Como estamos fartos de dizer, apesar do facto de ser impossível ter o mesmo impacto que tinha no passado, a Huawei continua a lançar hardware pura e simplesmente incrível! Seja relógios, earbuds, tablets ou até smartphones, a gigante Chinesa sabe muito bem o que anda a fazer no mundo mobile.
Porém, enquanto alguns produtos são excelentes na qualidade de construção, nível de performance, entre outras coisas, e não têm quaisquer limitações para o uso do dia-a-dia, já se sabe que no lado dos smartphones e tablets as coisas já não funcionam assim.
É um pouco por aqui que temos de olhar para o novo rival ao iPad Pro e Galaxy Tab S9 Ultra… O Huawei MatePad Pro de 13.2”! Que é um tablet incrível, mas peca por ser demasiado caro para as limitações que apresenta.
(Análise) Huawei MatePad Pro: Um tablet incrível, mas sem Google!
É muito curioso! Ver a Huawei a continuar a sua velha e sempre interessante aposta em tablets e smartphones é realmente mesmo muito engraçado, porque, especialmente no lado dos tablets, a grande maioria das fabricantes já deixou o assunto para trás das costas, para se concentrarem naquilo que realmente dá dinheiro.
É também um pouco triste, mas a realidade é que o tablet é quase sempre utilizado como um aparelho para ver séries e filmes, e pouco mais do que isto.
Temos sempre a exceção do iPad, mais concretamente do iPad Pro, que costuma oferecer uma vertente mais artística e virada para a produtividade. Porém, caso não saiba, até a Apple está agora a ter algumas dificuldades em vender muitos e bons tablets.
Em suma, fica a ideia de que após uma bolha de oxigénio durante a pandemia de COVID, o tablet está novamente numa trajetória descendente.
Ainda assim, é inegável que a Huawei tem aqui uma alternativa cheia de qualidade, muita performance, e bem, um ecrã de fazer chorar por mais. É assim tão bom? Sim! Mas vamos por partes.
Especificações e Preço
O Huawei MatePad Pro 13.2” tem como base um SoC Kirin 9000S, por sua vez acompanhado por 12GB de memória RAM e 256GB de capacidade de armazenamento interno que pode ir até aos 512GB se porventura quiser a versão mais cara. O preço começa nos 999€. – Afinal, é um tablet Pro, e por isso tem de ter um preço igualmente “pro”.
Dito tudo isto, o que realmente salta à vista, e é a estrela da festa, é inegavelmente o ecrã de 13.2” Flexible OLED com uma resolução de 2.8K, capacidade de ir até aos 144Hz, suporte a toda a gama de cores P3, e pico de brilho nos 1000 nits. Talvez ainda mais importante que tudo isto, temos um ecrã cheio de proteções oculares, tecnologias prontas a melhorar a qualidade de imagem, tudo isto ao mesmo tempo que é capaz de encher a parte da frente do tablet, com um rácio de 94%.
Entretanto, sendo um tablet ‘Pro’, é um aparelho que tenta substituir o portátil! Como tal, tem suporte a um teclado magnético, bem com uma caneta para melhorar as suas capacidades artísticas. Ambos vendidos à parte, 99€ e 199€, respetivamente.
Também temos um módulo traseiro de câmaras (13MP + 8MP) bem como uma câmara para seflies de 16MP. Todas elas bastante interessantes, apesar de ficarem muito atrás daquilo que podemos encontrar num smartphone de topo Huawei (que ainda são incríveis nas fotos!).
Exemplo de Captura:
Para completar o pacote, temos um bateria de 10.100mAh com suporte a carregamento rápido de 88W. Isto significa que o tablet vai dos 0 aos 100% em apenas 1 hora.
Uso no Dia-a-Dia
Ter especificações incríveis é uma coisa, fazer uso delas é outra. Pois bem, quando tiramos o tablet da caixa e o começámos a usar, é notório que temos qualidade nas mãos. Especialmente porque é um aparelho super fino e leve, ao contar com uma espessura de 5.5mm e margens de apenas 3.4mm, é quase impressionante como esta “coisa” se aguenta de forma tão robusta e não se desmancha ao toque.
Dito tudo isto, o que impressiona é o ecrã, super brilhante, com uma resolução que muitas vezes nem encontra em portáteis topo de gama, e claro, a capacidade de chegar aos 144Hz. Tudo é fluído, tudo é bonito… Impecável!
Sendo um tablet quase sempre utilizado para ver filmes e séries, é preciso mencionar que o sistema de som também é dos melhores que tive a oportunidade de experimentar no mundo mobile. Aliás, a primeira vez que meti um vídeo no YouTube assustei-me. O que é dizer muita coisa, visto que testo cerca de 100 aparelhos Android todos os anos.
Sendo um tablet tão fino, obviamente que não ter um som ao nível de uma coluna JBL. Mas, é sem dúvida o tablet com melhor sistema de som do mercado.
Quanto à performance vinda do SoC Kirin 9000S, tenho zero razões de queixa. Não temos aqui um Snapdragon 8 Gen2 ou Gen3, mas… Será necessário quando tudo é rápido e fluído? É um tablet para tudo e para todos.
Vale ainda a pena dizer que temos aqui acesso ao HarmonyOS 4, naquilo que é uma versão Open-Source do velho Android com uma gigantesca skin em cima. Sim, gigantesca, porque toda a forma de mexer neste tablet é diferente face a todo e qualquer outro aparelho mobile no mercado. O que não é mau! Temos tudo ao nosso alcance, e tudo é simples de usar. Porém, como dissemos no título… Não há Google para ninguém. O que para mim é um ponto demasiado negativo para não ser mencionado. 999€ por um tablet sem Google, mesmo com toda esta qualidade, é inegavelmente muito dinheiro.
Conclusão
A Huawei volta a mostrar que sabe o que está a fazer no mundo dos smartphones e tablets, porém, volta a insistir na estratégia de manter o seu estatuto “Premium” em vez de engolir em seco e assim oferecer produtos de qualidade inegável a um preço mais baixo, de forma a compensar a dor de cabeça que é andar à volta do facto de não termos Serviços Google instalados.
É um tablet mesmo muito bom, mas que à imagem daquilo que acontece com os seus smartphones, vai rapidamente cair no esquecimento.
Ainda assim, fique atento a promoções. A um preço ligeiramente mais baixo, é um produto que se transforma num “must have”.
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