Afinal 40 por cento da Internet (incluindo utilizadores) é falsa

A New York Magazine publicou um artigo muito interessante onde refere que a maior parte da internet (incluindo os utilizadores) é falsa. É sem dúvida uma questão delicada e que não é assim tão fácil de analisar. Ainda assim, esta revista levanta vários pontos interessantes e que nos deixam, sem dúvida, a pensar. Será que grande parte da Internet é realmente falsa?

Como se pode afirmar que a Internet é falsa?

Uma empresa de segurança chamada White Ops analisou recentemente duas operações de fraude publicitária: Methbot e 3ve. Estas fraudes levaram os anunciantes a pensar que os seus anúncios foram colocados em sites de destaque e receberam muita atenção. No entanto, descobriu-se que tudo, desde as visualizações de anúncios até aos sites, era falso. Foi isto que levou a New York Magazine a perguntar: “Quanto da Internet é falsa?”

afinal 40 por cento da internet (incluindo utilizadores) é falsa

40% da Internet não existe

A afirmação que mais de 40% da internet é falsa não é propriamente uma surpresa. Alguns estudos já tinham revelado que menos de 60% do tráfego na internet é humano. A título de exemplo, os bots começaram a ser tão frequentes no YouTube em 2013 que os programadores tinham medo que os seus algoritmos começassem a interpretar o comportamento dos bots como tráfego humano e os dos humanos como bots.

É verdade que a prevalência dos bots na internet não é segredo, mas levou ao ponto de não se saber o que é real no mundo dos três w.

As clicks farms ou se preferirem quintas de cliques são uma grande tendência dos tempos modernos. Na prática são serviços que garantem a obtenção de um determinado número de visualizações por um preço. É claro que estes cliques são gerados por bots e não por pessoas na grande maioria dos casos. Isto levou o YouTube a limpar o que considerou como “contas de spam” no início deste mês.

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Nós próprios podemos ser falsos

A revista americana vai ainda mais longe ao afirmar que nós próprios somos falsos e dá alguns exemplos. Por vezes, publicamos na Internet coisas que nem sentimos ou fotografias que nem correspondem muito bem à realidade em que vivemos. Alguns pais dizem estar orgulhosos dos seus filhos e publicam fotos apenas para conseguirem gostos. Por vezes colocamos gostos nas publicações de amigos quando nem sequer gostamos. O objetivo é que a outra pessoa fique contente com o nosso gosto.

Claro que isto não é uma verdade para todos os utilizadores. No entanto, as redes sociais mudam cada vez mais o nosso comportamento. Para além disso conseguimos ser influenciados com muito mais facilidade.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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