Não é novidade para ninguém que a rede de carregamento nacional é uma perfeita confusão. Postos iguais, em sítios diferentes, podem ter preços vastamente diferentes. À semelhança do que acontece nos postos de combustível tradicionais, os preços também estão cheios de taxas e taxinhas, que pouca gente, ou mesmo ninguém, é capaz de perceber.
A mobilidade elétrica devia ser vantajosa, e acima de tudo, simples! De forma a se promover uma transição sustentada. Contudo, infelizmente, isto não está a acontecer, muito por culpa da entidade gestora da rede nacional, a MOBI.e.
Por isso, temos agora uma nova associação a nascer, com a promessa de trazer uma gigantesca reforma para a mobilidade elétrica Portuguesa. Vamos tentar saber mais?
Carros Elétricos em Portugal: Carregamentos têm de mudar!
Portanto, recentemente, tivemos a criação da AMME (Associação para a Modernização da Mobilidade Elétrica), que como objetivo principal, quer acabar com a obrigatoriedade do uso da rede pública Mobi.e.
A palavra de ordem é simplificar a mobilidade elétrica, e ainda bem que assim é! É algo que tem de ser feito, urgentemente, se queremos uma forte adoção de carros elétricos, ou eletrificados, nas estradas Portuguesas. Ora leia:
“Em Portugal, a transição para uma mobilidade elétrica sustentável e fácil de utilizar assenta na obrigatoriedade de uso de um sistema anacrónico, desproporcionalmente complexo, e na verdade, único no mundo. Um sistema que foi pioneiro e exemplar quando foi lançado mas que, hoje, se coloca no caminho contrário ao do progresso.”
Para simplificar as coisas, a primeira iniciativa propõe o fim da obrigatoriedade da utilização da rede pública Mobi.e. Para isso, é proposto que quem queira vender energia para carregamento de veículos elétricos, possa utilizar uma infraestrutura própria para o fazer, nomeadamente os seus próprios sistemas de autenticação, carregamento e pagamentos. Isto sem ter de cumprir com a atual integração obrigatória à Entidade Gestora da Mobilidade Elétrica (EGME).
Isto é importante! Sabe porquê?
Ao fim ao cabo, atinge desde logo alguns dos maiores problemas do atual modelo de carregamentos elétricos em Portugal. Visto não ser ainda possível saber quanto vai ser pago, por carregamento. (Tem de utilizar apps móveis, que nem sempre dão fidedignas ou precisas).
Além disso, abre também as portas a uma solução de carregamentos de veículos específica para um certo contexto comercial. Por exemplo, o Continente ter a sua própria rede, com descontos em quem compra na sua rede de hipermercados. Um centro comercial oferecer preços mais em conta, se fizer compras em certas lojas, etc…
Existem também outras propostas menos importantes, mas ainda assim significativas no grande panorama das coisas. Que passam pela liberdade de escolha de origem de energia, que no molde atual, tem sempre de ser comprada a um Comercializador do Setor Energético.
Entretanto, a AMME já lançou o seu site, e dentro de muito pouco tempo, vai começar as inscrições de novos associados.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Um passo rumo a um futuro mais risonho para a mobilidade elétrica? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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