Hoje em dia, é quase impossível comprar um smartphone sem suporte a uma qualquer tecnologia de carregamento rápido.
Aliás, verdade seja dita, agora que as fabricantes estão a chegar ao limite daquilo que conseguem fazer na parte do design e desempenho dos seus aparelhos, estamos a ver uma autêntica corrida a quem consegue oferecer a tecnologia de carregamento mais rápido… Mas aqui é preciso ter noção de uma coisa muito importante, o carregamento rápido não vem de borla! Potencialmente, poderá vir a custar-lhe muito dinheiro no futuro.
(Especial) Este é o problema dos carregadores rápidos!
Portanto, tentando explicar a maneira como uma bateria funciona de forma super resumida. Assim, temos dois polos! Um negativo e um positivo, onde o polo positivo vai chamar todos os eletrões do polo negativo para si. (Os opostos atraem-se não é verdade?)
Assim, quando o polo negativo começa a ficar sem eletrões, é quando começamos a carregar os nossos aparelhos, que irá voltar a puxar os eletrões para o seu sítio original. Dito tudo isto, quanto maior for uma bateria, maiores vão ser estes polos, e quanto maior for a capacidade de carregamento, maior tem de ser o separador (uma espécie de barreira) entre os dois polos.
Entretanto, para conseguir melhores tecnologias de carregamento rápido, as fabricantes chegaram à conclusão que a bateria tem de ser dividida. Ou seja, em vez de uma célula de 4000mAh, montam duas células de 2000mAh! Desta forma, é possível carregar as duas ao mesmo tempo de forma incrivelmente rápida! Contudo, temos a desvantagem de precisar mais espaço físico, e claro, um aumento das temperaturas devido ao facto de termos duas baterias montadas lado a lado.
Em suma, é aqui que começam os problemas!
Além dos problemas de espaço, o carregamento rápido também dá origem a um aumento muito significativo na temperatura da bateria (ou baterias).
Caso não saiba, as baterias não gostam de temperaturas muito altas, nem muito baixas! Porquê? Porque afeta a forma como as baterias funcionam! Afetando sobretudo a sua durabilidade. -> É por isto que é sempre boa ideia não tocar no telemóvel enquanto está a carregar! Se já está quente do carregamento, ficar ainda mais quente com o uso, será obviamente pior para a longevidade da bateria.
Curiosamente, o muito popular carregamento sem fios rápido traz todas estas desvantagens para cima da mesa!
O carregamento sem fios não é tão eficiente em relação ao carregamento com cabo, e claro está, a energia desperdiçada rapidamente se transforma em calor.
Além disso, o carregamento sem fios é publicitado como uma excelente maneira de manter o telemóvel sempre nos 100% de bateria… Algo que é extremamente desaconselhado pelas fabricantes! Visto que as baterias odeiam estar sempre no máximo da sua capacidade (devem estar entre os 40 e os 60% para conseguirem o máximo da sua longevidade).
Além de tudo isto, o carregamento sem fios também existe para que possa usar o seu aparelho enquanto este está a carregar, o que claro está, também não é grande ideia para a bateria.
Tecnologias de carregamento rápido mais avançadas, começam a não valer a pena!
Nunca reparou que as fabricantes usam sempre os números dos primeiros 50% de carregamento? A razão é simples, de forma a manter a ‘saúde’ da bateria, as fabricantes têm de diminuir drasticamente o carregamento após o primeiro ‘boost’.
Ou seja, um carregador de 80W não é duas vezes mais rápido em relação a um carregador de 40W. Uma diferença que fica ainda mais notória se meter um carregador de 120W contra um de 60W. A diferença no carregamento dos 0% aos 100% não é realmente assim tão significativa quanto isso.
Conclusão
Infelizmente, as tecnologias de carregamento rápido são essenciais para o nosso dia-a-dia, visto que poucos são os smartphones realmente poderosos que conseguem aguentar um dia inteiro longe do carregador.
Ou seja, como as fabricantes não conseguem oferecer uma autonomia decente, optaram por oferecer carregamentos mais rápidos… Contudo, estes carregamentos têm vários pontos negativos, especialmente quando falamos da durabilidade das baterias.
Portanto, se apostar sempre no carregamento rápido, é bem provável que após um ano de uso, o seu smartphone perca entre 20 e 40% de capacidade de bateria. Assim, se por ventura muda de telemóvel todos os anos, nem é grande problema, mas se por acaso quer uma máquina para aguentar 2, 3 ou até 4 anos, começa a ser algo um pouco preocupante.
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