(Análise PS5) Ghostwire: Tokyo – O que acontece quando misturamos mitologia japonesa, ação na primeira pessoa, exploração e terror? Foi esta a pergunta que a Tango Gameworks procurou responder com Ghostwire: Tokyo, um título certamente estranho à primeira vista.
Felizmente nos últimos anos tem crescido o interesse do ocidente no que toca a jogos/séries/filmes orientais. Digo isto porque a cultura e mitologia oriental é extremamente interessante e cheia de potencial a ser explorado por estes meios de entretenimento.
Assim, o que antigamente se resumia em grande parte a turn based RPG traduzidos e importados para a Europa. É agora um mercado com imensos géneros de jogos diferentes e para todos os gostos.
Será então que esta tentativa de criar um jogo de terror/ação passado em Tokyo é mais uma história de sucesso? Vamos descobrir com esta análise.
(Análise PS5) Ghostwire: Tokyo: Estranho à primeira vista
História
A nossa história começa quando um espírito possui uma recente vitima de um acidente automóvel, o nosso protagonista. Este acorda e como se não bastasse o trauma do acidente, apercebe-se que está a dividir o seu corpo com um espírito chamado KK.
Depois de uma discussão entre os dois, apercebem-se que o distrito de Shibuya (em Tokyo) está a ser invadido por um nevoeiro misterioso que não só desintegra as pessoas apanhadas no seu caminho, como lhes deixa a alma vulnerável à captura por parte dos “visitantes”.
Estes “visitantes”, seres fantasmagóricos que se baseiam em criaturas de mitologia/histórias japonesas, estão por todo o lado e são altamente agressivos.
Entretanto, depois de sobrevivermos a este ataque inicial, descobrimos que a nossa irmã foi raptada pelo líder desta força inimiga, tornando o seu resgate na nossa principal missão.
Felizmente o espírito KK não habita no nosso corpo sem pagar “renda”! Esta vem na forma de poderes sobrenaturais que ficam ao nosso dispor. Poderes que claro está, vamos aproveitar para derrotar os nossos inimigos e salvar a nossa irmã.
Gameplay
Como mencionado anteriormente, o género desde jogo é muito resumidamente de ação na primeira pessoa com fortes elementos de exploração, com uma tema de terror à mistura.
Assim, nesta aventura, iremos estar a fazer, na maior parte, uma de duas coisas:
Combate: este é feito utilizando vários tipos de magia ao nosso dispor, desde ataques rápidos com menos potência a ataques mais lentos mas mais fortes, utilizando vários elementos diferentes como vento, fogo, etc… cada um com o seu foco (AoE com fogo por exemplo)
Curiosamente a nossa magia funciona mais como uma “arma de fogo” do que poderia estar à espera, visto que temos um número limitado de ataques (munições) que têm de ser repostos através de exploração ou matando inimigos.
Porém não pode ser só atacar, falando agora de opções de defesa, a que vamos utilizar mais é um escudo que podemos erguer para bloquear ataques (é unidirecional e limitado). A melhor opção aqui é esperar até ao ultimo segundo para erguer o escudo pois permite-nos ripostar, deixando o inimigo desorientado.
Depois de enfraquecido, temos duas formas de acabar de vez com um “visitante”, continuar a atacar até ele se desfazer (gerando menos recursos), ou destruir o seu core com uma habilidade especial quando este se encontrar devidamente danificado (gerando vida e mais recursos).
Exploração: esta é feita entre missões principais onde podemos explorar livremente Shibuya. Isto é, depois de purificarmos portões Tori que por sua vez dissipam o nevoeiro na área circundante (numa mecânica muito parecida com alguns jogos de mundo aberto da Ubisoft por exemplo).
Para além de cumprir missões secundárias, angariando experiência e meika (dinheiro), temos inúmeros espíritos que podemos resgatar antes de serem capturados pelos “visitantes”. Estes estão escondidos pelo mapa que é um verdadeiro gosto navegar devido ao detalhe e dedicação com que este foi construído.
À medida que vamos subindo de nível, para além de aumentar a nossa HP máxima e desbloquear habilidades novas, as nossas opções de deslocação também crescem. Podendo eventualmente subir do passeio ao topo de um prédio num mero instante.
Existem também lojas espalhadas pelo mapa que vendem itens que podemos utilizar para recuperar vida, melhoram a nossa capacidade de resgatar espíritos, etc… tudo por um custo de meika, claro.
É de salientar também que este jogo faz uma excelente utilização das funções especiais do Dual Sense, incorporando os gatilhos adaptativos que variam a sua resistência consoante a força do ataque. Assim como permitir a utilização do touchpad para criar selos de mãos especiais que nos permitem resolver certos puzzles.
Gráficos/Performance
Felizmente Ghostwire: Tokyo é mais um jogo para a PS5 que está muito bem otimizado. Afinal, temos as nossas duas opções principais, modo performance e modo gráfico, sendo que cada uma tem sub-opções mais especificas.
Recomendo no entanto jogar em modo performance! Isto porque sendo um jogo de ação rápida é preferível uma experiência mais fluida a 60FPS, mais ainda porque a diferença na qualidade não é significativa ao ponto de cortar o frame para metade no modo gráfico.
Algumas quedas de frames podem ocorrer em cutscenes que utilizem o motor de jogo. Assim como situações onde hajam demasiados efeitos de partículas a ocorrer em simultâneo (felizmente é muito raro)
Conclusão
Ghostwire: Tokyo foi uma agradável surpresa. Admito que estava um pouco cético devido ao material promocional que tive acesso antes de jogar. No entanto assim que tive essa experiência percebi que todas a peças acabam por se encaixar de uma forma bastante competente.
O combate é bastante satisfatório, a exploração é gratificante e a história consegue manter-nos interessados de início ao fim.
Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Interessado em Ghostwire: Tokyo? Partilhe connosco a sua opinião nos comentários em baixo.
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