(Análise) Pikmin 4 – Nintendo Switch

Pikmin! Uma saga de jogos que teve o seu início na fatídica Gamecube, uma consola cheia de potencial, mas que infelizmente acabou por ser eclipsada pela Playstation 2 da Sony, a gigante dessa geração.

Dito isto, o primeiro Pikmin, que foi lançado em 2001, teve uma receção muito calorosa por parte da comunidade do gaming, conseguindo juntar um art style muito apelativo com uma jogabilidade pouco comum. Pouco comum porque em vez de ser a personagem principal a interagir com o ambiente, tínhamos de usar Pikmins para realizar tarefas e para interagir com o mundo.

Esta franchise teve sucesso suficiente para, entre jogos principais e spinoffs, merecer já seis títulos nesta série, sendo Pikmin 4 e as remasterizações do 1º/2º os mais recentes.

Será então que Pikmin 4 vai conseguir cativar estas audiências mais jovens, vinte e dois anos depois do seu primeiro lançamento e dez anos desde o último titulo numerado?
Vamos descobrir com esta análise.

História

Como seria de esperar, a aventura começa com o nosso querido (e não tão bom piloto) capitão Olimar a despenhar-se novamente no planeta PNF-404, conseguindo desta vez emitir um pedido de socorro enquanto procura peças para reparar a sua nave, a S.S. Dolphin.

Tudo corre como esperado até a nave do Rescue Corp acabar por se despenhar também na superfície do planeta durante a missão para salvar o capitão Olimar (a escola de voo no planeta do Olimar é capaz de não ser muito boa).
É aqui que temos um “plot twist”, em vez de jogarmos como o capitão Olimar, jogamos como um rookie (temos de criar a nossa própria personagem), com o objetivo de salvar não só o capitão mas o resto da tripulação da nave de resgate.

Gameplay

O gameplay em Pikmin 4 não diverge muito daquilo que este franchise já estabeleceu até aqui. Continuamos a utilizar os diversos tipos de Pikmin (com a adição de dois novos) para resolver puzzles e realizar tarefas no mundo.
A alteração que salta mais á vista é sem dúvida o extremamente fofo e fiel Oatchi, um cão espacial que pode ajudar em tarefas (como os Pikmin) ou ser controlado como “líder” para dividir trabalho. É também possível evoluir este nosso companheiro canino ao longo da aventura, fazendo com que o Oatchi consiga, por exemplo, escavar para encontrar objetos, transportar mais Pikmins, etc…

pikmin

Também é certo que com cada lançamento novo, novas espécies de Pikmin são encontradas no planeta PNF-404. Ao nosso dispor durante esta aventura temos os seguintes tipo de Pikmin:

  • Vermelho: resistente ao fogo e com mais poder de ataque
  • Amarelo: resistentes à eletricidade e conseguem ser lançados mais longe
  • Azul: resistentes à agua
  • Roxo: são dez vezes mais pesados e levantam dez vezes mais carga que um Pikmin normal
  • Branco: são imunes a veneno, conseguem encontrar objetos enterrados e são mais rápidos
  • Pedra: são imunes a ataques stab e a ataques crush (apenas quando estão em chão macio), têm uma forma diferente de atacar que consegue destruir a armadura de inimigos, quebrar algumas paredes, etc…
  • Alado: conseguem voar e transportar outros pikmin ou objetos através do ar
  • Gelo: conseguem congelar corpos de água e inimigos
  • Brilhante: brilham do escuro e flutuam (são utilizados nas novas expedições noturnas)

Como mencionei quando falei nestes últimos Pikmin Brilhantes, é possível pela primeira vez realizar expedições noturnas. Estas consistem em gameplay ao estilo de tower defense em que o objetivo é proteger Lumiknolls (fontes orgânicas de glow sap), dos ataques das criaturas noturnas.

Agora uma pergunta importante… O que raio é glow sap?

Pois bem, ao longo da nossa aventura vamos encontrando uns estranhos seres chamados Leaflings, que se parecem connosco mas que têm o corpo coberto de folhas. Seres esses que, para desvendar o seu mistério, necessitam de ser curados utilizando o glow sap que adquirimos dos Lumiknolls.

Entretanto, de noite (nada agradáveis no planeta PNF-404). Não temos acesso aos nossos Pikmins normais e podemos esperar inimigos mais fortes e enraivecidos.

Gráficos e Performance

Graficamente, Pikmin 4 é simplesmente lindo.

pikmin

Assim, acredito que os developers conseguiram capturar na perfeição a sensação de ser uma personagem com 1,9cm. Isto numa terra já há muito abandonada e em que tudo é “gigante” comparativamente aos Pikmin.

Numa atualidade em que grande parte dos jogos acaba por ser muito semelhantes visualmente uns aos outros. É refrescante jogar algo estilizado, mas mais importante que isso, com “charme” Nintendo.

Porém, entramos agora na parte menos boa desta review e deste jogo que até então se mostrou espetacular, a performance.

Pikmin 4 está trancado a 30FPS, que só por si não é o fim do mundo. (Até porque estamos a falar numa consola com 7 anos e há certas limitações que podemos ter de aceitar). O problema surge na estabilidade destes 30FPS… Não existe.

Com isto quero dizer que existem quedas bastante acentuadas nos frames cada vez que há muito movimento e “ação” a acontecer em simultâneo.

Entretanto, no que toca aos load times, estes são consideravelmente longos. Talvez seja um produto do hardware em questão, o que vem a ser um problema cada vez maior com o passar dos anos. Especialmente quando os gamers hoje em dia já estão habituados a ter tudo a correr em SSDs.

Conclusão

Em suma, posso concluir a dizer que Pikmin 4 é uma ótima evolução deste franchise! Conseguindo manter o espírito do Pikmin intacto e inovando nos sítios certos.

Afinal, a inclusão das expedições noturnas consegue trazer um novo tipo de gameplay para variar um pouco a experiência. Entretanto, juntando a isto o nosso novo cão espacial Oatchi e a introdução de novos tipos de Pikmin, temos imensa variedade no que toca aos puzzles e aos segredos que podemos descobrir no planeta PNF-404.

Recomendo sem dúvida alguma a fãs já estabelecidos. Assim como para pessoas que nunca jogaram Pikmin, mas que gostam de jogos de aventura/puzzle com aquele toque especial que só a Nintendo consegue dar.

Ademais, o que pensa sobre tudo isto? Jogo interessante? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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