Caranguejos vão revolucionar os veículos elétricos!

Maryland é um dos cinquenta estados norte-americanos e é famoso pelos seus caranguejos. Ora a mais recente descoberta liga estes animais a algo muito inovador. Assim a verdade é que os caranguejos podem revolucionar a autonomia dos veículos elétricos.

Caranguejos vão revolucionar os veículos elétricos!

O grande problema dos veículos elétricos está precisamente na autonomia. Também porque levam o seu tempo a carregar. No entanto tudo pode mudar em breve.

Uma equipa de cientistas descobriu que os crustáceos, como os caranguejos e as lagostas, contêm um químico nas suas carapaças chamado quitina. Ele pode ser utilizado para alimentar baterias quando combinado com zinco.

As carapaças de crustáceos com este químico são normalmente deitadas fora em massa pelos restaurantes que não têm outra utilização para elas. Mas os investigadores acreditam que este desperdício pode servir como um recurso poderoso na procura de baterias mais sustentáveis.

As baterias de iões de lítio, o tipo comum encontrado na maioria dos nossos telemóveis e computadores portáteis, podem levar centenas de milhares de anos a decompor-se depois de usadas. Isto para não mencionar o impacto ambiental devastador que a extração de lítio tem no nosso planeta.

Mas estas baterias de moluscos são biodegradáveis e podem decompor-se no solo ao fim de apenas cinco meses. Entretanto deixam para trás zinco, que se pode reciclar.

Uma grande eficiência

Mas há mais. O estudo da Universidade de Maryland também descobriu que as baterias de quitina-zinco têm uma eficiência de 99,7% após mais de 400 horas de utilização, como noticiado pelo The Guardian. Para além disso estas baterias podem provavelmente ser produzidas a baixo custo em grande escala.

Nio

À medida que o mundo se vai afastando das fontes de energia poluentes, como o gás metano e o carvão, vai precisar de toneladas de baterias baratas e amigas do ambiente. Os crustáceos podem ser uma solução, especialmente na esperança de diminuir a nossa dependência das baterias de iões de lítio.

Em declarações ao The Guardian, Graham Newton, professor de química de materiais na Universidade de Nottingham, que estuda a tecnologia de baterias sustentáveis, mostrou-se cautelosamente otimista em relação à descoberta.

“Quando se desenvolvem novos materiais para tecnologias de baterias, tende a haver uma diferença significativa entre resultados promissores de laboratório e uma tecnologia demonstrável e escalável”, disse Newton, que não está associado ao estudo de Maryland.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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