(Análise) Resident Evil (Série): A premissa é quase sempre a mesma, e na verdade muito simples… Um filme, ou série, tendo como base uma saga popular do mundo dos videojogos, apenas tem de seguir a história do jogo, ou dos jogos. É realmente muito simples!
Acredito muito honestamente, que na grande maioria das vezes, estas adaptações podiam ser na verdade, uma cópia 1:1 dos jogos originais, com algumas surpresas à mistura! A malta ficava feliz e contente da vida!
Obviamente que nem sempre é possível passar tudo para o grande ecrã, existem sempre alguns compromissos, daí o nome ‘adaptação’. Mas… O que tem vindo a acontecer na grande maioria das adaptações, especialmente no mundo Resident Evil, tem sido apenas e só incrivelmente mau.
Afinal, pessoalmente, apesar de admitir que os filmes são maus, alguns deles terrivelmente maus, e infelizmente bastante distantes do conteúdo original dos primeiros jogos RE, até gosto da saga de D.B Weiss, sendo uma espécie de ‘Guilty Pleasure’ ver tudo numa espécie de maratona, enquanto imagino aquilo que realmente poderiam ter sido.
Mas… Sabendo que são maus… Com muitas críticas a apontar para o facto de a equipa ter fugido da história original, como é possível criar algo ainda pior na forma da recentemente lançada série Resident Evil, na Netflix?
(Análise) Resident Evil (Série): Consegue ser pior que os filmes
Portanto, como fã da saga que sou, fui obviamente ver a nova série! Uma óbvia má decisão! Especialmente porque o fiz depois de já ter visto algumas reviews e pontuações, em alguns sites internacionais especializados na coisa.
Bem, o medo era mais muito, mas o desejo de finalmente encontrar algo decente era maior. Por isso, fui à descoberta.
Dito tudo isto, lá fui eu à Netflix, e comecei a ver o projeto ‘live action’ da gigante do streaming de conteúdo multimédia pela Internet. Pois bem, como já deve ter percebido, o sofrimento foi mais que muito, com a conclusão a ser apenas uma -> Um desejo inabalável de nunca ter decidido carregar no botão Play!
Como é possível transformar Resident Evil numa espécie de ‘Teen Drama’!?
Misturar zombies com paixonetas de adolescentes, e arrufos entre irmãs que são resolvidos na cena seguinte é claramente parvo, mas é exatamente isto que acontece na série. Uma série que infelizmente é incapaz de criar relações que se sintam minimamente reais.
Mas talvez mais grave que isso, é a introdução de personagens interessantes, que nos dão uma réstia de esperança, mas que são rapidamente eliminados passados 1 ou 2 episódios.
Além de tudo isto, apesar de tudo o que já aconteceu no universo Resident Evil, que claro está, dá muito pano para mangas, a verdade é que a história desta série sabe a pouco, e como não poderia deixar de ser, é contada de uma forma extremamente confusa, ao mesmo tempo que tenta ser uma espécie de Westworld da Wish.
De forma muito resumida, fica a ideia que tudo acontece para a história andar para a frente, ou como os especialistas dizem, tudo acontece para satisfazer o ‘plot‘, muitas vezes sem qualquer lógica associada a cada decisão. Como é o exemplo de Simon ser hacker só porque sim, dos laboratórios não terem guardas só porque sim, isto apesar da existência de animais extremamente perigosos, e claro, tecnologia extremamente valiosa, etc…
As coisas têm de acontecer, porque sim, e acabou, não existe justificação para absolutamente nada.
Mas calma… Nem tudo é mau!
As duas jovens atrizes (Tamara Smart – Jade Wesker e Siena Agudong – Billie Wesler), apesar de terem tido de desempenhar um papel francamente mal desenhado, mostram algum potencial para ter sucesso no futuro.
Similarmente, sem querer entrar em questões raciais e de ‘blackwashing‘ (Albert Wesker é branco e loiro nos jogos) temos em Lance Reddick um Wesker bastante interessante, e muito diferente daquilo que já tivemos a oportunidade de ver nos jogos, filmes, e séries animadas.
Ainda assim, esquecendo o já referido em cima, e algumas outras surpresas, a verdade é que não existe grande ponta por onde se pegar nesta série Netflix. Aliás, é incrível ver que a própria série pensa ter pernas para andar! Isto, ao deixar algumas das personagens principais vivas, e claro, um novo vilão para atormentar a humanidade, numa eventual segunda temporada.
Conclusão
Façam como nos filmes dos zombies, e fujam.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Já viu? Vai ver? Vai fugir? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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