Apple vai a tribunal por químicos nas braceletes do Apple Watch

Um estudo recente revelou que as braceletes de smartwatches de marcas populares, incluindo a Apple, contêm elevadas concentrações de químicos tóxicos. Agora, foi intentada uma ação judicial contra a Apple relativamente a estas braceletes de relógio. Mas afinal que químicos são estes nas braceletes do Apple Watch?

Uma ação judicial deu entrada no Tribunal Distrital do Norte da Califórnia (identificada pelo The Register) e visa três braceletes do Apple Watch que supostamente contêm estes químicos perigosos. Estas pulseiras são a Sport band incluída no smartwatch, a Ocean band e a Nike Sport band que acompanha os dispositivos Apple Watch Nike. O problema aqui está em algo conhecido como químicos para sempre.

O que são então os “químicos para sempre”?

São também conhecidos como produtos químicos sintéticos que não se decompõem facilmente com o tempo. Em vez disso, acumulam-se nos nossos corpos. Entretanto têm-se associado a um maior risco de cancros específicos, sistemas imunitários enfraquecidos, atrasos no desenvolvimento das crianças e perturbações hormonais. Para além das braceletes de relógio em fluoroelastómero, estes químicos tóxicos também foram encontrados em panelas antiaderentes, colchões, roupas resistentes à água e muito mais.

No entanto, a Apple não é a única marca de smartwatches a oferecer braceletes com químicos para sempre. Outras braceletes ofensivas incluem a bracelete de relógio do Pixel Watch 3, a bracelete com fivela em T do Galaxy Watch Sport e a bracelete de borracha do OnePlus Watch 2.

Este processo chega, no entanto, alguns anos depois de a Apple se ter comprometido a eliminar gradualmente estes químicos tóxicos dos seus produtos. Também surge depois de, no final do ano passado, ter sido intentada uma ação judicial contra a Samsung pela utilização de químicos eternos em determinadas braceletes de relógio. De qualquer forma, esperamos que todos os fabricantes de wearables actuem rapidamente para eliminar estes químicos dos seus produtos.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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