Hoje em dia, é cada vez mais normal ver automóveis equipados com mudanças automáticas, muito graças à eletrificação de grande parte da frota das principais fabricantes do mercado. No entanto, mesmo que mais lenta, e mais ineficiente, a verdade é que as velhas mudanças manuais continuam a ter o seu encanto para muitos dos entusiastas.
Assim, para dar um cheirinho de condução mais pura, e desportiva, a Lexus está a desenvolver uma caixa manual para veículos elétricos.
Carros Elétricos com mudanças manuais? Vai acontecer!
Portanto, as mudanças manuais já foram uma bandeira nos modelos de entrada de gama, gama média, e até nos super desportivos. Mas, nos últimos anos, é inegável que isso deixou de fazer sentido, especialmente com a massificação da caixa automática de dupla embraiagem, como é a DSG do grupo VW.
Aliás, com a massificação dos veículos elétricos, ou eletrificados, parece cada vez mais inegável que a troca de mudanças dentro de um automóvel seria para sempre algo automatizado, e sem qualquer tipo de alma. Mas calma… Ainda há uma fabricante com um interesse na coisa.
Sim, a Lexus, a divisão de luxo da Toyota, está aparentemente a desenvolver uma transmissão manual, para utilização em veículos elétricos. A coisa é interessante, porque no fundo, vai funcionar como uma espécie de mudanças manuais virtuais.
Ou seja, segundo a Evo Magazine, o sistema vai aproveitar uma embraiagem virtual, bem como um manípulo de mudanças, que na verdade, não vão estar ligados à transmissão do automóvel. Em vez disso, vão estar ligados a um outro sistema, capaz de controlar a entrega de binário do automóvel. Ou seja, se falhar a mudança, o seu carro vai queixar-se, apesar de não ter qualquer necessidade para tal.
Porquê o desaparecimento das caixas manuais nos elétricos, em geral?
A questão das mudanças manuais nos carros elétricos nunca foi económica, caso contrário, seria uma opção nos carros de topo. Também não se põe a questão técnica da própria caixa, porque no mercado, já existem caixas quase perfeitas.
O que interessa no meio de tudo isto, é o motor. Ou seja, um motor de combustão interna tem um regime ótimo numa gama muito estreita de funcionamento, isto ao contrário de um motor elétrico, em que o seu regime ótimo é praticamente independente da sua rotação.
Por exemplo, existem motores elétricos que funcionam a milhares de rotações por minuto, outros a muito poucas por hora, ainda assim, as suas performances não dependem em quase nada da rotação.
Além de tudo isto, o motor elétrico tem um movimento circular, enquanto o do de combustão é linear, sendo transformado mecanicamente em circular. Estas engrenagens, a viela, não resistiriam a milhares de rotações.
Caixa manual… Parece inútil? Bem… É porque é!
Bem… Apesar de interessante, é um sistema complexo, que vai encarecer o carro. É também um sinal do mercado em que é preciso ter uma solução para tudo, ou pelo menos quase tudo.
Afinal, num mundo em que vemos fabricantes a tentar apostar em cheiros específicos, barulhos falsos, e até motores vibratórios, tudo para dar vida a carros elétricos… Bem… Tudo é possível.
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