Já passaram dois meses desde que o programa espacial do Japão, JAXA, chegou a um asteróide conhecido como Ryugu. A missão começou em 2014, e levou a sonda Hayabusa-2 da JAXA num caminho de três anos para alcançar esta rocha espacial em forma de bolo. Agora, o Japão anunciou quando vai dar início ao processo de pousar no asteróide.
Como devem imaginar aterrar num asteróide que está a atravessar o espaço não é propriamente uma tarefa fácil. A sonda é constituída por várias partes e, enquanto a “nave-mãe” da Hayabusa-2 permanecer em órbita à volta do asteróide, ela vai enviar as sonda robóticas para estudarem o asteróide.
A BBC informa que a JAXA vai implementar as suas primeiras bases no dia 21 de setembro. A nave principal de maiores dimensões vai depois enviar os robôs para a superfície.
Os robôs que se vão deslocar na superfície do asteróide não são rovers no sentido tradicional da palavra, mas serão capazes de se movimentar. Em vez de utilizarem rodas, os minúsculos veículos vão poder saltar para novos pontos, contando com a atração gravitacional do asteróide para os trazer de volta.
Assim que a primeira fase estiver concluída, um segundo desdobramento da nave-mãe vai ter início a 3 de outubro. Deste modo, um equipamento totalmente diferente e denominado Mascot vai cair na superfície do asteróide. Mascot – que é a abreviatura de Mobile Asteroid Surface Scout – está repleto de ferramentas que transmitem dados aos cientistas da JAXA. Ao contrário dos outros robôs, este apenas se consegue reposicionar.
Com a ajuda de todos estes robôs, os cientistas esperam recolher uma grande quantidade de informações. Os bots não só vão enviar imagens de alta resolução da superfície do asteróide, como também analisam localmente os materiais que compõem a sua superfície.
Ao descobrirem exatamente a composição do asteróide, os investigadores vão poder compreender melhor os processos através dos quais ele (e o resto do Sistema Solar) se formaram.
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