(Análise) Huawei P60 Pro: É o regresso do Rei da Foto?

A Huawei, durante vários anos, foi a referência do mundo mobile quando o tema era a performance fotográfica, especialmente quando estávamos a falar de um novo smartphone dentro da gama P.

Pois bem, em 2023, as coisas estão obviamente muito diferentes face aos tempos áureos da marca em 2018 (P20 Pro) ou 2019 (P30 Pro). Mas, o foco da gigante Chinesa na fotografia continua bem vivo, mesmo sem Leica, que como deve saber agora tem uma outra parceira na forma da Xiaomi.

Aliás, além do mesmo foco, a Huawei também continua com as mesmas inovações de sempre. Dito tudo isto, vamos ver o que vale o novo P60 Pro da Huawei?

(Análise) Huawei P60 Pro: É o regresso do Rei da Foto?

Especificações Técnicas:

  • Ecrã: 6.67” (2700 x 1220) 1~120Hz PWM Dimming // HDR Vivid
  • SoC: Snapdragon 8+ Gen1 4G
  • Memória: 8GB~12GB
  • Armazenamento: 256GB~512GB
  • Câmeras:
    • 48 MP Ultra Lighting (F1.4~F4.0, OIS)
    • 13 MP Ultra-Wide (F2.2)
    • 48 MP Ultra Lighting Telephoto (F2.1, OIS)
  • Bateria: 4815mAh (88W carregador na caixa) + Carregamento Sem Fios 50W
  • Dimensões e Peso: 161* 74.5 * 8.3 // 200g

Portanto, o Huawei P60 Pro aparece com um design um pouco diferente do habitual, mas claro, a mesma qualidade de construção super premium que sempre separou a Huawei das restantes fabricantes do mundo mobile. É algo de que sinto falta, aquele toque do material a gritar Premium, aquele design com curvaturas bem delineadas, etc… Já tinha saudades de ter um smartphone de topo Huawei nas mãos.

Mas, como deve imaginar, apesar de todas as coisas boas continuamos sem serviços Google, nem 5G. É uma situação complexa, mas é o que é. Vamos por partes?

Design e Ecrã

A Huawei é, e sempre foi, uma fabricante interessante nesta componente. Porque o design dos seus smartphones Premium nunca é o mesmo dois anos seguidos. No entanto, também nunca é demasiado diferente. A filosofia de design é sempre a mesma, mas ao mesmo tempo, é notória uma evolução, ano após ano, geração após geração.

Sempre adorei isto na Huawei, sendo algo que obrigava a Samsung, Xiaomi e Apple, a mexerem-se um pouco, ano após ano, para não ficarem para trás.

Dito isto, o P60 Pro é um novo ‘P’ de topo, dentro do ecossistema Huawei. É bem construído. É leve. Tem curvas no ecrã e na traseira, para melhorar a pega. Além de tudo isto, em 2023, temos um acabamento traseiro a fazer parecer mármore, que salta à vista de qualquer utilizador.

Performance

A Huawei já não desenha os seus próprios processadores Kirin como fazia no passado, ao mesmo tempo que aproveitava as linhas de produção mais poderosas e eficientes da TSMC. Tudo isto devido às várias limitações que as sanções trouxeram para cima da mesa.

É exatamente por esta situação que o P60 Pro chega ao mercado equipado com um SoC Qualcomm Snapdragon 8+ Gen1, ou seja, o mesmo SoC que equipa dos dobráveis Galaxy Z da Samsung, bem como muitos topos de gama de segunda geração do ano passado.

Sim, não é o Gen2, mas em termos de performance, o P60 Pro continua a ser um smartphone topo de gama de pleno direito. O problema grave aqui não é idade do processador ou só a falta de performance, é mesmo a exclusão do 5G. Este SoC da Qualcomm é 4G, e 4G apenas. Quer um smartphone com 5G, não é nas gamas da Huawei que o vai encontrar.

Câmeras

É aqui que a Huawei volta a apostar, e bem, no seu novo smartphone topo de gama. Como dissemos em cima, a Leica é agora carta fora do baralho, tendo saltado para fora da parceria que tinha com a gigante Huawei, para cair nos braços da Xiaomi. Mas pensa que isto foi uma grande perda para a Huawei? Está muito enganado. O P60 Pro é um monstro da fotografia. Mais concretamente, apesar de não ser perfeito, tal e qual como as gerações passadas, este ‘P’ ensina qualquer nabo a tirar fotos.

Veja alguns exemplos:

Zoom:

De forma muito resumida, o P60 Pro é um smartphone, que 95% das vezes, vai conseguir capturar imagens absolutamente incríveis, especialmente em ambientes com muita luz.

Porém, como na grande maioria dos smartphones hoje em dia no mercado, depende muito do software. O que claro está, resulta em que, por vezes, faça um processamento de imagem demasiado agressivo, o que resulta numa imagem estranha, falsa, e desbotada. Mas, aqui, é preciso ter em conta que o P60 Pro que tínhamos em teste era uma versão de pré-lançamento, e não tinha a versão de software final. O produto final vai aumentar, com toda a certeza, os 95% para os 99%.

Bateria

Com 4815mAh, o P60 Pro aparece uma bateria um pouco aquém da grande maioria dos smartphones Premium do mundo Android. Porém, aqui temos de ter em conta que a Huawei sempre foi muito boa na gestão dos recursos. Por isso, 1 dia e meio de uso intensivo não é de todo muito complicado com este smartphone.

Além disto, temos um carregador rápido de 88W na caixa, bem como a possibilidade de carregar a 50W, com um carregador sem fios Qi. Carregar este aparelho dos 0 aos 100%, em menos de meia hora, é uma realidade extremamente fácil de alcançar. Com ou sem fios.

Conclusão

O P60 Pro é um smartphone incrível, que peca por não ter suporte às redes de nova geração 5G, ser baseado num SoC ‘antigo’ tendo em conta os seus rivais diretos, e claro, continuar sem serviços Google. Mas talvez mais importante que tudo isto, é um telemóvel caro, ao custar 1249€.

Se este aparelho aparecesse no mercado, a 700~800€, mesmo sem Google, diria com toda a certeza que seria um compra incrível. A 1249€, bem, apesar de excelente nas fotos, e de ter uma qualidade de construção acima desse preço, fica um pouco complicado de recomendar.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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É um smartphone incrível, mas que chega demasiado limitado, e caro, para realmente vender como noutros tempos. Dou 4*, porque o smartphone sente-se realmente diferente e poderoso. Mas sem serviços Google, sem 5G, e a custar 1249€, chega morto às prateleiras.(Análise) Huawei P60 Pro: É o regresso do Rei da Foto?