Como temos vindo a dizer, há várias gerações que a performance geral do dia-a-dia deixou de ser um problema nas gamas altas do mundo dos smartphones. Algo, mais recentemente, também podemos ver no lado dos modelos de gama média. Normal, visto que têm vindo a encarecer de forma muito significativa ao longo dos últimos 4 anos, à medida que tentam similar a experiência de uso de um aparelho “premium”.
É o que é! Já ninguém troca de smartphone, tenha este 2 ou 3 anos de vida na sua mão, apenas e só pelo nível de performance. Sendo exatamente por isso que os smartphones continuam a aumentar quase todos os anos. Os consumidores já não trocam tão rapidamente, e como tal, as fabricantes precisam de ir buscar o dinheiro a qualquer lado.
É muito interessante, mas, nos dias que correm, a grande maioria dos aparelhos consegue manter-se extremamente competente durante grandes periódos de tempo, por vezes até durante 5 ou 6 anos. (Curioso, porque várias fabricantes já oferecem atualizações durante 7 anos. Não é por acaso!)
Ainda assim, a grande maioria dos consumidores continua hipnotizada com os números das fabricantes, quando chega a altura de lançar um novo smartphone. Desculpem… Mas não faz sentido!
A performance pura e dura já não é o que é!
Por exemplo, vamos olhar para os recentemente lançados Pixel 9 da Google. São smartphones que nunca apostaram nos processadores mais recentes e mais poderosos da indústria, mas que ainda assim se conseguem “meter” na gama alta do mundo Android.
Isto é especialmente verdade com os novos Pixel 9, que apesar do facto de contarem com um SoC Tensor G4, que não é de todo uma grande evolução face ao Tensor G3 do ano passado, e está a anos-luz de qualquer Snapdragon recente… Consegue dar vida a toda uma nova gama de smartphones Premium, que está a impressionar forte e feio nos testes dos jornalistas especializados.
O que não falta no YouTube são comparativos do Pixel 9 Pro ou Pro XL contra o S24 Ultra da Samsung ou iPhone 15 Pro Max da Apple, com o smartphone da Google a ganhar em alguns campos, enquanto perde em outros. Isto é prova de que a performance, no papel, pode não significar nada na vida real.
Aliás, para o mais comum dos utilizadores, interessa ZERO ter o SoC mais recente e poderoso do mercado. Uma pessoa normal vai utilizar o seu smartphone para conversar com os amigos, ver o que se passa nas redes sociais, ver uma série ou outra, e claro, jogar um jogo de vez em quando. QUALQUER TELEMÓVEL FAZ ISTO.
Claro que existe diferenças entre um aparelho de gama baixa, média e um topo de gama. Mas, isso não está apenas relacionado com o SoC, ou a velocidade da memória RAM. Está na forma como todo o aparelho foi construído e idealizado.
O que fazer?
Em suma, especialmente agora no novo mundo da “IA”, os consumidores têm de deixar de olhar apenas e só para os números, e têm de começar a dar mais valor à experiência de utilização!
Quer um exemplo? Um dos smartphones mais poderosos do mercado, o RedMagic 9S Pro, tem alguns dos componentes mais poderosos e mais caros da indústria.
No entanto, a não ser que fosse um “gamer” puro, nunca o iria utilizar como smartphone do dia-a-dia. Porquê? A atenção ao detalhe não existe, a qualidade de construção fica muito aquém de muitos aparelhos de gama média hoje em dia no mercado, me o software está também muito aquém daquilo que é normal em outras fabricantes.
As especificações não são tudo!
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