(Análise) PocketBook Era: Num mundo em que tudo é smart, ou pelo menos muitos produtos tentam, é inegável que os eBook Readers (eReaders) estão a ganhar um outro nível de popularidade, e caso não saiba, também mais algumas funcionalidades além da simples leitura de livros digitais.
Assim, de forma a tentar aproveitar o aumento da popularidades deste tipo de produto, eis que temos a PocketBook a lançar o seu novo Era! Um eReader bonito, robusto, e na verdade, com a melhor qualidade de construção que vi até agora neste mercado, a tentar oferecer compatibilidade com tudo e mais alguma coisa. Vamos ver o que vale?
(Análise) PocketBook Era: Ler um com outra qualidade
Especificações Técnicas e Funcionalidades
- Sistema Operativo: Linux 3.10.65
- Ecrã: 7″ E-Ink Carta 1200, 1264 x 1680 (300 ppi)
- Processador: 1 GHz (dual core)
- Memória: 64 GB
- Conectividade: USB-C
- Conectividade sem fios: Wi-Fi, Bluetooth
- Dimensões e Peso: 134 x 155 x 7.8 mm / 228g
- Bateria: 1700 mAh (30 dias de Autonomia)
- Certificação: IPX8
- Formatos compatíveis: PDF, EPUB, DjVu, FB2, FB2.zip, MOBI, DOCX, RTF, TXT, CHM, HTML , CBZ, CBR, CBT.
Portanto, como já dissemos noutras análises a eReaders, um real fã do mundo dos livros, não vai, nunca, abandonar essa realidade para adotar um eReader. Mas, pode tentar tentar dar um pequeno salto, e ficar ali num meio termo, em que vai continuar a comprar aquilo que realmente gosta, ao mesmo tempo que usa um eReader, ou um tablet, pela praticabilidade da coisa.
Esta é a realidade, e é a luta que as muitas fabricantes dentro deste espaço têm que enfrentar. Ou seja, convencer os leitores a deixar os livros, de papel rugoso, e capa rija, de lado, e claro, também convencer estes mesmos leitores, a optar pelo eReader, em vez do potencialmente mais prático, e já existente, Tablet.
Dito isto, para tentar ter uma opinião mais real, e menos tecnológica da coisa, depois de mexer um pouco neste novo eReader, pedi a uma amiga minha, leitora assídua em smartphone e tablet, para dar uma vista de olhos no aparelho, e no fim de tudo, dar-me uma opinião sincera do produto, do ecossistema, e tudo mais.
Vamos tentar perceber o veredito?
Antes de mais nada, sempre fui uma pessoa de livros em papel, e no fundo, não tenho dúvidas que irei ser sempre essa pessoa. Afinal, demorei bastante tempo até ter vontade de experimentar os e-books, e como não sabia qual seria a minha adaptação no meio deste estranho mundo tech, optei por não comprar um eReader no imediato, e acabei por instalar uma aplicação no telemóvel e no tablet (iPad).
Primeiramente, estranhei o tipo de leitura, mas rapidamente tornou-se algo totalmente natural, volto a frisar, nunca deixando os livros de papel de lado. Pois bem, assim me mantive durante algum tempo, a ler no telemóvel e no iPad.
Até que um dia me perguntaram se gostava de experimentar um eReader… Bem… Porque não?
Comecei esta aventura com o PocketBook Era, um aparelho que tem como objetivo primário descomplicar, mas que inicialmente complicou um pouco.
É que no início, antes de perceber como as coisas funcionavam, conseguir colocar um eBook no aparelho é de longe bem pior que ir a uma livraria, tirar um livro da estante e levar para casa. Ou então, fazer download de um qualquer livro da loja das aplicações de e-books, e ler diretamente a partir de uma qualquer app. Mas, na verdade, isto não se deve ao aparelho em si, mas à forma como este mercado funciona, em que todo e qualquer eBook comprado de forma legítima, vem acompanhado de DRM (proteções contra cópia). Quando o sistema de transferência está montado, a coisa fica mais simples, sendo fácil, e rápido, comprar um eBook, e passá-lo diretamente do telemóvel para o eReader, ou do computador para este mesmo eReader.
Tirando isto do caminho… O que achei do eReader?
Pois bem, uma das primeiras coisas que me chamou a atenção quando tirei o Era da caixa, foi o seu tamanho e peso.
Afinal, para quem está habituado a ler maioritariamente num tablet, como eu, o eReader é claramente mais confortável! Ao ser menos pesado e mais pequeno. Mas não pequeno demais. Podemos quase compará-lo a um livro de bolso, porém, mais leve.
Este facto é notório também na própria leitura, uma vez que por ser tão leve e pequeno, adapta-se na perfeição à nossa mão. Isto, sem que os dedos fiquem dormentes, como muitas vezes me aconteceu com o iPad ou com o meu telemóvel.
Dito isto, em termos de conforto, o Era tem do lado direito um conjunto de botões, entre eles os mais importantes para quem quer ler, ou seja, o de avanço e o de recuo de página. Algo que (infelizmente) não existe num tablet, ou num smartphone, e que para mim foi uma enorme vantagem, ao facilitar o processo, mas mais importante que isso, é que além de intuitivo, também não “atrapalha”.
Curiosamente, além de tudo isto, temos várias opções de configuração ao nosso dispor, como é o tipo de letra, como já estamos habituados nas aplicações, assim como o controlo sobre o brilho e a cor da luz. Tudo ótimo para facilitar a leitura em qualquer que seja o ambiente, incluindo naquele tradicional ambiente em que já estamos deitados, e apenas temos a luz do candeeiro para nos ajudar.
Falando em luz, não há reflexos no ecrã!
O que nos permite ler na praia com sol, sem deixar de ver o ecrã. Ou dentro de transportes públicos muito iluminados, sem que as luzes interfiram, no fundo em qualquer ambiente.
A performance em leitura também é bastante decente, não existindo grandes soluços ou tempos de espera. A navegação na interface tem os seus momentos, mas verdade seja dita, ainda não existem eReaders pensados para serem máquinas computacionais perfeitas.
Por fim, no campo do design, para quem isso pode ser importante, o Era tem um design minimalista, mas elegante. Discreto, mas chique.
Todavia, nem tudo é perfeito. Onde anda o Dark Mode?
No iPad e smartphone, habituei-me a ler com páginas pretas e letras brancas, ou seja, a utilizar o nosso velho conhecido Dark Mode, sendo esta, para mim, a forma mais confortável de ler. Apesar de entender que este tipo de ecrã não cansa a vista como um outro ecrã OLED ou IPS LCD, a verdade é que esta opção existe noutros eReaders, sendo algo que a PocketBook deveria de implementar numa próxima atualização.
Conclusão
Em suma, para pessoas que possam ser reticentes a estes aparelhos, e que tal como eu continuam a comprar o livro em papel, o meu conselho é, comprem um eReader!
É um aparelho superior a tablets ou telemóveis, nunca melhor que o livro, mas bastante mais prático para transportar, para ler sem ter de acender luzes, para estar connosco todo o dia, o que pode ser bastante útil caso tenhamos de esperar na fila das finanças durante 3 fatídicas horas.
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