AMD quer memória DRAM em cima do processador!

Numa altura em que os componentes que dão vida a qualquer chip estão a chegar ao limite da sua miniaturização, e talvez mais importante que isso, estão a ficar cada vez mais caros, é uma boa ideia começar a pensar fora da caixa. Sendo exatamente isso que a AMD está a tentar fazer naquilo que parece ser um futuro muito próximo de ser uma realidade.

AMD quer memória DRAM em cima do processador!

Portanto, numa apresentação durante a ISSCC 2023, a AMD explicou a forma como está a conseguir manter-se fiel à Lei de Moore. O que é esta lei, e o que diz? Bem, a Lei de Moore não é realmente uma lei, é mais um indicador de performance para o mundo da computação, tendo em conta história deste indústria. Esta diz que o número de transístores, colocados no mesmo exato espaço físico, tem de duplicar de 18 em 18 meses, o que claro está, também significa uma potencial duplicação da performance de dado chip.

É exatamente por isso que a indústria sempre esteve tão preocupada com o lançamento de novos processos de produção, mais pequenos, mais fiáveis, mais poderosos, e claro, mais eficientes no consumo de energia. Porém, com estes processos a ficarem cada vez mais complexos, e extremamente caros, tem de existir uma outra solução. No caso da AMD, passa por empilhar componentes uns em cima dos outros.

Afinal, desta forma, não só não é necessário miniaturizar nada, porque fica tudo dentro do mesmo espaço físico horizontal, como também existe a possibilidade de melhorar a velocidade de comunicação entre os vários componentes. Aliás, enquanto a AMD até já lançou produtos (GPUs) com memória HBM empilhada, a verdade é que aquilo que apresentou agora é bastante mais evoluído, e com mais potencial.

Afinal, a AMD sonha com servidor de alta densidade com várias camadas de memória DRAM logo em cima dos chips lógicos.

O que por sua vez vai baixar a complexidade de produção, e vai permitir meter ainda mais núcleos de processamento físicos. Além disso, existem também planos para que esta memória seja inteligente. Ou seja, que a memória consiga fazer algum processamento simples para tirar alguma da carga ao CPU.

Entretanto, ainda estamos a alguns anos de distância de uma novidade como esta. Além disso, quando aparecer, vai fazê-lo primeiramente no mundo dos servidores, ou computação pesada. Mas uma coisa é certa… O mercado está mesmo a mudar!

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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