(Análise) PocketBook InkPad Color: Verdade seja dita, um leitor realmente apaixonado pelo livro tradicional olha para estes “gadgets”, como é o caso do e-Reader, com alguma desconfiança. Afinal de contas, o livro é mítico, tem cheiro, tem classe, mas sobretudo tem história!
É fácil dizer que as bibliotecas são locais de culto para todos os leitores, sejam estes mais casuais, ou entusiastas. Por isso, olhar para um único aparelho, que é capaz de englobar uma gigantesca biblioteca, num único chip de memória… É estranho, mas ao mesmo tempo é também interessante.
De forma muito resumida, a chegada à popularidade do e-Reader vem iniciar trazer um novo paradigma para a vida dos leitores, mesmo dos mais apaixonados, que no passado disseram que nunca iriam trocar o papel por um simples ecrã.
Bem, é provável que estes leitores ainda não tenham posto a vista em cima dos eReaders mais recentes, e mais avançados, como é o caso deste PocketBook InkPad Color. Vamos por partes?
(Análise) PocketBook InkPad Color: Um e-Reader a cores!
Especificações Técnicas
- Ecrã: 7.8” e-ink a cores (Com retro iluminação adaptativa)
- Armazenamento: 16GB (expansível até 32GB)
- Processador: Dual Core a 1GHz
- SO: Linux (Personalizado)
- Formatos: ACSM, CBR, CBZ, CHM, DJVU, DOC, DOCX, EPUB, EPUB(DRM), FB2, FB2.ZIP, HTM, HTML, MOBI, PDF, PDF (DRM), PRC, RTF e TXT
- Formatos (Áudio): M4A, M4B, OGG, OGG.ZIP, MP3 e MP3.ZIP
- Conectividade: USB-C / Wi-Fi / Bluetooth 5.1
- Peso: 225g
Portanto, caso não saiba, um e-Reader é um aparelho muito parecido a um tablet. A diferença está no ecrã! Sempre baseado num ecrã E-Ink, em vez de num ecrã LCD ou OLED.
A ideia aqui é oferecer uma experiência mais próxima aquela que temos a ler um livro, isto ao mesmo tempo que se consegue alcançar uma excelente autonomia de bateria, visto que o ecrã E-Ink não funciona como um ecrã normal.
Ou seja, um ecrã E-Ink não tem uma taxa de atualização de frames de 60Hz, 90Hz ou 120Hz, como poderá encontrar no ecrã do seu smartphone. Em vez disso, a imagem só atualiza quando quer trocar de página, quer entrar num outro menu, etc…
Sendo exatamente por isso que o ecrã nem precisa de ficar “vazio” para estar desligado. Se está parado, não está a gastar bateria, mesmo que esse parado seja estar numa página de um livro.
Dito isto, normalmente, um ecrã E-Ink não tem cor. Ou seja, é aqui que este PocketBook InkPad Color é especial.
Normalmente, um e-Reader conta com um ecrã simples, monocromático, com uma backlight para ajudar o utilizador a ler em qualquer ambiente.
Entretanto, no caso do PocketBook Color as coisas já não são bem assim, tudo graças à utilização de um painel E-Ink Kaleido Color e-Paper, o que por sua vez significa o suporte a 4096 cores, agora com um novo filtro capaz de melhorar ainda mais a reprodução de cor face à geração anterior desta tecnologia.
É algo incrível, porque abre a porta à leitura de Banda Desenhada, Revistas, Manga, etc… O e-Reader ficou agora mais completo.
Entretanto, já que estamos a falar de especificações técnicas, temos ainda de salientar o processador dual-core a 1GHz, 1GB de memória RAM e ainda os 16GB de armazenamento interno. Parece pouco? Bem, para um e-Reader chega e sobra!
Além de tudo isto, temos ainda o suporte a cartões microSD para expandir ainda mais o armazenamento disponível, até um máximo de 32GB.
Como é óbvio, temos ainda conectividade Wi-Fi (é possível navegar na internet), e Bluetooth 5.1 para que possa ouvir audiobooks. A bateria é de 2900mAh, o que também parece pouco, mas neste caso, dura quase 1 mês a ler todos os dias. Simplesmente incrível.
Design
O InkPad Color não é muito diferente face aos outros modelos da PocketBook, sendo uma “espécie” de tablet, super leve, e super fino, com alguns botões na moldura para facilitar a troca de página a interação com o Sistema Operativo.
É um design criticado por alguns especialistas, mas que muito honestamente, acho que fica a matar para a máquina que é.
Software e Suporte
Já que falámos do Sistema Operativo, podemos dizer que o PocketBook InkPad Color tem como base o SO Linux, o que por acaso é uma vantagem face a alguns rivais que preferem entrar no ecossistema Android, como é o caso da Kobo. (A autonomia é superior, porque o Linux é mais eficiente no uso dos recursos computacionais).
Dito isto, o uso do Linux faz com que a interface seja um pouco diferente face à grande maioria dos e-Readers agora no mercado. No entanto, na minha utilização, acho a interface extremamente simples e fluída. Está tudo bem arrumado, e ao alcance do utilizador.
Quanto ao suporte de ficheiros, temos os formatos M4A, M4B, OGG, OGG.ZIP, MP3 MP3.ZIP, ACSM, CBR, CBZ, CHM, DJVU, DOC, DOCX, EPUB, EPUB(DRM), FB2, FB2.ZIP, HTM, HTML, MOBI, PDF, PDF (DRM), PRC, RTF e TXT. Nada ficou de fora!
Conclusão
Um e-Reader trás consigo aquilo que é a possiblidade de ter uma biblioteca digital capaz de quebrar a barreira do volume, nas suas mãos. É possível concentrar dezenas, centenas, ou milhares de obras, de todos os tipos, num único aparelho.
Dito isto, olhando mais concretamente para esta versão daquilo que é um e-Reader, temos um aparelho com mais funcionalidades, um ecrã maior (7.8”), e mais capacidades no campo do brilho e capacidades do ecrã. Ainda assim, ao nível do peso e ergonomia, quase tudo ficou igual… e ainda bem!
O Inkpad Color é um dos melhores e-Readers que o dinheiro pode comprar, ao conseguir conjugar, num único produto, tudo aquilo que faz um e-Reader ser um máquina de leitura, a outras funcionalidades complementares também elas muito interessantes. O seu preço anda à volta dos 200 e 300€, consoante a loja, e campanha em curso.
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