Como já noticiámos há 2 dias, a recentemente iniciada guerra entre a Rússia e Ucrânia vai ter um profundo impacto no preço de várias matérias primas, como é o caso do petróleo e do gás. Aliás, é esperado que o gasóleo aumente 2.5 cêntimos já na próxima segunda feira, com a gasolina a aumentar 2 cêntimos.
Dito isto, se por ventura estava com medo de que tudo isto tivesse um novo impacto no mundo da produção de chips, por enquanto, pode ficar descansado.
Calma! A Guerra não vai ter impacto nos chips
Tinha piada não tinha? Na altura em que tudo parecia estar a voltar à normalidade, com muitos e bons lançamentos em vários segmentos do mundo da tecnologia, a produção de chips voltava à fossa, e claro, tudo voltava a aumentar de preço em 2022. Mas não, segundo vários analistas, a guerra pode vir a ter algum impacto, mas nada de especial.
Quem o afirma é John Neuffer, chefe executivo e presidente da Semicondutor Industry Association. Ora leia:
- “A indústria de produção de semicondutores conta vários grupos de fornecedores de materiais chave, e gases essenciais. Por isso, não acreditamos que existam riscos de fornecimento de materiais, relacionados com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia.”
Esta afirmação teve o apoio da Intel, com um porta-voz a vir a público afirmar que:
- Não contamos com qualquer impacto na nossa cadeia de distribuição. A nossa estratégia está assente numa rede diversa e global, por isso, temos sempre assegurado um risco mínimo, se tivermos alguma interrupção local.”
Porquê este medo? Caso não saiba, a Ucrânia é o maior exportador do gás nobre Néon, que é um material base muito importante na produção de semicondutores. Com empresas como a TSMC, ASML e Micron, entre as maiores compradores. No entanto, estas mesmas empresas já garantiram que têm stock suficiente, e possibilidade de ir a outros fornecedores.
Em suma, muita coisa pode vir a aumentar de preço devido a esta nova, e desnecessária guerra. Mas no mundo da tecnologia, a culpa não vai ser dos chips.
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