Baterias Removíveis: Fabricantes e Fãs irritados? Porquê?

Como já noticiámos há alguns dias atrás, a União Europeia quer mudar um pouco a forma como o mundo dos smartphones funciona, ao alongar o tempo de vida de um qualquer aparelho, de qualquer fabricante, durante mais alguns anos.

Isto faz muito sentido no campo da sustentabilidade, porque qualquer smartphone de gama média, ou gama alta, é hoje em dia perfeitamente capaz de aguentar 4~5 anos de uso, sem grandes dificuldades. O único problema está, ou estava, na bateria! Um componente que tem um ciclo de vida limitado, normalmente à volta dos 2 anos (depende do uso). Um componente que como deve saber, nos dias que correm está bem escondido, fechado e selado com parafusos, cola, e sabe-se lá mais o quê.

Muito resumidamente, a União Europeia quer que as fabricantes mudem um pouco a forma como desenham e produzem smartphone, para facilitar a troca de alguns componentes chave, onde temos de salientar a bateria.

Além disso, as baterias têm de estar disponíveis no mercado, sem grandes barreiras, seja pelas fabricantes oficiais, ou por fabricantes de fora com licenças. Isto é bom! É positivo! Porém, alguns consumidores e especialistas parecem estar contra “as novas regra”.

Vamos tentar perceber porquê?

Baterias Removíveis: Fabricantes e Fãs irritados? Porquê?

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Portanto, depois do anúncio da EU, temos vistos algumas críticas a chegar à Internet, especialmente vindas do lado Apple da coisa. Alguns consumidores e especialistas parecem estar contra a nova medida, porque isto pode meter em causa a espessura, o peso, e até a resistência a água e poeiras, nos novos smartphones.

Bem, sim, é verdade que isto traz novos desafios para as fabricantes. Mas, também é verdade que existiram smartphones com certificações de proteção no passado, mesmo em alturas em que as baterias removíveis eram uma realidade no mercado. Um exemplo disto mesmo é o Samsung Galaxy Wave de 2010, que já chegou às prateleiras com um design super fino, baseado em alumínio, com uma tampa traseira também ela em alumínio, que nos dava acesso à bateria.

Ou mais recentemente, tivemos também o Galaxy S5, também da Samsung, que apesar de ser baseado numa construção de plástico, era um smartphone à prova de água, e tinha uma bateria removível.

As novas regras trazem desafios, trazem dificuldades, etc… Mas, é uma pedra atirada para um lago muito calmo, há muito necessária. As fabricantes ficaram demasiado confortáveis nas suas escolhas, que são inegavelmente pensadas para limitar o tempo de vida útil de qualquer aparelho produzido em massa.

É preciso mudar a forma como um smartphone é pensado, é desenvolvido, é produzido, e é mantido. Especialmente agora que qualquer smartphone de gama média ou gama alta está a encarecer de forma muito significativa. Pagar 1500€ por um smartphone que dura 2 anos, ou pagar 1500€ por um smartphone que dura 4 ou 5 anos? O que prefere?

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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