e na sustentabilidade de tudo aquilo que faz. Por isso, começam a aparecer grandes esforços para a reciclagem de matérias primas, especialmente no lado das baterias.