Já se sabe quem foi o autor do ataque ao porto de Lisboa

Um ciberataque que atingiu a Administração do Porto de Lisboa (APL), o terceiro maior porto de Portugal, no dia de Natal foi reivindicado pelo gangue de ransomware LockBit. O Porto de Lisboa faz parte da infraestrutura crítica da capital portuguesa, sendo um dos portos com mais movimento da Europa, devido à sua localização estratégica, e ao serviço de navios porta-contentores, navios de cruzeiro e embarcações de recreio. De acordo com um comunicado da empresa partilhado com os meios de comunicação na segunda-feira, o ciberataque não teve impacto nas operações do porto.

Já se sabe quem foi o autor do ataque ao porto de Lisboa

A APL não revelou a natureza do ciberataque, mas o grupo de ransomware LockBit acrescentou a organização ao seu site de extorsão ontem, alegando assim o ataque.

O gangue alega ter roubado relatórios financeiros, auditorias, orçamentos, contratos, informações de carga, registos de navios, detalhes da tripulação, PII do cliente (informações pessoalmente identificáveis), documentação portuária, correspondência de e-mail, entre outras.

O grupo já publicou amostras dos dados roubados, mas até agora o site especialista em segurança, BleepingComputer, não pôde verificar a sua legitimidade.

O LockBit ameaça publicar todos os ficheiros que roubaram durante a intrusão no dia 18 de janeiro de 2022, se as suas exigências de pagamento não forem satisfeitas.

Como se pode ver na imagem acima, fixaram o valor do resgate em $1.500.000 e também dá a possibilidade de atrasar a publicação dos dados em 24 horas pagando $1.000.

Curiosamente, o LockBit oferece-se para vender os dados pela mesma quantia a quem pretenda aceder aos mesmos de imediato e exclusivamente..

Outro ataque recente notável do LockBit teve como alvo a Continental, a multinacional de automóveis, que foi listada no site tor desta organização em novembro de 2022.

Entretanto esta semana, os meios de comunicação japoneses divulgaram rumores de que o departamento de cibercrime da polícia japonesa ajudou pelo menos três empresas domésticas a restaurar os seus sistemas gratuitamente após os ataques do LockBit 3.0.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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