Alteração no Chrome provoca sérios problemas na privacidade

A última alteração no Chrome da Google fez soar muitos alarmes no que diz respeito à privacidade.

Num post colocado no passado fim de semana, o criptógrafo e professor da Universidade de Johns Hopkins, Matthew Green, escreveu um post no seu blog que falava sobre a nova versão do Chrome na qual ele anuncia, logo de caras e através do título, que os seus tempos com o browser da Google acabaram.

Alteração no Chrome: Um login de que o utilizador não se apercebe

“Há algumas semanas”, ele escreve, “o Google enviou uma atualização para o Chrome que altera fundamentalmente a experiência de login. Então, a partir de agora, sempre que fizer login numa propriedade da Google (por exemplo, o Gmail), o seu browser ficará também logo associado à sua conta. Isto será feito sem questionar o utilizador. Ou seja, de forma imperceptível.

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Já houve um intenso debate acerca do significado disto no site Hacker News. Da mesma forma, a imprensa especializada tem falado sobre isto. No caso específico deste investigador, esta frustação resulta de várias coisas importantes:

A primeira é simples de explicar. Ninguém na equipe de desenvolvimento do Chrome “pode fornecer uma justificação clara acerca desta mudança. Para além disso, sempre que tentaram explicar não fez qualquer sentido.

Alteração no Chrome

Um justificação aparentemente pouco convincente

Adrienne Porter Felt, engenheira e uma das responsáveis do Chrome, tentou contextualizar a alteração no Chrome no Twitter. “Basicamente, a Google vinculou as contas do Google Chrome e do Google em conjunto para que não faça login num serviço no Chrome e sincronize acidentalmente as informações com a conta de outra pessoa. ”

O que nos leva de volta ao investigador, que afirma: se já fez login no Chrome e um amigo partilha o seu computador, definitivamente não quer que os cookies do Google do seu amigo sejam enviados para a sua conta.

Alteração no Chrome: O que realmente acontece!

Há sem dúvida muitas razões interessantes abordadas por este investigador, pelo que vale a pena ler-se o post completo. Mas, isto resume o mais importante:

Em primeiro lugar, “No” modo de navegador básico “,” afirma ele, “os dados são armazenados localmente. No modo “conectado”, os dados são enviados para os servidores do Google. Isto é fácil de entender. Se deseja privacidade, não faça login. Mas o que acontece se o seu navegador decidir ligá-lo automaticamente, tudo por conta própria?.”.

Mais do que isso, este investigador levanta outra questão: Esta é a mesma empresa que esteve em maus lençóis no ano passado depois de se ter ficado a saber que eles acompanham o histórico de localização do utilizador, mesmo quando eles deixam claro que não querem que isso ocorra. Assim confie em nós, é algo cada vez mais difícil de “engolir” por parte da Google.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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