(Análise) iPhone 15 Pro Max: O iPhone é sempre um sucesso de vendas global, isso não é novidade para ninguém. Porém, isso não significa que seja um aparelho revolucionário ano após ano.
Uma questão especialmente importante neste final de 2023, visto que muito foi dito e escrito acerca dos modelos Pro e Pro Max do iPhone 15, mais concretamente na parte da sua qualidade de construção, performance inconsistente, e sobreaquecimento. Além disto, muito fui dito acerca das poucas melhorias/diferenças entre gerações. Mas… A Apple sempre foi assim! Não me parece que isso seja motivo de discussão. Aliás, há muito que a Apple deixou de estar sozinha neste campo.
Afinal, já olhou para as diferenças entre a gama Galaxy S22 e Galaxy S23. Ou Pixel 8 e Pixel 7? A altura de revoluções tecnológicas, e designs completamente diferentes ano após ano acabou! Por isso, é boa ideia começar a habituar-se à forma como o mercado funciona nos dias que correm.
Pois bem, dito tudo isto, temos um iPhone 15 Pro Max a ser usado como aparelho principal há qualquer coisa como 2 semanas, e como tal, podemos dar o nosso veredito. Vamos a isso?
(Análise) iPhone 15 Pro Max: Incrível ou um Bicho-Papão!?
Portanto, antes de mais nada, temos de evidenciar as coisinhas onde o iPhone 15 Pro Max se destaca face à concorrência. Estamos portanto a falar do uso de um SoC de 3nm, bem como do uso de um acabamento em titânio em vez de alumínio. É uma vantagem muito boa face aos restantes aparelhos do mercado? Não, não é. Nem se nota.
Os recentemente lançados iPhone 15 Pro e Pro Max são aparelhos bem construídos, e poderosos. Mas, não acho o meu iPhone 15 Pro Max mais poderoso, mais rápido, ou mais fluído que o meu S23 Ultra, ou o meu Pixel 8 Pro. É… Equivalente!
Acredito que, hoje em dia, mais do que nunca, escolher um Android ou um iPhone é uma questão de preferência, e não uma questão de vantagens/desvantagens. Ambos os ecosssistemas convergeram, e são realmente muito similares em quase todos os aspetos que realmente importam.
Sim, existem diferenças, mas há muito que deixaram de ser uma escolha de vida ou de morte.
Acredito que o iPhone é apenas obrigatório para quem já esteja inserido no ecossistema Apple. Ou seja, para quem tem um iPad, AirPods, um Apple Watch, ou um MacBook em casa.
Óbvio que a experiência de utilização do Sistema Operativo iOS é diferente face ao Android limpo do Pixel 8, ou o Android personalizado OneUI da Samsung. Mas, no fundo, em termos de performance e uso no dia-a-dia, vai dar tudo ao mesmo.
A grande diferença, para mim, está no facto de as apps continuarem a ser desenvolvidas primeiramente para o iPhone, e apenas depois para tudo o resto. O Instagram, o TikTok, o WhatsApp, tudo parece mais natural, mais fluído no iOS. Especialmente se quiser tirar uma foto, ou gravar um vídeo, a coisa sai bem logo no imediatod, enquanto num Android a história não é bem a mesma. (É sempre preferível tirar fotografias ou gravar vídeos a partir da App Nativa de câmara do Android em questão, e depois importar para a App de rede social de eleição.)
Mas, nem isso é uma grande novidade. Sempre foi mais fácil e simples utilizar um iPhone, comparativamente a um Android.
Aquece? Parte? É lento? É feio? Tem defeitos?
Não, assim que tirei o iPhone da caixa atualizei para o iOS 17.1, que já apresentava várias melhorias, mas também alguns bugs chatos dentro de algumas apps. Entretanto já estou na ‘beta’ do iOS 17.2, onde posso dizer que tudo está normal, rápido e fluído.
Não noto mais aquecimento do que em um outro qualquer smartphone. Também já tentei apertar a parte de trás para perceber se a coisa partia, e nada. O titânio é giro, mas não torna o aparelho nada de especial, e não, não muda de cor como alguns rumores diziam. Na minha mais honesta opinião, é um smartphone topo de gama como qualquer outro.
O que faz todo o sentido, visto que o preço é exatamente o mesmo face aquilo que a Samsung, Xiaomi, etc… Oferecem no mercado de smartphones. Feliz ou infelizmente, os tempos em que a frase de “iPhone é magia” convencia, já passou há alguns anos.
Câmaras
Sair de um Pixel 8 Pro para um iPhone 15 Pro Max foi uma experiência muito interessante no campo da fotografia. Afinal, o Pixel 8 Pro foi o melhor smartphone que alguma vez tive na minha mão neste campo, opinião que se mantém após o uso deste iPhone nas últimas duas semanas.
Mas, apesar de achar que o Pixel 8 Pro permite fazer mais algumas brincadeiras com a captura de imagem, o iPhone 15 Pro Max também não é nada mau. É um outro aparelho que o ensinar a tirar fotografias, por mais nabo que seja. Basta apontar, carregar no botão, e 99% do tempo tem uma fotografia incrível. Não tão incrível comparativamente aquilo que o Pixel oferece, mas ainda assim, espetacular.
Ora veja:
As fotografias são sempre muito boas, e até temos um bom nível de personalização a partir do editor do próprio aparelho. Ainda assim, acho que o Pixel 8 Pro leva a taça em 2023. (Vamos fazer um comparativo entre os 2!)
Conclusão
Em suma, estou muito agradado com a experiência que o iPhone 15 Pro Max é capaz de dar ao utilizador. Porém, não acho que seja um aparelho superior aquilo que o lado Android tem para oferecer.
É curioso, mas cada vez mais a rivalidade iOS vs Android reflete a velha frase de “2 lados diferentes da mesma exata moeda”.
Dito isto, o iPhone é um outro sucesso para a Apple, mesmo tendo em conta as poucas mudanças que o aparelho trouxe para cima da mesa em 2023. A gigante Norte-Americana sabe refinar os seus produtos, e sabe retirar todas as gotas de performance e lucratividades possíveis e imaginárias. Não acredito que seja uma atualização apetecível para quem tem um aparelho recente, como é o caso do iPhone 13 ou 14, ou Galaxy S22 ou S23.
Ainda assim, se por ventura vem de um aparelho mais antigo, vai usufruir de muita coisa boa, como a excelente qualidade fotográfica, margens quase invísiveis no ecrã OLED, e claro… O mítico USB-C!
Nota: Recomendado! Mas não porque é um iPhone.
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