Quase que podemos dizer que a bateria é o componente mais importante de um smartphone. Se funcionar mal pouco podemos fazer com o nosso equipamento. Embora numa fase inicial os problemas não sejam muito frequentes podemos acelerar isto com algumas coisas que fazemos. Mas será que o carregamento rápido estraga a bateria? É isso que vamos responder já a seguir.
Android: o carregamento rápido estraga a bateria?
Um carregador dos mais normais debita cerca de 5 ou 10 watts. Um rápido pode aumentar esta saída em cerca de dez vezes. Ora a menos que exista algum problema técnico no smartphone, utilizar um carregador rápido não vai prejudicar a bateria do seu smartphone e a explicação é relativamente simples.
As baterias de carregamento rápido funcionam em duas fases. Na primeira aplica-se uma grande energia quando o smartphone não tem praticamente bateria. Assim conseguimos recuperar rapidamente autonomia com 10, 15 ou 30 minutos de carga. Isto acontece porque na primeira fase de carregamento os smartphones conseguem absorver uma grande quantidade de carga sem efeitos negativos na saúde do smartphone. Por exemplo, no caso do Galaxy S20 é possível ir dos zero aos 70% em cerca de meia hora.
Depois desta primeira fase de carregamento parece que é muito mais difícil carregar os 20 ou 30% que faltam do que os 70 ou 80% que carregaram rapidamente.
Ora é nesta segunda fase que é preciso mesmo cuidado. Assim os fabricantes lidam com cuidado com a velocidade de carregamento para que não ocorra qualquer problema na bateria. Esta questão da bateria é válida tanto no caso de um smartphone Android como num iPhone. A tecnologia é a mesma.
Li uma comparação interessante por parte de um responsável do site iFixit que compara a bateria a uma esponja e isto é sem dúvida a melhor explicação que se pode dar. Quando colocamos água numa esponja seca, ela absorve muito rapidamente a água. Imaginem isto como a primeira fase de carregamento. Depois se continuarmos a colocar água chega a uma altura em que ela já vai absorver a água muito mais lentamente até o deixar de fazer. É exatamente assim que funciona a bateria.
Se as baterias não agissem desta forma então iríamos ficar com sérios problemas. É por esse motivo que apesar da má fama os problemas são raros. Isto desde que esteja tudo a funcionar bem no interior. Na segunda fase é preciso dar-se tempo à bateria para absorver a carga e evitar problemas.
O famoso problema com o Galaxy Note 7 deveu-se a problemas na carga rápida? Na realidade, não. Estava mesmo relacionado com o design da bateria. Entretanto a resposta final é: o carregamento rápido não estraga a bateria.
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