Baterias: Descoberta acidental = Revolução

Baterias: Acaba por ter alguma piada, mas muitas das descobertas que acabam por ter um profundo impacto no nosso dia-a-dia, aconteceram de forma puramente acidental. Quer alguns exemplos? A dinamite, o antibiótico (penicilina), as máquinas de raio-x, e até o micro-ondas. Tudo resultados de descobertas acidentais.

Pois bem, ao que tudo indica, o mesmo pode ter acontecido com as baterias!

Baterias: Descoberta acidental = Revolução

Portanto, a mais recente descoberta acidental, pode vir a ter um profundo impacto na forma como a tecnologia funciona, e é produzida. Mas talvez mais importante que isto, pode ter um profundo impacto na nossa perseguição à neutralidade carbónica. Estamos a falar do quê? Baterias de lítio-enxofre.

Em suma, até aqui, temos usado baterias de iões de lítio para dar vida a tudo o que é tecnologia. É algo que serve de base para o seu smartphone, para o seu portátil, e claro, para a totalidade dos carros híbridos e 100% elétricos do mercado.

O problema, é que os componentes base destas baterias, são raros, são caros, e acabam por ter um profundo efeito nefasto no nosso ambiente.

Além disto, as baterias de iões de lítio, apesar de muito superiores relativamente a um passado recente, perdem a sua capacidade de uma forma assustadoramente rápida. Como já deve ter percebido pelos muitos smartphones que lhe passaram pelas mãos, ao longo dos anos.

Sendo também uma das razões pela qual os condutores ainda continuam com algum medo, na troca do seu carro atual a combustão, por um veículo elétrico.

Mas vamos por partes! Afinal de contas, as baterias de iões de lítio têm alguns problemas bem conhecidos:

  • Degradação,
  • Materiais caros e de difícil extração,
  • Densidade de energia fraca,
  • Pesadas,
  • Caras,
  • Perigosas (perigo de incêndio).

Baterias de lítio enxofre resolvem todos os problemas?

Pois bem, segundo a equipa de investigação da Universidade de Drexel, este novo tipo de bateria pode resolver alguns dos problemas listados em cima. Afinal de contas, são mais baratas no campo da produção, são mais densas, e usam materiais mais baratos e de fácil aquisição.

Mas há um problema… Enquanto uma bateria de iões de lítio consegue aguentar cerca de 2000 ciclos de carregamento. Uma bateria de lítio-enxofre fica pelos 1000 ciclos. Sendo exatamente neste campo, que a equipa decidiu experimentar coisas novas. E claro, descobriu algo incrível.

Ao fim ao cabo, é possível interromper, completamente, a degradação deste tipo de bateria, graças a uma fase química denominada de “monoclinic gamma-phase sulfur”. Uma fase capaz de parar completamente a criação de polysulfides, que por sua vez são os principais responsáveis pela degeneração de qualquer bateria.

Em suma, para ter noção, a equipa já foi capaz de completar 4000 ciclos de carga/descarga, sem perder uma único unidade percentual de capacidade. Isto, numa bateria 3x mais densa que as tradicionais baterias de iões de lítio, e que claro, consegue ser carregada à mesma exata velocidade.

Conclusão

Como em qualquer descoberta acidental, ainda há muito a ser feito e estudado, até vermos alguma coisa no mercado. Mas uma coisa é certa, estamos mesmo a olhar para uma revolução no mundo da tecnologia, e no mundo dos transportes.

Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Tem esperança no desenvolvimento de uma tecnologia de bateria bem diferente do que já conhecemos? Será a “salvação” do ambiente, e da transição energética? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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