ASUS Zenbook Fold: O mundo dos portáteis é incrível, tal é a quantidade de modelos que vão sendo lançados ano após ano, pelas mãos das mais variadas fabricantes. Mas… Quantos modelos são realmente inovadores? Quantos modelos tentam sair um pouco fora da caixa, daquilo que é um aparelho igual há várias décadas?
Um portátil é, sempre foi, e provavelmente sempre será, um retângulo capaz de se abrir e fechar, com um monitor, um teclado, um touchpad, e colunas. Mas… e se alguns modelos fossem mais que isso?
O ASUS Zenbook Fold é o exemplo de um portátil que vai um pouco mais além, ao aproveitar a ‘moda’ dos ecrãs dobráveis. Vamos tentar perceber?
(Análise) ASUS Zenbook Fold: Dobrar portáteis!? Para quê?
Portanto, antes de mais nada, tenho de ser muito honesto consigo. Eu não acredito que os portáteis baseados em ecrãs OLED estejam já prontos para as massas. Aliás, a própria ASUS sabe disso, visto que este portátil custa cerca de 4000€.
Porém, mesmo parecendo um protótipo, é uma máquina que demonstra as potencialidades do futuro, onde claro está, a ASUS está na crista da onda. Ao fim e ao cabo, temos aqui um portátil normal, que pode ser esticado para uma espécie de desktop adaptado, ou se quiser, um tablet gigante para ver séries ou filmes.
Estamos perante um computador super dinâmico, que em meros segundos, se pode transformar para ser mais bem sucedido na tarefa que quer cumprir. É isso que difere neste portátil! É o puro e simples acréscimo de soluções, que faz com que este portátil, não seja bem um portátil. Aliás, é algo que ainda não vimos muito bem no mundo dos smartphones, com os já alguns Folds e Flips lançados, a serem incapazes de justificar o porquê da implementação da dobra.
Vamos por partes?
Design e Ecrã
Juntar estas duas categorias porquê? Porque é isto que faz do Zenbook Fold uma máquina estranha, que salta à vista, e com tanta capacidade/potencial.
Pois bem, o Zenbook Fold chega ao mercado equipado com um ecrã OLED de 17.3”, que claro está, pode ser dobrado para dar origem a um portátil super compacto com um ecrã de 12.5”. Bem, super compacto pode ser um exagero! Visto que todo o pacote, graças ao mecanismo da dobra, acaba por ser grosso, e pesado. (3.2cms de grossura e quase 1.85kg de peso)
Felizmente, a dobra nem se nota muito quando abrimos o portátil ao máximo, porém, isto também se deve ao facto de a ASUS não querer exagerar no ângulo de dobra do ecrã OLED, daí a grossura por vezes exagerada para aquilo que é um portátil em 2023.
É nestas partes que eu digo ser um portátil que ainda se sente como um protótipo, e não como um produto acabado. Porém, como temos tido a oportunidade de ver no mundo dos smartphones, mais recentemente pelo Oppo Find N2 Flip, estas especificidades do design vão ser ultrapassadas muito rapidamente.
Quanto ao ecrã, temos um painel OLED de 17.3” capaz de oferecer uma resolução de 2560 * 1920, e um brilho máximo de 500nits (normalmente anda nos 300~400). As margens são significativas, e na verdade bastante aquém daquilo que um utilizador normal pode encontrar no mercado de ultrabooks. Mas, volto a frisar, esta máquina vai evoluir muito nos próximos tempos. Aliás, acredito que no próximo lançamento, no Zenbook Fold 2, já vamos ver uma versão bem mais interessante, e pronta a fazer das suas no mercado.
Curiosamente, todas estas margens e espaço disponível deram a oportunidade à ASUS de implementar colunas bastante porreiras para aquilo que é um portátil. (Dolby Atmos com 4 colunas).
Também é engraçado ver que com o teclado Bluetooth dentro do portátil, até parece que o mesmo se fecha completamente.
Dito isto, consegue imaginar ter uma máquina computacional que pode servir como portátil convencional graças ao teclado Bluetooth que pode ser encaixado magneticamente na parte de baixo. Que pode servir como um media center, para ver conteúdo multimédia com toda a qualidade possível, e pode até servir como uma espécie de substituto ao seu PC Desktop, graças ao tamanho do ecrã completamente desdobrado, que pode ser apoiado em qualquer lado? É novidade! É next-gen!
Performance
No campo da performance, este Zenbook é exatamente igual a qualquer outro portátil de gama alta da ASUS. Temos as mesmas exatas especificações, e claro está, níveis de performance iguaizinhos. Mais concretamente, temos um Intel Core i7-1250U, 16GB de memória RAM e 1TB de armazenamento interno. É a base de um ultrabook premium normal. Mas claro, com a utilização de um processador ‘U’, é óbvio que também não foi focado para a performance pura e dura, mas sim para a longevidade da bateria.
É um portátil pensado para a produtividade, consumo de conteúdo multimédia, sendo também capaz de jogar um joguito ou outro simples.
Bateria
Já que falámos da performance, vamos também falar da bateria. Coisa que inicialmente era o meu medo inicial, porque normalmente, as fabricantes de aparelhos ‘Fold’ têm de sacrificar bateria para ganhar espaço para todos os componentes internos para dar vida a este tipo de aparelho.
Mas… Não! É um dos pontos fortes! O Zenbook 17 Fold é capaz de 14 horas em modo desktop, e mais de 15 horas em modo portátil. Incrível.
Conclusão
Em suma, apesar de não achar que é ainda a altura para comprar um portátil deste tipo. Porém, acredito que isto é o início de algo incrível para o mundo dos portáteis. Aliás, quero chegar ao ponto de dizer que esta tecnologia tem muito mais potencial no mundo dos computadores comparativamente ao lado dos smartphones, porque é mesmo possível mudar a forma como utilizamos o computador, com um profundo impacto na nossa produtividade ou conforto. Algo que, na minha opinião (ainda) não acontece nos smartphones dobráveis.
Prós:
- Um bom ecrã OLED de grandes dimensões
- Bateria incrível
- Boas colunas
Contras:
- Super caro (~4000€)
- Grosso e Pesado
- Parece um produto inacabado
- Falta de suporte a caneta (Stylus)
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