O Oppo Find N é um smartphone que me apareceu aqui à porta, quase como uma surpresa. Ao fim ao cabo, o primeiro dobrável da gigante Chinesa Oppo, ainda não foi lançado no mercado global, com esta análise a servir quase como um ‘cheirinho’ daquilo que a fabricante vai ser capaz de meter no mercado, num futuro muito próximo.
Isto é uma limitação para esta review? Sim… Exatamente por isso! A versão que nos veio calhar às mãos, é baseada no sistema operativo que a Oppo usa no mercado Asiático, nomeadamente por terras chinesas.
Assim, fazer um uso normal deste menino, foi um tanto ou pouco complicado. Ainda assim, foi perfeitamente possível perceber que, se a Oppo quiser, a Samsung vai ter muitas dores de cabeça, num mercado, que muito provavelmente pensa estar na palma das suas mãos.
Mas vamos por partes.
(Análise) Oppo Find N: Um design dobrável perfeito!?
Especificações Técnicas:
- Processador: Snapdragon 888
- RAM: 8GB ou 12GB
- Armazenamento: 256GB ou 512GB
- Ecrã Principal: 7.1” AMOLED, 120Hz, 1920 x 1792
- Ecrã Secundário: 5.9” AMOLED, 60Hz, 1972 x 988
- Câmeras: 50MP + 16MP + 13MP // Câmera Frontal: 32MP
- Bateria: 4500 mAh (Carregamento: 33W via cabo e 15W sem fios)
- Dimensões: Desdobrado: 132.6 x 140.2 x 8.0 mm
Dobrado: 132.6 x 73 x 15.9 mm - Peso: 274g
Experiência de utilização
Em vez de falar de cada campo em detalhe, como o Design, a Performance, as câmeras, etc… Quero focar-me naquilo que realmente interessa neste aparelho, que se algum dia chegar às nossas prateleiras, irá aparecer de uma forma muito provavelmente diferente, sendo baseado em hardware mais moderno.
Ou seja, quero falar sobre a experiência de utilização! Ao fim ao cabo, já tive a oportunidade de experimentar todos os dobráveis da Samsung, como tal, sei muito bem que pontos fortes a gigante Sul Coreana tem para apresentar, e claro, que pontos negativos precisa de corrigir. Vamos a isso?
Portanto, à primeira vista, temos aqui um design muito similar ao que a Samsung utiliza na sua gama Z Fold. Ao fim ao cabo, é um aparelho que se dobra como um livro, com dois ecrãs, um de grandes dimensões dobrável, e um outro ecrã, um pouco mais pequeno, para utilizar o aparelho apenas com uma mão.
Pois… É logo aqui que começam as diferenças!
O ecrã secundário (o mais pequeno), tem um formato muito mais amigo das nossas mãos, permitindo uma utilização muito próxima daquilo que dizemos ser o normal, com um smartphone mais tradicional, ao ser menos alto, e mais largo.
Isto vem resolver um dos grandes problemas de todos os Galaxy Z Folds lançados até aqui. Apesar de ser possível utilizá-los apenas com uma mão. É muito mais fácil utilizá-los abertos. Ou seja, o ecrã secundário não está lá para possibilitar uma utilização normal, está lá para o desenrascar. No Oppo Find N, isto já não é bem assim.
Ao mesmo tempo, também existe uma distribuição do peso mais bem pensada, que imagine, se quiser abrir o aparelho, pode fazê-lo apenas com uma mão.
Entretanto, talvez ainda mais importante que tudo isto, a dobra… Não existe!
Ou melhor, o famoso vinco deixado pela dobra, é no Oppo Find N, quase invisível. Desta forma, um dos maiores defeitos, apontados pela grande maioria dos utilizadores, neste aparelho, é virtualmente inexistente.
60Hz e depois 120Hz!? Porquê!?
Contudo, como nem tudo pode ser bom, enquanto o ecrã de grandes dimensões apresenta uma taxa de atualização de frames bastante agradável de 120Hz, o ecrã secundário fica apenas pelos 60Hz.
Ou seja, se for como eu, e hoje em dia é incapaz de olhar para um ecrã de 60Hz, sem começar a ficar mal disposto, ou a sentir-se novamente nos anos 90, vai passar a vida a utilizar o ecrã dobrável, mesmo que não preciso, graças à sua maior qualidade de imagem.
Conclusão
Para mim, o único grande defeito do Oppo N, além do ecrã secundário de 60 Hz, está mesmo no facto de não estar nas nossas prateleiras, à espera de ir para as nossas casas. É um smartphone que bem pisar os calcanhares à Samsung, com muita performance, e um design realmente muito interessante.
Pode vir a ser um aparelho capaz de mudar o paradigma dos dobráveis!
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