(Análise) ASUS Zenfone 10: Pequeno, leve… Sem compromissos!?

A ASUS é uma fabricante que ainda tem alguma dificuldade no mundo dos smartphones, não pela falta de qualidade dos seus aparelhos, mas sim por ser uma marca muito mais ligada ao mundo dos computadores, especialmente à parte do gaming. É uma fabricante que no mercado ainda funciona muito como “aquela marca dos portáteis? Ou dos componentes para PC?“.

Como já disse várias vezes no passado, e disse também aos responsáveis da marca em Portugal, a ASUS precisa de fazer um esforço muito maior para levar este tipo de produtos aos olhos dos consumidores.

Um perfeito exemplo disto, é o facto de muitos fãs do mundo mobile não fazerem ainda ideia de que a ASUS teve um dos smartphones mais diferentes, e interessantes do mercado, durante 3 anos seguidos. Estamos a falar dos modelos ‘Flip’, que tinham um módulo de câmeras motorizado.

Dito tudo isto, apesar das dificuldades em chegar aos olhos dos consumidores, a ASUS continua a lançar smartphones todos os anos, sempre extremamente focados na performance. Sejam estes modelos pertencentes à gama ROG, ou à gama Zenfone.

Pois bem, depois da review ao mais recente ROG Phone, está agora na hora de olhar para o Zenfone 10, um dos únicos smartphones realmente compactos do mercado, mas que ainda assim, é capaz de oferecer uma experiência digna de um topo de gama a sério.

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(Análise) ASUS Zenfone 10: Pequeno, leve… Sem compromissos!?

Portanto, o Zenfone 10 não é um revolucionar da plataforma do ano passado, é sim um salto iterativo.

Uma excelente ideia, visto que a ASUS tinha um produto vencedor em 2022, e por isso mesmo, em 2023, focou-se apenas em melhorar o pacote final. As grandes melhorias estão nas câmeras, na eficiência energética, e também na sensação ao toque que o aparelho é capaz de oferecer.

Além destas melhorias base, temos uma bateria maior, temos carregamento sem fios, bem como uma grande melhoria no software que serve de base para as câmeras, e devido a tudo isso, um produto vastamente mais interessante. Vamos por partes?

Especificações Técnicas

• SoC: Snapdragon 8 Gen2
• Ecrã: 5.92” OLED FHD+ // 120Hz em uso normal // 144Hz em Gaming
• Memória: 8~16GB LPDDR5X
• Armazenamento: 128~512GB UFS 4.0
• Câmeras: 50MP + 12MP (Sensor principal com Sistema de Estabilização com 6 eixos)
• Bateria: 4300mAh (Carregamento: 30W com fio // 15 sem fio) (Carregador incluido na caixa)
• Dimensões e Peso: 68.1 * 146.5 * 9.4 mm // 172g
• Preço: Começa nos 829€

Design

Como disse em cima, o Zenfone 10 não é de todo muito diferente face ao modelo do ano passado. Mas isso não é necessariamente mau! Afinal de contas, o Zenfone 9 já era um smartphone bonito e confortável, que se comportava como um autêntico ‘pocket rocket’.

Aqui podemos ver um perfil mais jovial, com cores mais apelativas, e alguns toques que podem passar despercebidos, mas que fazem toda a diferença. Como é o caso do acabamento traseiro, que agora parece menos aveludado, e por isso, mais resistente ao teste do tempo.

Na minha opinião, na parte do design, o Zenfone 10 é uma evolução natural, com muitas pequenas melhorias que parecem pouco importantes, mas que todas juntas, elevam o produto a um nível diferente, e mais próximo dos “grandes”. (Samsung, Apple, Oppo, Xiaomi, etc…)

Performance

Neste campo, a ASUS nunca está para brincadeiras! Curiosamente, à semelhança da Apple, a ASUS não lança smartphones de gama baixa ou gama média. Em vez disso, temos aparelhos sempre focados na performance, qualidade, e uso no dia-a-dia.

Assim, temos o SoC mais poderoso do mercado (Qualcomm Snapdragon 8 Gen2), a memória mais rápida (LPDDR5X), o armazenamento mais rápido (UFS 4.0), bem como muitas das tecnologias mais desejadas do mundo Android no que resta do aparelho.

Talvez mais importante que tudo isto, o Zenfone 10 não compromete! Não aquece, não consome bateria só porque sim, e nunca o vai deixar na mão. É pequeno, mas é incrível.

Bateria

Como é óbvio, num aparelho compacto, não podemos ter uma bateria de 5000mAh ou 6000mAh. Em vez disso, temos uma célula de 4300mAh. Isto significa que aguentar 2 dias sem carregar o aparelho é quase impossível. Mas, aguentar um dia, prego a fundo, é fácil e é recomendado.

Especialmente porque em 2023, vai ser FINALMENTE possível deixar o smartphone em cima do carregador sem fios, para o voltar a usar no dia a seguinte, com a bateria a 100%.

Câmeras

Este é um campo sempre complicado no mundo dos smartphones compactos, e smartphones dobráveis. No caso do Zenfone 10, a ASUS focou-se muito mais na componente do software, ao mesmo tempo que também equipou o seu aparelho com sensores mais poderosos.

Não se deixe enganar, ter 3, 4, 5 ou 300 sensores na traseira de um smartphone, é giro, mas serve de muito pouco, se o processamento de imagem for mau. Por isso, apesar de contar “apenas” com dois sensores, a ASUS é capaz de oferecer uma experiência de captura de imagem muito boa.

Claro que ainda não está ao nível de uma Xiaomi, Samsung, Oppo, Apple… Mas… O preço também não é o mesmo. Dito tudo isto, como uma imagem vale sempre mais que o texto. Vamos olhar para algumas capturas.

Noite:

Selfie:

Vídeo:

O Zenfone 10 pura e simplesmente não compromete na captura de imagem. É também capaz de fazer uma delimitação de objetos em cada cenário muito acima da média, como podemos pela foto do pôr do sol na praia. O smartphone não teve problema em perceber onde terminava o céu, e começa a parte mais montanhosa das praias da Arrábida.

Além disso, graças às suas novas capacidades de estabilização, permite tirar a foto perfeita mais rapidamente, ao mesmo tempo que também faz um brilharete em vídeo.

Conclusão

O Zenfone 10 é um smartphone incrível, que volta a pecar por não ser o suficiente para ganhar a atenção dos consumidores.

Acredito mesmo que a ASUS poderia ser uma marca revolucionária no mundo dos smartphones, ao lançar produtos de qualidade inegável, a um preço um pouco mais baixo. Este seria o caminho para que a ASUS fosse menos uma “marca de portáteis”, e mais uma “tecnológica gigante”.

Se a marca quisesse, este Zenfone 10 podia “partir” o mercado a um preço apetecível! Mas, a 829€, é complicado convencer um consumidor que vê o Galaxy S23 a 647€, com as mesmas exatas especificações técnicas, isto já para não falar do peso do nome Samsung.

Além do S23, temos ainda o lançamento do Nothing Phone (2), que pode ser um pouco menos poderoso, mas também deve chegar significativamente mais barato ao mercado, com uma proposta mais aliciante, ao estar focada na irreverência.

Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Boa proposta da ASUS, ou chega demasiado cara ao mercado? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.