Numa altura em que temos Gran Turismo 7 nas prateleiras, e Forza Horizon 5 ainda é uma novidade no mercado, talvez seja boa ideia olhar para um volante com Force Feedback, de qualidade, capaz de ser utilizado em todas as plataformas.
Por isso, vamos olhar para o Thrustmaster T248, uma aposta muito interessante da fabricante conhecida por produzir periféricos capaz de passar a emoção da condução, sem ser necessário pegar no nosso querido (e frágil) carro do dia-a-dia.
(Análise) Thrustmaster T248: Um excelente ponto de partida!
Portanto, o Thrustmaster T248 chegou ao mercado no final de 2021, focando-se no PC e nas consolas Sony PlayStation.
Entretanto, como já deve ter percebido pelo seu nome, não é um modelo pensado para ser considerado como um volante topo de gama, ficando atrás de outras versões, como o Thrustmaster T300GT, mas melhorando (e muito) a performance, em todas as categorias, quando comparado ao velho (mas amigo da carteira) Thrustmaster T150.
Muito resumidamente, é um volante de gama média, incapaz de meter no bolso alguns dos nomes mais famosos do mercado. Contudo, é também um pacote muito completo, a um preço extremamente interessante.
Para quem é?
Na minha opinião, é o volante indicado para quem quer entrar agora neste mundo.
Afinal de contas, oferece uma performance, e um feeling de condução muito satisfatório, apesar do facto de estar muito longe de produtos mais profissionais. (É também um volante que traz consigo um módulo de pedais de grande qualidade, o que nem sempre é fácil neste mercado.)
Modularidade? Pode esquecer! O que tem à sua frente, é o que vai ter sempre, não há espaço para modificações profundas, para personalizar o seu ‘rig’ de condução.
Design
É fácil chegar à conclusão que a fabricante tentou pegar nas críticas feitas ao T150, e também ao T300RS, no desenvolvimento do novo T248.
Afinal de contas, nesta gama de preços, antigamente, as sugestões passavam sempre pela gama de volantes da Logitech, mas agora? Com o T248 no mercado? As coisas já não são bem assim.
Antes de mais nada, a qualidade de construção aumentou mesmo muito de nível. Até o volante tem agora um acabamento a passar o feeling de pele real.
Sim, é óbvio que ainda temos o uso de muito plástico rijo, mas também é óbvio que temos aqui uma atenção ao detalhe, que nem sempre existe neste mundo dos periféricos para consolas e PC.
Dito isto, é inegável que o design, no seu geral, é muito ‘gamer’. Isto não é necessariamente mau. Mas se por ventura quer uma experiência mais fiel à realidade, vai muito provavelmente torcer o olho à oferta da Thrustmaster, na forma do T248.
Contudo, com um design mais ‘gamer’, e uma escolha de materiais potencialmente menos ‘premium’. Temos também um volante muito leve, e por isso, confortável. Especialmente se quiser ficar agarrado ao volante durante várias horas.
Entretanto, para completar a parte do design, o T248 tem uma base com pés amovíveis, para o fixar onde bem o entender. Como é óbvio, se quer ter a melhor experiência possível, tente arranjar um wheel stand, ou uma mesa decente. Mas se não tiver nada disto, e tiver de se desenrascar, como eu me desenrasquei, vai conseguir fixar o volante até numa mesa de café. (Mas por favor, arranje algo anti-deslizante, para meter nos apoios de borracha do volante.)
Force Feedback
Este volante, é muito provavelmente a melhor maneira de ter acesso a esta tecnologia, sem se ver obrigado a vender um rim no mercado negro. É como disse em cima, uma alternativa muito interessante, para quem se quer meter neste mundo da simulação de condução, sem grande experiência, e claro, sem grande orçamento.
Dito isto, o ‘Force Feedback’ é um mimo no T248. Permite-nos sentir a estrada, e também a resistência que o próprio carros traz para cima da mesa. Consegue imaginar o carro começar a fugir, nas curvas mais traquinas? Pois bem, com este volante, vai sentir, e bem. No F1 2021, no PC, tive uma das experiências mais porreiras do mundo dos videojogos, ao sentir-me um autêntico Max Verstappen! (Depende da pista, recuso-me a fazer uma corrida inteira em Mónaco!)
O mesmo acontece em Gran Turismo 7, um jogo já por si muito bom a adaptar-se a cada pista, a cada carro, e também às condições atmosféricas em dado momento.
É também possível mexer um pouco com este feedback, através do menu e pequeno ecrã LCD do volante. Contudo, não é possível mudar a resistência máxima, apenas como a ‘curva’ funciona.
Conclusão
Existem muitas razões para gostar desta oferta da Thrustmaster. Afinal de contas, o preço não é descabido, temos muita qualidade na construção, e a performance deixou-nos quase sempre com um sorriso parvo no rosto. É também um produto capaz de trazer um set de pedais extremamente bem conseguidos.
Obviamente que não é um produto para os entusiastas, nem tem de o ser, o que não falta no mercado são produtos mais complexos, para gostos mais requintados.
Em suma, o T248 cumpre muito bem os objetivos a que se propõe, que é dar uma nova vida ao seu simulador de condução, sem gastar muito dinheiro, e sem puxar demasiado pelo seu kit de unhas. É um ponto de partida muito interessante, que o poderá levar para outros voos, se quiser investir mais um pouco.
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