Call of Duty: Modern Warfare 3… desculpem, Modern Warafare 2.5 (Análise PS5) – Bem vindo, caro leitor, a uma análise um pouco diferente das outras que fiz até agora. Isto porque, por mim publicava apenas uma foto minha a fazer um facepalm agarrado à minha cópia do MW3 original para a PS3.
Introdução
O que acontece quando a Activision Blizzard se vê aflita para agradar aos investidores depois deste “excelente” ano para a empresa?
Bem, decidem lançar pela primeira vez desde 2006 uma sequela direta a um dos seus sub-franchises, que por coincidência é aquele pelo qual os fãs (em geral) têm mais carinho, a saga Modern Warfare.
Atenção! À superfície não parece ser nada de alarmante! Isto até nos apercebermos que o estúdio teve cerca de 16 MESES para criar uma sequela na tentativa de recuperar algumas das perdas causadas por certas outras “más decisões” tomadas pela Activision Blizzard este ano. (Uma conversa para outra altura).
Mas isto tem uma razão de ser, é que na realidade, este “jogo” foi originalmente pensado para ser um DLC para o Modern Warfare 2, antes de decidirem que se iria tornar numa suposta sequela.
- Nota: O problema é que nem sequer existiu uma tentativa de esconder este facto, visto que quem teve acesso antecipado ao MW3 e queria experimentar a campanha, deparou-se com um erro que pedia o disco do MW2 PS4.
Modos de Jogo
Entretanto, no que toca a modos de jogo, temos disponíveis (excluindo o Warzone, que considero um “jogo à parte”):
Campanha
- Como seria de esperar, esta campanha foca-se na continuação dos eventos do MW2… e ao contrário do MW3 original, esta campanha consegue ser a mais fraca que já joguei até hoje neste franchise com vinte anos. Para além de curta, durando apenas por volta de quatro horas, a história em si é uma fraca tentativa de ressuscitar a magia da trilogia original.
Open Combat Missions
- Numa tentativa de tentar inovar ao máximo no curto espaço de tempo que tiveram para desenvolver o jogo, a Sledgehammer decidiu introduzir algo “novo”. É uma ideia interessante (na teoria), dar um mapa “aberto” ao jogador, assim como a liberdade de abordar o objetivo da forma que mais acha correta (silenciosamente ou entrar a matar). Porém olhando um pouco mais além, apercebemos-nos que é na realidade um aglomerado de porções e ideias “retiradas” do Warzone, completas com a busca de armas e equipamento espalhados pelo mapa.
Zombies
- No que toca a matar mortos-vivos, é uma atividade que dificilmente não é divertida. Se juntarmos o facto de ser um modo de zombies que utiliza as mecânicas de tiro excelentes deste franchise, temos então uma receita para umas horas bem passadas. No entanto temos aqui também presentes uma grande influência do Warzone e DMZ, que se traduz em mapas gigantes com objetivos espalhados que têm de ser cumpridos, assim como armas e equipamento que podemos ir encontrando pelo caminho. Honestamente diria que, apesar da variedade de inimigos ser razoavelmente boa, isto é um modo que funciona melhor em espaços mais pequenos em que o foco é a sobrevivência. O facto de durante grande parte do tempo existirem quilómetros de espaço para onde fugir acaba por afetar um pouco a tensão.
Multiplayer
Chegamos então à parte mais difícil de descrever… ou mais fácil, depende da perspectiva. Este MW 3 é literalmente o Modern Warafare do ano passado com mapas reciclados do MW2 original. Bem, afinal foi mesmo fácil!
Brincadeiras à parte, isto é mesmo apenas um pack de mapas e pequenos ajustes a certas mecânicas de movimento e de disparo que custa 79,99 euros (a edição base, claro).
Porém, sendo uma “cópia” do Modern Warfare 2 (2022) tem a vantagem de, na verdade, continuar a ser uma experiência altamente divertida e polida como já esperamos deste franchise no que toca ao multiplayer.
Além disto, acho que vale a pena mencionar dois aspetos que alteraram comparativamente ao título do passado, nomeadamente a forma como conseguimos completar desafios para armas especificas (lentificaram e complicaram o sistema desnecessariamente) e o facto de terem decidido introduzir elementos do CoD mobile (deparei-me com uma versão da M4 que supostamente suga a alma dos meus inimigos).
- Nota: Pessoalmente, se é para entrar neste registo, prefiro que me dêm a opção de usar a Frostmourne. Afinal, a Activision é dona da Blizzard.
Com certeza que este ultimo tópico já é uma questão de opinião, existem jogadores que adoram estes elementos de cosmética e fantasia. Porém quando eu jogo um CoD, gosto de me sentir imerso num cenário de guerra minimamente “realista”.
Algo que pode ser apenas impressão minha mas que juro não estar a ficar maluco, é que o TTK (Time To Kill) parece maior do que no MW2. Causando assim alguns problemas de adaptação a quem já é veterano.
Performance e gráficos
Aqui felizmente, posso ser mais positivo. A performance na PS5 é ótima, especialmente quando ligo o modo de 120hz na minha TV. De forma muito resumida, consigo ter uma experiência de jogo extremamente fluida.
Mas, novamente, toda a parte focada na performance… É tudo praticamente idêntico ao que dissemos do MW2. Pode haver uma pequena diferença relativamente à iluminação e algumas texturas, mas não é uma diferença que valha 79,99€. (Link)
Algo que preciso de mencionar é o facto de apesar de ter a minha consola ligada por cabo de ethernet e da ligação ser rápida… Dei por mim em situações de lag para as quais sinceramente não encontro justificação. (Um problema que não estava tão presente no título do ano passado! Mas isso pode estar relacionado com o número de jogadores neste início de ciclo.)
Conclusão
Se estivéssemos perante um DLC que não custasse acima de 20 euros, eu daria um score de 9/10.
Isto porque a nostalgia que senti enquanto batalhava nos mapas do MW2 clássico trouxe-me bastante alegria. Isto sem nunca esquecer o modo de zombies, apesar de não atingir o potêncial máximo, consegue ser uma forma divertida de passar o tempo.
No entanto toda esta alegria dissipou-se quando me lembrei do facto que isto é na realidade o MW3. Um pacote que custa entre 79,99€ e 109,99€.
Não consigo de maneira nenhuma recomendar este jogo a quem já tem o MW2 (2022). Aliás, muito sinceramente, é até difícil de recomendar mesmo a quem não tem, especialmente por este preço.
É um jogo que não faz absolutamente nada de novo, em que a campanha é a mais fraca até à data. Até o modo multiplayer, apesar de ter tudo o que esperamos de um CoD, é simplesmente mais do mesmo no melhor dos cenários.
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