Determinar quando é que um cão velho é realmente “velho” é um pouco complicado. O envelhecimento pode variar consoante a raça e os cães envelhecem de forma muito diferente dos humanos. Assim não é fácil estabelecer comparações entre as nossas idades e as deles. Agora, uma equipa de cientistas identificou exatamente quando é que os veterinários podem considerar que um canino está na “velhice”. Embora possa depender da raça, um cão pode geralmente ser considerado velho aos 12,5 anos. Isto de acordo com um estudo publicado a 12 de dezembro no Journal of Small Animal Practice. Mas será mesmo assim? A nova verdade é que comparativamente a anos humanos o seu cão pode não ter a idade que acha que tem.
O cálculo de sete anos caninos para um ano humano é um mito comum e persistente em relação à idade do cão. De facto 15 anos humanos equivalem ao primeiro ano de vida de um cão de tamanho médio. O segundo ano de vida corresponde a cerca de nove anos para uma pessoa. Após os dois anos de idade, cada ano humano equivale aproximadamente a cinco anos para um cão. Esta comparação de anos mais escalonada e as diferenças específicas de cada raça no envelhecimento tornam a comparação das nossas idades com as dos cães ainda mais complicada.
Num novo estudo, uma equipa da Universidade de Liverpool, no Reino Unido, analisou uma base de dados de registos de saúde electrónicos veterinários denominada Small Animal Surveillance Network. Assim descobriram que as raças mais pequenas – como os Jack Russell terriers – tendem a envelhecer mais lentamente. Podem ser considerados velhos quando estão perto dos 14 anos. As raças maiores, como os labradores retrievers, são consideradas mais velhas quase dois anos mais cedo, aos 12 anos.
Os principais problemas da idade
A equipa também identificou os cinco principais problemas de saúde que afectam os cães mais velhos. A primeira preocupação foi com problemas relacionados com o peso (35%), incluindo perda de peso e excesso ou falta de peso. Os problemas músculo-esqueléticos, incluindo dificuldades de mobilidade e rigidez, surgem em segundo lugar, com 33%. A acumulação de tártaro, a doença periodontal e outros problemas dentários surgem em 31%. Os problemas relacionados com a pele – inchaços, infecções e queda de cabelo – foram uma preocupação para 28% dos registos recolhidos. Por último, os problemas digestivos, como a diarreia e os vómitos, foram uma preocupação para 22%.
Alguns dos sinais comuns de envelhecimento em cães a que deve estar atento incluem olhos nublados ou dificuldade em ver, mau hálito crescente, abrandamento ao andar ou correr. Todos estes sinais devem-se discutir com um veterinário, para garantir que não são sinais de uma doença mais grave, como o cancro.
Entretanto para os cães mais velhos, a equipa recomenda visitas regulares ao veterinário, que os donos compreendam as condições específicas da raça, de modo a poderem antecipar as necessidades de cuidados de saúde, e que sejam proactivos em relação à saúde do seu cão.
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