O drama interminável entre a Huawei e o governo dos Estados Unidos está a levar a diversas decisões que vão ficar na história. De facto, não sei se serão más para a Huawei ou, de facto, para os Estados Unidos. Assim, a gigante chinesa já está a fabricar o seu próprio sistema operativo e loja de aplicações. Agora, eis que ficámos a saber que o smartphones da Huawei terão uma nova ferramenta de mapeamento graças á parceria com a TomTom.
Atenção Google Maps! A Huawei já tem um substituto de peso
Assim, em vez de usar a base de dados OpenStreetMap que dá vida a muitas alternativas ao Google Maps, a Huawei chegou a acordo para deitar a mão a mapas, informações de tráfego e software de navegação da TomTom. Uma vez que a TomTom está sediada na Holanda, a parceria não será afetada pelas batalhas dos Estados Unidos com a Huawei e a China.
Segundo um porta-voz da TomTom, o acordo foi alcançado “há algum tempo”, mas não foi tornado público até agora. Os detalhes financeiros do acordo não foram revelados.
Esta parceria poderá jogar muito bem nos dois sentidos. Logo à partida poderá ser a solução que a Huawei precisa para disponibilizar mapas. Por outro lado, a TomTom também tem muito a ganhar em termos de brand awareness.
As dificuldades da Huawei começaram em 2003, quando a Cisco a acusou de roubar código para o software do router. Mais tarde e mais concretamente em 2008 voltaram a surgir problemas quando a tentativa da Huawei comprar a 3Com foi bloqueada. Em 2011, o Departamento de Defesa dos EUA informou o Congresso de que estava preocupado com os laços estreitos desta empresa com os militares chineses, sendo que um relatório oficial em 2012 expressou publicamente estas preocupações.
Apesar de todos estes acontecimentos, a gigante chinesa transformou-se num importante fornecedor de equipamentos de rede e telecomunicações em todo o mundo, especialmente na Europa e na China, com os Estados Unidos a ficarem de fora onde nenhum hardware de rede desta marca é utilizado pelas grandes operadoras; em 2013, a Sprint resolveu colocar um ponto final na utilização de hardware da Huawei, o que levou a empresa chinesa a afirmar publicamente que não estava interessada no mercado dos EUA.
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