(Análise) ASUS TUF A15: Como tenho vindo a dizer nas últimas análises de portáteis que tenho feito, não sou de todo o maior fã de portáteis gaming do mundo… Historicamente são máquinas pesadas, caras e muitas vezes com um design que não faz sentido na cabeça de ninguém, isto já para não falar que muito dificilmente irão conseguir chegar ao mesmo potencial de um PC Desktop. No entanto, contra as minhas próprias expectativas, tenho conseguido mudar de opinião! Muito graças às excelentes máquinas que tenho tido a oportunidade de testar no início deste atípico ano de 2020.
Aliás, na minha opinião, o mercado de portáteis nunca esteve tão interessante como agora, tanto a nível de performance como de preço! Prova disso é o Huawei MateBook D14 (review) que tive a oportunidade de analisar no início do ano, bem como o Asus Zephyrus G502D (review) que é por sua vez mais focado nos jogos.
Pois bem, agora temos uma máquina no mercado ainda mais interessante se o seu foco é o desempenho/preço, o ASUS TUF A15! Que ao ser equipado com um dos novos processadores mobile AMD Ryzen 4000 e recente ‘refresh’ das placas gráficas NVIDIA GeForce, não só traz performance, uma qualidade de construção bastante interessante, um design fora da caixa, e claro… Um preço que não lhe irá obrigar a vender um qualquer orgão do seu corpo no mercado negro.
Como já tive a oportunidade de dizer a algumas pessoas, este portátil vai ser brutal para os ‘miúdos’ enganarem os pais pelo ‘value’ (desempenho/preço), e depois sacarem umas belas jogatanas quando deviam estar a estudar forte e feio.
Nota do Redator: Em produtos interessantes, faço sempre uma ‘mini-review’ para passar as primeiras impressões, e posteriormente uma análise detalhada. Visto que o nosso ‘feeling’ vai mudando consoante o passar do tempo, uma vezes para melhor, e claro, outras para pior. Pode ler a minha mini-review ao A15 aqui.
ASUS TUF A15: Em suma, os portáteis gaming estão a ficar brutais!
Portanto, este ASUS TUF A15 é na verdade uma das máquinas mais versáteis que poderá encontrar no mercado atual, ao ser um casamento perfeito entre hardware AMD poderoso mas barato, com os mais recentes GPUs Turing da NVIDIA.
Uma combinação pouco provável, mas que na verdade nunca fez tanto sentido! Afinal de contas, este ASUS TUF A15 não só lhe garante a performance como também a autonomia.
Sim, é óbvio que não estamos a falar da máquina mais fina ou leve do mercado, mas também não é nenhum ‘monstro’ a pesar uns decentes 2.3kg. Algo aceitável, quando temos em conta que o TUF A15 é uma máquina poderosíssima para jogos com o seu combo CPU+GPU (e ecrã de 144Hz), mas também é muito capaz nas tarefas do dia a dia, quer seja um criador de conteúdo, ou apenas tenha de editar texto durante o seu dia.
Aliás, tendo em conta o atual stock de computadores portáteis até aos 1000€ (que é na verdade inexistente graças ao COVID-19), este ASUS TUF A15 é inegavelmente uma das máquinas mais interessantes se quer trabalhar durante o dia e ‘pwnar’ uns quantos noobs durante a noite. (Daí a versatilidade que falei em cima :P)
Antes de mais nada, estas são as especificações da máquina que tivemos para análise:
- Processador: AMD Ryzen 7 4800H
- Placa Gráfica: Nvidia RTX 2060
- Memória: 16GB DDR4 @ 3200MHz
- Ecrã: 15” (Full HD) 144Hz
- Armazenamento: 1TB Intel SSD
Contudo, tenho desde já uma má notícia, este modelo não vai estar disponível no nosso mercado, ainda assim, vamos ter esta máquina equipada com a placa NVIDIA GeForce GTX 1650 Ti em duas versões:
Preços muito interessantes quanto temos em conta a máquina que temos em mão, ao fim ao cabo, o Ryzen 4800H é perfeitamente capaz de oferecer uma performance de topo graças aos seus 8 núcleos físicos e 16 threads, ao mesmo tempo que a autonomia continua a estar lá graças ao GPU integrado da AMD. Aliás, o tempo de autonomia desta máquina é uma das coisas que mais impressiona.
Entretanto, como disse em cima, claro que não estamos aqui a falar de um Ultrabook, visto que é um portátil que pesa 2.3KG. No entanto, também está muito longe de ser um ‘transportável’ que rapidamente lhe dará cabo das costas ou irá precisar de ligar constantemente à corrente. Mais uma vez, saliento que temos de ter em conta as especificações e preço antes de lhe começar a bater pelo tamanho e peso. Afinal, quanto custaria uma máquina com estas especificações técnicas há 2 ou 3 anos?
Muito resumidamente, já não é necessário gastar milhares de euros para ter um portátil com muito sumo para dar nos jogos ou trabalho!
Afinal de contas, os núcleos de processamento dos novos processadores Ryzen 4000 trazem todas as capacidades da arquitetura Zen 2 para o mundo mobile. Algo muito bem vindo para quem quer jogar, mas também para os criativos que precisam de algum poder debaixo do capôt. Além disto, temos ainda acesso a um SSD NVMe de 1TB (com um segundo slot vazio para outro SSD), bem como uma bateria de 90Wh que em conjunto com o APU da AMD irá durar uma quantidade extraordinária de tempo, especialmente quando temos em consideração que este é um portátil focado nos jogos.
Dito tudo isto, o que é realmente interessante neste pacote é o seu preço, visto que por 999,99€ temos uma máquina super competente em todos os campos, em que até o ecrã traz suporte à muito desejada frequência de 144Hz! Claro que 1000€ ainda é algum dinheiro, mas num mundo em que um simples smartphone já ultrapassa largamente este valor, estamos a falar de um pacote muito apelativo para qualquer carteira. Especialmente quando formos considerar a concorrência deste menino, até dentro das próprias gamas da ASUS. 1000€ é um autêntico steal.
A AMD já consegue competir decentemente com a Intel no mundo dos processadores mobile? Vamos olhar para a performance do CPU.
Apesar de tudo aquilo que a AMD tem conseguido fazer nos últimos anos, esta é inegavelmente a grande dúvida dos consumidores.
Infelizmente, até tenho visto alguns jornalistas ‘tech’ a escrever “apesar de ser um portátil baseado num processador AMD” nas várias máquinas lançadas nos últimos meses com hardware da rival da Intel. No entanto, esta é uma frase que simplesmente já não faz sentido, a AMD está bem e recomenda-se, aliás, este portátil é prova disso mesmo.
Dito tudo isto, é verdade que o Ryzen 7 4800H não é a melhor oferta da AMD, visto que o Ryzen 9 4900HS do Zephyrus G14 é muito mais apetecível. Mas uma coisa é certa. Este processador nunca o irá desiludir, como estes benchmarks demonstram:
Em suma, os 8 núcleos e 16 threads deste recente APU Ryzen levam este portátil ao próximo nível, conseguindo uma performance por clock igual ou melhor às soluções da Intel.
Velocidade do SSD
O ASUS TUF A15 chega ao mercado equipado com uma drive SSD NVMe de 1TB (Intel 660p), que apesar de oferecer uma boa quantidade de armazenamento e ainda uma velocidade bastante superior a qualquer solução HDD ou SSD SATA. É baseado em tecnologia de memória QLC, que não é de todo a mais impressionante no campo da performance.
Ainda assim, 1TB de SSD NVMe num portátil de 1000€? Há razões para me queixar? Não me parece.
Extras
Entretanto, temos uma conectividade muito boa com 3 entradas USB, uma entrada USB-C, saída HDMI e ainda entrada Ethernet. Tudo num corpo que não é de todo demasiado grosso, e até tem alguns detalhes visuais bastante interessantes, como o teclado RGB.
Além de tudo isto, temos ainda:
- Capacidade de upgrade fácil, incluindo espaço para dois SSD M.2 e uma baía de 2,5” para HDD ou SSD
- Sistema de refrigeração com auto-limpeza
- Tecnologia de áudio DTS Ultra de 2 altifalantes de grande dimensão e câmaras de ressonância
- Teclado de resposta e atuação rápida Overstroke com iluminação RGB personalizável (por software e através de atalhos no próprio teclado)
Resumindo e concluindo, estou muito agradado com aquilo que a ASUS tem feito no mundo dos portáteis. Especialmente quando metemos o preço em cima da mesa.
Entretanto, se está à procura de um portátil novo para jogar ou trabalhar nestes tempos de COVID-19, já existe stock na GlobalData aqui. (Cupão de desconto Leak/GlobalData: GDLEAK20)
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