Automóvel: o que são e para que servem as portas suicida

É possível que já tenha ouvido a expressão portas suicida quando se trata de um automóvel mas eventualmente não sabe do que se trata. É verdade que o termo em si dá muito que pensar mas a verdade é que se por um lado existem coisas fantasiadas por outro existem acontecimentos bem reais. Assim descubra no que consistem e para que servem as portas suicida.

Automóvel: o que são e para que servem as portas suicida

Logo à partida, são portas de automóveis com dobradiças que abrem na traseira em vez de na frente. Embora a grande maioria dos veículos atuais utilize portas com dobradiças à frente, as portas com dobradiças atrás ou “suicidas” existem desde que os primeiros veículos de transporte de pessoas sem animais evoluíram dos seus antecessores. As carruagens puxadas por cavalos. A história das portas suicidas (algumas reais e outras fictícias) criou uma imagem muito colorida do que já foi uma caraterística automóvel muito comum.

As portas suicidas terão ganho a sua alcunha devido à sua utilização por gangsters americanos, que se pensava eliminarem os seus rivais e traidores empurrando-os pelas portas traseiras dos veículos em movimento. Se se trata de uma representação de Hollywood ou de uma lenda de gangsters, ninguém sabe ao certo. Mas o nome pegou, e as portas suicidas tornaram-se assim parte do léxico automóvel.

Há uma vantagem inegável nas portas suicidas. É a maior facilidade de entrada no veículo. Nos tempos das carruagens puxadas por cavalos, as portas com dobradiças traseiras eram comuns. Este tipo de porta tornava a entrada numa carruagem muito mais fácil, especialmente para as mulheres da classe alta que usavam vestidos longos e fluidos. Este tipo de porta foi transferido para o automóvel original, também inicialmente propriedade das classes abastadas, como a combustão interna e os primeiros carros eléctricos, como o Baker Electric, no século XX. À medida que a posse de um carro se tornou mais comum entre as classes média e baixa, as portas com dobradiças traseiras continuaram a ser uma caraterística de design comum durante os anos 20, 30 e até à Segunda Guerra Mundial.

Ainda é possível encontrar estes carros?

Em carros novos nem por isso. A principal desvantagem das portas suicidas é a sua capacidade de serem abertas pela corrente de ar se um trinco se soltar. Isto enquanto o carro estiver em movimento, podendo levar consigo o ocupante mais próximo.

Hoje em dia, a utilização de portas suicidas regressou mais recentemente, com os fabricantes a voltarem a utilizar esta caraterística para o mesmo público que as utilizava na era das carruagens puxadas por cavalos: os ricos. O caso em questão é o Rolls-Royce Spectre EV, um coupé para quatro pessoas com um preço sugerido de 422 mil Euros. Possui portas suicidas eléctricas.

Mas temos também o Mazda MX-30 que mostrámos nas fotos acima.