(Análise) KFA2 RTX 2060 Super Gamer: Boa… Mas quentinha!

Não é muito comum ver produtos da KFA2 ‘in the wild’ nas lojas Portuguesas, mas ao que tudo indica, a marca vai mesmo apostar forte e feio no mercado Nacional! Isto depois de ter tido um sucesso brutal no Brasil onde usa o nome ‘GALAX’.

Dito isto, a fabricante tem duas placas RTX 2060 Super muito interessantes, a versão EX que já tivemos a oportunidade de analisar, bem como a versão Gamer que promete oferecer uma boa performance a um preço um pouco mais baixo. Muito resumidamente, são dois componentes que na verdade nos impressionaram no departamento da performance/preço. Afinal de contas, estamos a falar de duas placas que podem muito bem ser uma das soluções mais interessantes caso queira jogar com muita qualidade, e claro, quer ligar o tão famoso RTX sem grandes perdas de performance (graças ao DLSS 2.0).

Ao fim ao cabo, estas duas RTX 2060 Super usam o mesmo GPU da ‘velhinha’ RTX 2070, mas calma, que existem algumas diferenças. Vamos por partes.



(Análise) KFA2 RTX 2060 Super Gamer: O RGB chegou em força às placas gráficas!

rtx 2060 super

Com esta RTX 2060 Super Gamer, a KFA2 parece ter a grande missão de demonstrar aos jogadores que o RTX pode ser amigo da carteira. Ao fim ao cabo, estamos a falar de uma placa que aposta tudo no mercado ‘budget’, trazendo para cima da mesa uma performance Ray Tracing bastante interessante, ao mesmo tempo que podemos ainda contar com o brutal DLSS 2.0.

Em suma, se o seu objetivo é jogar em Full HD (1080p), QHD (2K), ou qualquer resolução Wide no meio destas, tem aqui uma placa capaz de lhe indicar o caminho no mundo dos videojogos. No entanto, não pense que vai conseguir muito OC neste modelo, que existem algumas limitações presentes com o preço mais baixo, especialmente em comparação ao modelo EX da mesma fabricante.

RTX 2060 Super! Qual é a diferença entre a RTX 2060 ‘normal’ e esta nova ‘Super’ da KFA2?

Todas as RTX Super usam um GPU muito similar à versão imediatamente acima ‘non-Super’. Ou seja, a RTX 2060 Super usa o GPU da RTX 2070, enquanto a RTX 2070 Super usa o GPU da RTX 2080, mas claro está, similar... Não é igual!

Dito isto, o GPU TU106-410 da RTX 2060 Super conta com 2176 núcleos CUDA, 272 núcleos Tensor, 34 núcleos RT, 136 TMUs e 64 ROPs. Em comparação, o GPU TU106-400 da RTX 2070 conta com 2304 núcleos CUDA, 288 núcleos Tensor, 36 núcleos RT e 144 TMUs. É uma diferença que não é tão significativa como na comparação RTX 2070 Super vs RTX 2080, mas que ainda assim irá ter algum impacto na performance.

O que é importante reter no meio disto tudo, é que esta ‘Super’ é capaz de oferecer 7 TFLOPs de potência computacional e 6 Giga-Rays de performance ray-tracing.

Mas será que uma RTX 2060 Super é o suficiente para jogar os poucos (mas bons) jogos com RTX disponível?

Caso não se lembre, a gama de placas RTX 2000 (NVIDIA Turing) prometeu muito neste campo, mas rapidamente começou a desiludir quando Battlefield V e Shadow of the Tomb Raider chegaram às prateleiras… Ao fim ao cabo, o custo de performance para ativar a funcionalidade era (e continuar a ser) demasiado pesado, especialmente se não tivesse comprado uma das placas gráficas mais potentes da geração, ou como quem diz, a RTX 2080 ou RTX 2080 Ti.

Ainda assim, a aposta da NVIDIA nesta tecnologia continuou, com mais e mais jogos a tirarem partido das reflexões e refrações de luz realistas renderizadas em tempo real. E claro está, no seguimento dessa estratégia, eventualmente tivemos o lançamento das RTX 2000 Super! Uma clara resposta às RX 5700 e 5600 da AMD Radeon!

Uma gama de placas que não revolucionou, mas que inegavelmente trouxe alguns ganhos de performance ao mundo dos PCs, especialmente quando olhamos para o meio da gama de produtos, nomeadamente quando olhamos para a RTX 2060 Super e RTX 2070 Super, que sem grandes dúvidas já trazem algumas capacidades interessantes para a nova geração de jogos.

RTX On vs RTX Off (Alguns exemplos da tecnologia em jogo)

  • Shadow of the Tomb Raider
  • Control
  • Metro Exodus

DLSS: Não é só o RTX que faz a diferença nas ‘Super’

As placas gráficas NVIDIA baseadas na arquitetura Turing trouxeram muita nova tecnologia para cima da mesa. Onde claro está, temos de salientar o Ray-Tracing. No entanto, também temos outra funcionalidade super interessante, a tecnologia DLSS ou Deep Learning Super Sampling, que é igualmente poderosa, mas bem mais difícil de explicar.

Afinal de contas, a tecnologia DLSS serve apenas e só para aumentar a fidelidade gráfica, ao mesmo tempo que aumenta a performance da sua placa… Ou seja, potencialmente é ainda mais importante que o Ray Tracing.

DLSS 2.0? Afinal… O que é?

A tecnologia Deep Learning Super Sampling, ou DLSS, usa inteligência artificial e aprendizagem máquina para produzir uma imagem de alta resolução. Isto sem arruinar o poder de processamento do GPU. Sabe como?

Muito resumidamente, os algoritmos da NVIDIA aprendem através de dezenas de milhares de imagens geradas por super-computadores, para posteriormente o DLSS ser capaz de oferecer imagens tão ou mais bonitas, sem ter que meter a placa gráfica a trabalhar arduamente. Ao mesmo tempo que isto acontece, as drivers da NVIDIA baixam a resolução do jogo no ecrã, para posteriormente fazer upscale com as imagens geradas pelo IA. Para ter noção da coisa, a NVIDIA promete um upscale até 4x com o DLSS 2.0… Ou seja, se puser o jogo a renderizar tudo a FHD, o DLSS vai tratar de tudo para o output chegar aos 4K, sendo 3 em cada 4 píxeis irão ser gerados através de uma rede neural! Um pouco assustador não é? É uma tecnologia super interessante e cheia de potencial.

Aliás, é quase como se o trabalho já estivesse feito, e o DLSS apenas tivesse de o meter a render em jogo.

Exemplo: Control em 4K Extreme com o RTX On, é capaz de chegar aos 57 FPS com o DLSS ligado, enquanto na imagem no lado direito, com o DLSS desligado, o framerate ficas pelos 36. Estamos a falar de uma quase duplicação dos frames, com uma simples funcionalidades inerente a qualquer RTX 2000, incluindo esta RTX 2070 Super da KFA2.

Design

É uma placa mais ‘slim’, desenhada para ocupar menos espaço na sua máquina ao mesmo tempo que continua a oferecer uma performance digna do nome ‘Super’. No entanto, a filosofia de design deste modelo traz algumas desvantagens. É que apesar de ter uma ventoinha extra em relação ao modelo ‘EX’, a temperatura sofre com esta escolha. Nos nossos testes, a placa esteve sempre à beira do limite definido por nós no MSI Afterburner, ou seja, sempre perto dos 86/87 ºC, o que não irá afetar a performance no imediato, mas poderá certamente influenciar a longevidade do produto.

Além disto, em comparação à RTX 2060 Super EX, esta ‘Gamer’ apenas conta com uma entrada extra de 8 pinos, enquanto a sua irmã mais cara conta com entradas 8+6.

Performance

As duas placas da KFA2 impressionaram no desempenho/preço, no entanto, é inegável que esta ‘Gamer’ fica uns furos abaixo da sua irmã, algo imediatamente notório quando a retiramos da caixa e vemos apenas 8 pinos de alimentação extra. Mas vamos aos benchmarks.

Shadow of the Tomb Raider (OC e Sem OC)

OC:

Sem OC:

Unigine Benchmark

Call of Duty Modern Warfare

Assassin’s Creed Odyssey

3DMark Time Spy

Sem OC:

Com OC:

Conclusão

Em suma, a KFA2 RTX 2060 Super Gamer é uma placa muito interessante para o preço, sem grandes pontos negativos de relevo a assinalar. À exceção da temperatura e capacidade mais fraca de OC, devido ao facto da placa apenas contar com uma alimentação extra de 8 pinos.

A performance é boa, o aspeto é interessante ao trazer ventoinhas RGB para cima da mesa. Sendo uma excelente alternativa em relação às solução mais caras, que na verdade, oferecem uma performance muito similar em jogo.

Recomendado!


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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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