Atenção! Estes são os telemóveis que emitem mais radiações

Hoje em dia e para a maioria das pessoas, o smartphone está ao alcance das mãos 24 horas por dia. Está no bolso enquanto estão no trabalho, está na mão na viagem para casa e está na mesa de cabeceira quando vão dormir. E as radiações?

Cada vez estamos mais próximos dos nossos telemóveis

Com este nível de proximidade e utilização, muitos não se conseguem livrar da sensação de que podem vir a ter problemas a longo prazo.

Embora ainda não existam estudos conclusivos acerca dos efeitos da radiação dos telemóveis nas pessoas, qualquer pessoa tem a sensação que a palavra radiação normalmente nunca é uma coisa boa.

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Uma nova infografia de uma organização pública alemã revela os equipamentos que emitem mais radiações

Ora, a propósito disto, chegou uma nova infografia à Internet. Na prática revela quais os equipamentos que emitem mais radiação. Não se esqueçam que normalmente os temos encostados ao nosso ouvido, durante uma chamada. Claro, se não utilizarmos auriculares.

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A Organização Federal Alemã de Proteção contra Radiação (Bundesamt für Strahlenschutz) tem uma base de dados muito abrangente de smartphones – novos e antigos – juntamente com o nível de radiação que eles emitem.

Xiaomi Mi A1 e OnePlus 5T estão no topo de lista

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Seguindo os critérios definidos para este gráfico (veja as notas de rodapé), o smartphone atual que cria o nível mais alto de radiações é o Xiaomi Mi A1, seguido de perto pelo 5T do fabricante chinês OnePlus.

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Na verdade, a parte de cima da lista é dominada por dispositivos fabricados por empresas chinesas. OnePlus, Huawei e ZTE são responsáveis ​​por 9 dos 15 telefones com os maiores valores.

Os smartphones da Apple como o iPhone 8 também aparecem na lista

Importa salientar que os dispositivos da Apple, como o iPhone 7 e o iPhone 8 também aparecem na lista de radiações.

iPhone-x 8 8plus

Embora não exista uma diretriz universal para um nível “seguro” de radiação, a certificação alemã de compatibilidade ambiental “Der Blaue Engel” (Blue Angel) certifica apenas dispositivos que têm uma taxa de absorção específica inferior a 0,60 watts por quilograma.

Todos os equipamentos apresentados nesta infografia têm mais do dobro nestas medições.

Isto leva-nos a questões muito importantes. Estas radiações provocam cancro? E o novo 5G?

A palavra radiação faz-nos lembrar de muitos perigos e até de bombas nucleares. Apesar de isto estar totalmente errado, há formas muito seguras de radiação. Na verdade, estamos constantemente a ser bombardeados com radiação, como os raios cósmicos do sol.

Há uma grande diferença entre a radiação segura e as formas mais perigosas encontradas em Chernobyl ou nos Raio-X. Esta é a diferença entre radiação ionizante e não ionizante. A radiação ionizante aparece em comprimentos de onda acima da luz ultravioleta, também conhecida como raios X e raios gama. Esta pode danificar o seu ADN, eliminado os eletrões presentes nas moléculas base, conduzindo a tumores e cancro.

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Fonte: Wikipedia

As ondas de rádio de frequências mais baixas, como as utilizadas em redes móveis LTE, não são ionizantes. Ou seja, não podem causar o mesmo tipo de dano. No entanto, certos comprimentos de onda não ionizantes ainda podem causar danos. É que produzem calor com um nível de potência extremamente alto.

O limite seguro imposto, por exemplo, pela FCC nos smartphones impõe uma taxa de absorção específica (SAR) de 1,6 watts por kg (1,6 W / kg) de massa, ou seja, não consegue de forma nenhuma aquecer o seu corpo. Na Europa e na maioria dos outros países para além dos Estados Unidos, o limite ronda os 2,0 W/kg. Estes são os limites legais absolutos de exposição. Na maioria dos casos, os valores no mundo real são significativamente menores.

Uma máquina para bronzear é muito mais perigosa que os sinais LTE e WiFi.

Os telemóveis podem causar cancro?

Muitos estudos analisaram se a radiação eletromagnética de radiofrequência (RF EMR) pode afetar as pessoas saudáveis. Primeiramente, uma revisão de um estudo em 2009 e o estudo Interphone de 2010 resumiram a falta de conclusões acerca deste tópico. Entretanto, em 2011, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou os smartphones como provocadores de cancro de Classe 2B, o que significa que a tecnologia pode estar ligada ao cancro. Isto não implica propriamente que o nível de exposição dos produtos comerciais seja perigoso. Outros carcinogéneos da classe 2B incluem picles, extrato de folhas de aloe vera.

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Não houve resultados conclusivos que indiquem que as tecnologias móveis são realmente perigosas para os seres humanos, embora pareça o contrário. É que um simples estudo na Internet ou uma má leitura de um estudo pode transformar-se numa bola de neve nas redes sociais.

E o 5G e o mmWave? Qual o impacto das radiações?

Não há evidências convincentes que liguem o cancro aos dispositivos móveis. Mas e o 5G? Será que é agora? Não parece. A maioria destas frequências ocupa bandas de baixa frequência e de Wi-Fi, portanto, não há novos riscos. Ao mesmo tempo, as tecnologias mmWave ainda não estão nem perto dos comprimentos de onda de ionização nocivos para o organismo.

O MmWave será implementado principalmente no espectro de 24 a 29GHz, que sofre com taxas de reflexão muito altas. Portanto, a absorção de energia está confinada às camadas superficiais da pele, em vez dos tecidos mais profundos tocado por frequências mais baixas. Ossos ou o crânio estão livres de perigo. Assim, deixe de se preocupar com os tumores cerebrais.

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Nos Estados Unidos, os regulamentos de segurança da FCC aplicam-se até 100 GHz. Portanto, os dispositivos 5G da mmWave estão sujeitos aos mesmos padrões de segurança e limites de energia dos produtos 4G LTE, Bluetooth e Wi-Fi existentes.

Assim, a tecnologia parece ser segura. Em paralelo, as regulamentações atuais da FCC e das agências Europeias já têm essas frequências cobertas. Ainda assim, 180 cientistas de todo o mundo assinaram uma petição em setembro de 2017 solicitando um atraso na implantação da rede 5G na União Europeia até que os efeitos na saúde tenham sido estudados com mais detalhes. Nesse sentido, seria importante mais estudos acerca do 5G.

Mas o que acham desta questão das radiações? Contem-nos tudo nos comentários.

Fonte

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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