A tecnologia que dá vida às baterias, sejam aquelas que vão vida aos nossos smartphones, ou a um dos mais recentes carros elétricos lançados no mercado, estão em constante evolução.
Aliás, se é uma daquelas pessoas, que mostra indignação, quando compara os velhos Nokia 3310 capazes de aguentar 1 semana com a mesma exata carga, com os mais recentes smartphones da Samsung ou da Apple, está a comparar batatas com laranjas, visto que a bateria evoluiu sim, o problema é que toda a tecnologia à sua volta evoluiu a um ritmo muito maior, e verdade seja dita, de uma forma simplesmente incrível.
Dito tudo isto, entre novos compostos, novas misturas, baterias sólidas, etc… A capacidade de reter energia está mesmo a aumentar!
Contudo, é um processo extremamente demorado, como é o exemplo recente da Panasonic, que recentemente anunciou estar a investir forte e feio, para conseguir um aumento de 20% na densidade das suas baterias, pensadas para carros elétricos.
No entanto, este aumento de 20%, só vai ser aparente lá para 2030.
Baterias vão ficar melhores, mas ainda vai demorar algum tempo
Portanto, apesar das muitas melhorias na rede de carregamento, e também na autonomia disponível nos automóveis elétricos mais recentes, é inegável que o efeito de “Ansiedade de Bateria” ainda existe.
Ao fim ao cabo, ao contrário de um carro a combustão, em que pode encostar em qualquer sítio para meter 5 ou 10€ de combustível(bem, hoje em dia, isso não lhe vai valer de muito), no mundo dos carros elétricos a coisa é um pouco mais complexa, tal é a variedade de carregadores que existem espalhados por um país, e claro, temos ainda o facto de ser sempre necessário estar atento para perceber se o posto que quer utilizar está, ou não, ocupado por um outro carro elétrico.
Sendo exatamente por isto que os condutores ficam extremamente entusiasmados com um acréscimo de 20% na densidade das baterias!
O que por sua vez poderá equivaler a um aumento de autonomia na mesma medida, ou maior, visto que as motorizações estão cada vez mais eficientes.
Isto também poderá resultar em carros mais leves, com a mesma exata capacidade de bateria, o que não só irá ajudar na condução, como também na autonomia.
Afinal, como deve imaginar, no mundo das baterias, mais não é sempre melhor.
Mais bateria significa mais peso, peso que o automóvel terá de levar consigo para todo o lado, o que também afeta a autonomia. É uma balança com um equilíbrio extremamente frágil. Sendo exatamente por isso que falar num aumento de 20% na densidade das baterias não conta toda a história.
Ainda assim, mais concretamente, tudo isto significa que a Panasonic vai ser capaz de oferecer baterias com um potencial de 900 Wh/l. Uma métrica significativamente superior aos 750 Wh/l das melhorias baterias do mercado atual. Além disto, vai ser possível aumentar a voltagem máxima de cada célula para 4.4V em vez de 4.2V. Como se tudo isto não fosse suficiente, as novas baterias da Panasonic também vão mudar os materiais. Para quê? É simples, para fazer com que a degeneração seja significativamente mais lenta.
Caso não saiba, a Panasonic é uma das maiores fornecedoras de baterias do planeta, sendo uma das principais parcerias da Tesla. Num exemplo mais concreto, estas melhorias poderão dar mais 120 quilómetros de autonomia ao atual Tesla Model S.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Uma boa novidade, ou a evolução neste campo sabe a pouco? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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