(Análise) Audi Q2: Um SUV com as dimensões certas

Depois de andar 5 dias com o ‘monstro’ Audi e-tron (análise aqui), tive imediatamente a chance de experimentar o Audi Q2! Um dos primeiros SUV capaz de combinar dimensões mais compactas, com a imponência que um carro deste tipo deve ter. Tudo isto ao mesmo tempo que traz para cima da mesa toda a qualidade da marca.

Qual foi o ‘feeling’ de passar de um Audi e-tron Sportback de 125 mil euros para um Audi Q2 que começa nos 37 mil euros? Numa palava? Natural… Mas passo já a explicar o porquê.



(Análise) Audi Q2: Um SUV com as dimensões certas, e claro, muito caracter

Portanto, o Audi Q2 conta com as mesmas dimensões de um Renault Captur ou Seat Arona. Ainda assim, quando entrei neste menino pela primeira vez, depois de ter experimentar o muito maior e mais caro Audi e-tron, nada me pareceu estranho.

Afinal, como disse na análise do 100% elétrico e-tron, a Audi sabe construir carros, tanto no exterior como no interior, e quando entramos neste automóvel, a primeira coisa que pensamos e sentimos é… Estou dentro de um Audi!

Óbvio que não temos acesso a tanta tecnologia e ecrãs como na grande aposta elétrica da fabricante Alemã, mas nem faria sentido, visto que são focos completamente diferentes, e nesse sentido, o Q2 é obviamente um carro mais ‘normal’, pensado para o mercado das massas, que por várias razões, está cada vez mais fã de um SUV.

Aliás, este Q2 é um sério caso de sucesso para a Audi, visto que é o terceiro mais vendido da fabricante em vários mercado, ficando apenas atrás dos super populares A1 e A3.

Porquê tanto sucesso?

Como dissemos em cima, o mercado automóvel gosta de um bom SUV, isto é cada vez mais verdade, e é exatamente por isso que todas as marcas têm agora carros deste tipo no mercado. Mas no caso especifico do Q2, este carro é popular porque a Audi traz sempre uns “mimos” para cima da mesa quando chega a altura de atualizar o modelo. Assim, agora temos faróis LED (com a opção Matrix), uma grelha mais agressiva e desportiva, um desenho também ele mais desportivo e agressivo, e na minha opinião, bastante jovem. Mas além de tudo isto, o Q2 é a prova de que a Audi está a apostar na democratização da tecnologia automóvel, ao trazer muita coisa para cima da mesa, que no passado, seria um extra caro.

Entretanto, em termos de motorização, em teste tivemos a versão 2.0 TFSI com 150cv e caixa S-Tronic de 7 velocidades, o que nos oferece um misto de potência e algum controlo, visto que é possível mudar as mudanças através das ‘butterfly paddles’ do volante, mas também através do próprio manipulo das mudanças, que posto na posição correta, funciona quase como o manipulo de um carro de rali, em que um movimento para cima muda a caixa para uma mudança superior, e um movimento para baixo para uma inferior. Quem escolhe é o condutor. Contudo, neste campo sou muito sincero, brinquei um bocadinho com a caixa, mas a beleza está mesmo em deixar o modo automático a fazer das suas, que curiosamente, está sempre a monitorizar o acelerador para perceber o que quer fazer na estrada.

(No entanto, por vezes, quando queremos acelerar mais que o normal, a caixa provoca uns quantos solavancos ao volante do carro. Algo que não acontece se mudar as mudanças manualmente.)

Ao nível da motorização e opções, é também possível meter as mãos em versões a gasóleo, e ao contrário de alguns rivais no mercado, também temos possibilidade de ter tração às quatro rodas.

A condução e uso no dia-a-dia

Apesar de ser um carro mais virado para as massas, continua a ser um automóvel que faz as pessoas olhar. Ao ser imponente, mas ainda assim, bastante compacto para qualquer tipo de condução.

Em termos da condução propriamente dita, existem várias opções para definir no Q2, de forma a tornar a suspensão mais rígida ou mole. Na maioria do tempo deixei na opção conforto ou auto, e em nível de conforto, nunca me deixou ficar mal. Especialmente nas ruas esburacadas de Salvaterra de Magos, em que cada buraco não foi mais que um soluço para o Q2.

Curiosamente, apesar de ser um SUV, é um carro muito ágil, que claro está, conta com a funcionalidade “progressive steering” que basicamente significa que quanto mais virar o volante, mais rápido irá ser este a virar. Ou seja, manobrar este menino nas curvas, ou no estacionamento, é super rápido, e o volante não é mais pesado que uma pena. Conduzir rápido é super natural, mas acima de tudo, muito seguro.

Interior

Eu tenho 1m89 e 94KG, e espaço foi algo que nunca faltou neste carro. A posição de condução é excelente, com muito espaço para mudar ao nosso gosto. Uma excelente surpresa foi mesmo o suporte lombar ajustável, que se encontra em todos os modelos do automóvel.

Entretanto, os dois ecrãs digitais são obviamente mais simples que os que tive a oportunidade de encontrar no e-tron. Mas estão muito bem conseguidos na disponibilização de informação de forma rápida e simples. Curiosamente, temos suporte a Android Auto e Car Play por defeito, o que é sempre um bom bónus.

Conclusão

O Audi Q2 é obviamente um automóvel que não é barato, com várias alternativas de outras marcas um pouco mais baratas. Onde curiosamente até podemos incluir um carro do mesmo grupo, o VW T-Roc. Mas é inegavelmente uma alternativa muito interessante ser quer um bom SUV, e quer ou precisa da qualidade Audi na sua vida.

Além disso, ao ser um Audi, vai obviamente aguentar melhor o seu valor ao longo dos anos, se o quiser vender mais à frente.


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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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