É verdade que estamos mais habituados a que estas notícias cheguem dos Estados Unidos. No entanto, desta vez, cabe mesmo ao Japão a nova tentativa de aterrar na Lua. Tudo devido a um módulo lunar que foi desenvolvido por uma empresa privada. Mas como será esta aterragem?
Japoneses vão tentar aterrar na lua esta terça-feira!
Depois de passar cinco meses em trânsito para chegar à Lua – seguindo uma trajetória circular mas eficiente em termos de combustível – a missão Hakuto-R vai tentar aterrar na Lua já na terça-feira. Se os operadores da missão decidirem avançar, a tentativa de aterragem terá início às 15h40 de terça-feira. Entretanto será transmitida em direto nesta ligação.
A tentativa de aterragem terá início a uma altitude de cerca de 100 km acima da superfície lunar. Ou seja, onde a nave se encontra atualmente numa órbita circular. Começará com uma manobra de travagem através do disparo do motor principal da nave. A isto seguem-se um conjunto de comandos pré-programados durante os quais o módulo de aterragem ajustará a sua atitude em relação à superfície da Lua. Depois desacelerará para fazer uma aterragem suave. O processo deverá demorar cerca de uma hora.
Sediada em Tóquio, a ispace foi fundada em 2010 no âmbito do concurso Google Lunar XPrize. Desde então, tem-se destacado como uma das empresas da nova geração que se dedicam a serviços lunares comerciais. A empresa tem como objetivo conceber e construir veículos lunares e rovers e, em última análise, fornecer serviços de transporte de alta frequência e baixo custo para a Lua.
O primeiro voo do programa Hakuto-R ocorreu em dezembro.
O módulo de aterragem lunar transporta várias cargas úteis para a superfície lunar, incluindo o rover Rashid dos Emirados Árabes Unidos, juntamente com o robô lunar transformável SORA-Q da Tomy e da JAXA.
Lembro que muito poucas nações aterraram na Lua e nenhuma empresa privada conseguiu fazer uma aterragem suave. A primeira missão de aterragem lunar financiada por privados, a nave israelita Beresheet, despenhou-se na Lua em 2019, após uma falha do motor principal durante a sequência de aterragem. Se a ispace for bem-sucedida na terça-feira, a empresa fará história.
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